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O diagnóstico de disfunção erétil vai muito além da descoberta de ausência de ereção para o ato sexual. Ao chegar ao consultório o paciente já tem conhecimento sobre sua dificuldade, porém, determinar a queixa não é suficiente para estabelecer o processo de tratamento. Antes é necessário realizar o que chamamos de avaliação psicológica das disfunções sexuais, um processo sistematizado e específico sobre fatores psicológicos e sexuais. Esta avaliação envolve Entrevista Estruturada e a utilização de Instrumentos de Avaliação Psicológica (escalas, testes e questionários), que ajudam a compreender a queixa trazida pelo paciente e a definir um diagnóstico. Além disso, cada psicólogo possui características individuais que influem diretamente em seu acolhimento e no estabelecimento de vínculo psicoterapêutico desde a entrevista inicial. Aqui apresentamos didaticamente um modelo psicológico para o diagnóstico clínico das disfunções sexuais.
Título: Avaliação psicológica das disfunções sexuais
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert C. S. Silva
Palavras-Chave: avaliação psicológica; disfunções sexuais; psicoterapia sexual
Categoria: Texto em Jornal ou Revista (Magazine)
Novos estudos sobre revelam um abismo entre o que as mulheres sentem e o que dizem sentir
Ida Bauer aparece nos textos de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, sob o nome fictício de Dora. É uma moça bonita, de 15 anos, perturbada por tosses nervosas e incapacidade ocasional de falar. Chegou ao divã do médico vienense queixando-se de duas coisas: assédio sexual de um amigo da família e indisposição do pai em protegê-la. Freud aceitou os fatos, mas desenvolveu uma interpretação própria sobre eles. O nervosismo e as doenças se explicavam porque a moça se sentia sexualmente atraída pelo molestador, mas reprimia a sensação prazerosa e a transformava, histericamente, em incômodo físico. Como Ida se recusou a aceitar essa versão sobre seus sentimentos, largou o tratamento. Peter Kramer, biógrafo de Freud, diz que os sintomas só diminuíram quando ela enfrentou o pai e o molestador, tempos depois. Freud estava errado; ela, certa. Anos mais tarde, refletindo sobre a experiência, Freud escreveu uma passagem famosa: “A grande questão que nunca foi respondida, e que eu ainda não fui capaz de responder, apesar de 30 anos de pesquisa sobre a alma feminina, é: o que querem as mulheres?”.
Meredith Chivers, uma jovem pesquisadora da Universidade Queen, no Canadá, acredita que pode finalmente responder à pergunta. Sem os preconceitos e a ortodoxia de Freud, e com recursos experimentais que ele não tinha, reuniu 47 mulheres e 44 homens em laboratório e aplicou o mesmo teste a todos eles: viram oito filmes curtos sobre sexo, com temas variados, enquanto seus órgãos genitais eram monitorados por sensores capazes de medir a ereção masculina e a lubrificação feminina. Ao mesmo tempo, Meredith pediu que indicassem, num sensor eletrônico, quanto estavam excitados com cada cena projetada. Essa era a parte subjetiva do teste.
Os resultados foram sensacionais. Meredith descobriu, primeiro, que as mulheres, sejam elas hétero ou homossexuais, se estimulam com uma gama muito variada de cenas. Homem e mulher transando, mulheres transando, homens transando, quase tudo foi capaz de produzir excitação física nas mulheres. Até cenas de coito entre bonobos (os parentes menores e mais dóceis dos chimpanzés) causaram alterações genitais nas voluntárias, embora tenham deixado os homens indiferentes. Qualquer que seja a sua orientação sexual, eles parecem ser mais focados em suas preferências. Homossexuais se excitam predominantemente com cenas de sexo entre homens ou com cenas de masturbação masculina. Heterossexuais se interessam por sexo entre mulheres, sexo entre homens e mulheres e atividades que envolvam o corpo feminino, mesmo as não-sexuais. O estudo sugere que as mulheres são mais flexíveis em sua capacidade de se interessar. Seu universo sexual é mais rico.
A outra surpresa da pesquisa de Meredith, talvez sua descoberta mais importante, foi a constatação de que existe uma distância entre o que as mulheres manifestam fisicamente e o que elas declaram sentir. As cenas de sexo entre mulheres, por exemplo, foram as que causaram maior excitação física entre as mulheres heterossexuais – mas aparecem em segundo na lista de respostas sobre as imagens mais excitantes. Ocorre o mesmo com sexo entre dois homens. Os sensores vaginais mostram ser esse o terceiro tipo de cena que mais excita as mulheres, mas ele aparece na quinta posição nas declarações. O fenômeno de divergência entre corpo e mente não poupa os macacos. Meredith diz que o relato subjetivo das mulheres sobre os bonobos não é coerente com a excitação física que elas demonstram. “O que eu descobri foi que as mulheres ficaram fisicamente excitadas (com os macacos), mas não declararam se sentir dessa forma”, ela disse em entrevista a ÉPOCA. Os homens demonstram um grau de coerência mais elevado entre as medidas objetivas e subjetivas. Eles declaram gostar daquilo que fisicamente os comove, embora também se confundam com escolhas, por assim dizer, difíceis. No instrumento em que registram suas preferências, os homens heterossexuais marcaram as cenas de masturbação femininas como as mais excitantes, vencendo por pouco o sexo entre duas mulheres. Mas os sensores genitais mostraram coisa diferente: a vitória pertence claramente às cenas de sexo entre mulheres. A conclusão é que também entre os homens há uma diferença entre excitação mental e excitação física, mas ela parece ser muito menor do que entre as mulheres.
Se for excluída a hipótese de que as mulheres mentem a respeito de seus sentimentos (por que fariam isso em laboratório, protegidas pelo anonimato?), estamos de volta à perplexidade registrada por Freud no texto de 1900, com um sério agravante: não é apenas que um homem não entende as mulheres, mas elas mesmas que não sabem o que sentem. Ou não seria nada disso? “As mulheres mentem, de forma consciente e inconsciente”, diz a escritora e roteirista Fernanda Young, de 38 anos. “Elas mentem para sobreviver porque, historicamente, não têm liberdade para dizer o que pensam. Acho que a maioria das mulheres se constrange diante de alguns objetos de excitação e diz que não se excita. É uma questão de sobrevivência cultural”.
A revista dominical do jornal The New York Times publicou dias atrás uma longa reportagem em que a sexóloga Meredith, de 36 anos, discutia a sua pesquisa, publicada em 2007. O texto apresentava várias teorias e pesquisas empíricas que tentam explicar o universo sexual feminino. Curiosamente, quando combinados, os dados obtidos em laboratório parecem confirmar aquilo que Fernanda Young afirma sem amparo estatístico: por razões ainda misteriosas (históricas e culturais, provavelmente; físicas, quem sabe) as mulheres escondem (até de si mesmas) as suas preferências sexuais e operam com um nível elevado (e contraditório) de fantasias, nem todas politicamente corretas. “A sexualidade é um quarto escuro”, diz a escritora.
Desde os relatórios pioneiros de Alfred Kinsey, escritos nos anos 1940 e 1950 do século XX, o meio médico acreditava que mulheres e homens eram sexualmente assemelhados. Foi apenas em 2005 que a pesquisadora canadense Rosemary Basson sugeriu que o desejo das mulheres não segue a cronologia masculina, na qual desejo, excitação e orgasmo se sucedem, nesta ordem. De lá para cá, a ênfase dos estudos sobre sexualidade tem estado nas diferenças entre homens e mulheres. Um dos resultados práticos dessa tendência é a percepção crescente de que o sexo nas mulheres é muito mais subjetivo do que se imaginava. Nelas, os mecanismos de excitação psicológicos parecem estar em ampla medida descolados do que ocorre no corpo. Ao contrário dos homens, para quem ereção é sinônimo de disposição, a lubrificação feminina não significa prontidão para o sexo.
Se for excluída a hipótese de que as mulheres mentem a respeito de seus sentimentos (por que fariam isso em laboratório, protegidas pelo anonimato?), estamos de volta à perplexidade registrada por Freud no texto de 1900, com um sério agravante: não é apenas que um homem não entende as mulheres, mas elas mesmas que não sabem o que sentem. Ou não seria nada disso? “As mulheres mentem, de forma consciente e inconsciente”, diz a escritora e roteirista Fernanda Young, de 38 anos. “Elas mentem para sobreviver porque, historicamente, não têm liberdade para dizer o que pensam. Acho que a maioria das mulheres se constrange diante de alguns objetos de excitação e diz que não se excita. É uma questão de sobrevivência cultural”.
A revista dominical do jornal The New York Times publicou dias atrás uma longa reportagem em que a sexóloga Meredith, de 36 anos, discutia a sua pesquisa, publicada em 2007. O texto apresentava várias teorias e pesquisas empíricas que tentam explicar o universo sexual feminino. Curiosamente, quando combinados, os dados obtidos em laboratório parecem confirmar aquilo que Fernanda Young afirma sem amparo estatístico: por razões ainda misteriosas (históricas e culturais, provavelmente; físicas, quem sabe) as mulheres escondem (até de si mesmas) as suas preferências sexuais e operam com um nível elevado (e contraditório) de fantasias, nem todas politicamente corretas. “A sexualidade é um quarto escuro”, diz a escritora.
Desde os relatórios pioneiros de Alfred Kinsey, escritos nos anos 1940 e 1950 do século XX, o meio médico acreditava que mulheres e homens eram sexualmente assemelhados. Foi apenas em 2005 que a pesquisadora canadense Rosemary Basson sugeriu que o desejo das mulheres não segue a cronologia masculina, na qual desejo, excitação e orgasmo se sucedem, nesta ordem. De lá para cá, a ênfase dos estudos sobre sexualidade tem estado nas diferenças entre homens e mulheres. Um dos resultados práticos dessa tendência é a percepção crescente de que o sexo nas mulheres é muito mais subjetivo do que se imaginava. Nelas, os mecanismos de excitação psicológicos parecem estar em ampla medida descolados do que ocorre no corpo. Ao contrário dos homens, para quem ereção é sinônimo de disposição, a lubrificação feminina não significa prontidão para o sexo.
Isso explica por que ainda não existe um Viagra feminino: ele seria inútil, já que a libido das mulheres não é vascular. Meredith vai mais longe. Ela especula que a lubrificação vaginal talvez seja apenas um artefato evolutivo “para reduzir o desconforto e a possibilidade de ferimentos” durante a penetração. Não teria nada a ver com prazer e satisfação sexual, muito menos seria sinônimo de sinal verde. “Eu vivo repetindo a meus alunos que estar molhada não significa ter consentido em fazer sexo”, diz ela.
A lubrificação vaginal talvez seja um artifício evolutivo para impedir que a mulher se machuque. Esse tipo de generalização extraída do laboratório reflete a realidade das mulheres? Eis uma pergunta que o psicólogo Ítor Finotelli Júnior, terapeuta sexual na cidade de Campinas, em São Paulo, acha difícil responder. Ele examinou o estudo de Meredith a pedido de ÉPOCA e faz uma ressalva: a amostragem limitada. “O número de voluntários não é razoável. Você precisa de umas 200 ou 300 pessoas para extrair conclusões confiáveis”, diz ele. Meredith trabalhou com 47 mulheres. Outra complicação é a ausência de informação sobre as voluntárias. Qual a idade, qual a classe social, qual a etnia ou a cultura das mulheres estudadas por Meredith? Ele dá um exemplo prático da limitação dessas investigações. Seu grupo de trabalho acaba de concluir um estudo de 200 pacientes (homens e mulheres) sobre fantasias autoeróticas. Descobriu que as mulheres se excitam recordando cenas de sexo com os parceiros, enquanto os homens recorrem a fantasias com “mulheres atraentes”. “Mas isso é válido apenas para pessoas de classe média alta, com curso universitário, que moram em São Paulo e procuram auxílio psicológico”, diz ele.
Um dos indicadores de que a pesquisa de Meredith chegou perto do alvo é que a sua conclusão mais espetacular – a separação entre o corpo e a mente sexual das mulheres – não surpreende tanto assim os especialistas, sobretudo as mulheres que conhecem a intimidade das outras mulheres. “Os homens sabem o que têm de sentir; as mulheres, não”, diz a psicanalista Diana Corso, de Porto Alegre.
“As mulheres querem ser queridas, desejadas, aceitas. Elas se confundem quando têm de explicar o seu próprio desejo.” Essa percepção sobre a relativa passividade do desejo feminino, da sua dependência, está cada vez mais presente na literatura sobre sexualidade. Meredith Chivers fala do “poder de ser desejada” como um dos componentes mais fortes do desejo das mulheres, uma área que ela deseja estudar no futuro. Outra pesquisadora citada na reportagem do New York Times, Marta Meana, da Universidade de Nevada, sustenta que o desejo feminino depende diretamente da urgência demonstrada pelo homem. “Para as mulheres, ser desejada é o orgasmo”, diz ela. É por isso, afirma, que relações estáveis, duradouras e… mornas, tendem a “esfriar” as mulheres.
O desejo feminino parece depender diretamente da urgência demonstrada pelo homem em copular. Como ocorre com muitos elementos da vasta e contraditória psique humana, há consequências perversas na opção sexual das mulheres pelo prazer do outro. Uma delas é a divergência entre o que o corpo diz e o que a mente ouve, capturada no estudo de Meredith. A outra, perturbadora, é a fantasia do estupro. Os especialistas pisam em ovos ao falar sobre isso, mas o fato é que as mulheres têm fantasias recorrentes de serem submetidas pela força. Por trás disso, encontra-se, aparentemente, a ilusão narcisista (e excitante) de ser tão atraente, tão irresistível, que os homens seriam incapazes de conter sua luxúria. “As fantasias de estupro são muito mais recorrentes do que as pessoas imaginam”, diz o terapeuta Finotelli. Isso quer dizer que essas mulheres gostariam de ser estupradas? Não. Não. E, mais uma vez, não. Trata-se de uma fantasia íntima que dispara desejos sexuais. Ela não esconde a vontade oculta de sofrer a violência sórdida de um estupro. “As mulheres querem ser encostadas no muro, mas não colocadas em perigo”, diz Marta Meana. “Elas querem um homem das cavernas atencioso”. Quem seria capaz de cumprir tal papel? “Denzel Washington”, responde a pesquisadora. “Ele transmite esse tipo de poder e é um bom homem”. O.k., vai.
Ao preconizar a divisão radical da libido das mulheres entre mente e corpo, os novos estudos de sexualidade criam um dilema. Se essa divisão expressa a natureza profunda das mulheres, então há nas fêmeas da espécie humana um duplo comando sexual. De um lado, o corpo, capaz de demonstrar excitação até mesmo durante um estupro, como forma de proteção. Do outro, a mente, dividida entre fantasias de prazer arriscado e a necessidade emocional de intimidade e proteção. Se essa duplicidade corpo-mente for de fato a realidade feminina, há simplesmente de entendê-la e adaptar-se a ela. Uma tarefa para homens e mulheres. Mas existe a possibilidade de que essas constatações reflitam apenas o passivo cultural e psicológico das fêmeas da linhagem humana. Elas são submetidas ao controle sexual dos machos desde o Paleolítico (há dois milhões de anos) e apenas nas últimas três ou quatro décadas foram emancipadas, parcialmente. “A terrível realidade dos estudos psicológicos é que você não consegue separar o que é cultural do que é biológico”, diz Meredith. Ainda bem, já que a nossa vida se passa simultaneamente nas esferas biológica e cultural.
Mas, o que fazer diante do dilema? Carmita Abdo, professora da Universidade de São Paulo e médica do Hospital das Clínicas de São Paulo, uma das mais respeitadas especialistas brasileiras em sexualidade humana, prefere trabalhar com a hipótese terapêutica. Ela sugere, por exemplo, que a mulher fique atenta aos sinais genitais, como uma forma de intensificar seu próprio desejo. As pesquisas mostram que as mulheres têm muito mais dificuldade que os homens em perceber as próprias alterações. Finotelli exemplifica com um fato singelo: diz que é muito comum que as mulheres mais inibidas expliquem o eventual intumescimento dos mamilos como “frio”, mesmo quando a temperatura ambiental e subjetiva está muito elevada. É apenas natural que essas mulheres não reconheçam os sinais de excitação genital e nem se deixem carregar por eles, como fazem os homens. Esse é o terreno em que a informação pode ter uso terapêutico, no qual as pesquisas podem servir como guia. Essa é a especialidade de pessoas como Carmita. Quanto à atávica dificuldade em explicar o que querem, afinal, as mulheres, ela dá de ombros. “A quem interessa responder essa pergunta?”, diz a médica. “A dúvida é que mantém o interesse por elas”. Touché.
Título: O que desperta o desejo sexual feminino
Autores: Ivan Martins e Francine Lima
Palavras-Chave: desejo sexual; feminino; pesquisa científica; lubrificação; fantasias sexuais; libido; prazer sexual; sexo; sexualidade humana
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Revista Época
Fonte: Revista Época
“Antes só do que mal acompanhado”, você já deve ter ouvido algum amigo ou parente solteiro dizer, apesar de parecer ruim (ou até errado) não ter uma pessoa ao lado, um companheiro. Ficar sozinho ainda pode ser considerado um fracasso por alguns. Hoje em dia, entretanto, cada vez mais pessoas optam pela vida de solteiro, por escolha pessoal. Esse novo comportamento, inclusive, está mudando o cenário urbano e até o comércio: nos mercados há cada vez mais opções de porções individuais, já que esse público é exigente, preza pela qualidade e costuma comprar mais que a média da população.
Diferente daquela antiga noção de pessoas solitárias e infelizes, a nova geração de solteiros está provando que é possível, sim, ser feliz sem precisar de alguém ou de um relacionamento tradicional. Para espantar a solidão, os novos solteiros aproveitam a companhia de amigos e têm uma vida social mais ativa que a de muitos casais.
Para explicar um pouco mais sobre essas mudanças, Ítor Finotelli Jr., pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade, esclarece algumas dúvidas sobre o tema. Confira!
1 – É possível ser solteiro e não se sentir solitário ou incompleto?
‘É impossível ser feliz sozinho’, dizia a música de Tom Jobim. Mas será verdade? Não precisamos ir muito longe para encontrar o apelo social das pessoas buscarem um relacionamento. Bastar olhar na mídia, nos contos, literatura, filmes ou até mesmo no discurso dá avó dizendo: “coitada, vai ficar para titia”. Temos um mito nessa questão, um mito antigo. Sim, é possível ser feliz sozinho e não há nada de errado nisso. Estar solteiro necessita ser encarado como uma opção, não como algo que a vida proporcionou. É a legítima escolha de um indivíduo, assim como a possibilidade de mudar essa escolha.
2 – Estudos recentes indicam que cada vez mais, os jovens preferem morar sozinhos e levar uma vida de solteiro. Há algum fator que você acredita influenciar nessa escolha? Busca por liberdade?
Não se trata de uma busca por liberdade, mas uma escolha pessoal. Viver sozinho não impede que uma pessoa tenha relacionamentos ou possa mudar de escolha. Você mencionou o sujeito jovem, e faz todo sentido, já que trata-se de uma nova geração, com outros valores e crenças, uma geração que vivencia uma maior abertura social para essa escolha. O fator mais discutido atualmente é o enfoque na carreira e outras possibilidades de concretização pessoal, diferentes da conjugalidade ou maternidade.
03 – Todo mundo conhece aquela pessoa que deixa de fazer muitas coisas pela falta de um parceiro. Até que ponto estar solteiro é, realmente, a culpa pelos fracassos ou falta de iniciativa?
Essa é uma grande desculpa para as pessoas não assumirem a responsabilidade dos seus cuidados pessoais e prioridades. Delegar a autonomia dos cuidados de si para uma relação, além de prejudicar a individualidade, prejudica também a relação. É uma crença difundida que a realização plena estará quando encontrarmos alguém que se dedique em cuidar de nós. Culpar os outros pelo fracasso e pela falta de iniciativa é pouco adaptativo e imaturo.
Pouco considero também a falta de oportunidades. A sociedade contemporânea rompeu muitas barreiras, como à distância e a forma de contatos. Um ótimo exemplo disso foi uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, que demonstrou que 10% dos casais são formados via internet atualmente. Portanto, encontrar alguém para um relacionamento é possível, basta investir.
4 – Como os solteiros podem lidar com aquela ‘pressão social’ dos familiares, amigos e colegas que sempre insistem em apresentar alguém ou dizer que está passando da hora de assumir compromissos sérios?
Assumir um relacionamento não é diferente de assumir uma vida sem um compromisso. É necessário ter postura e sensibilizar os outros dessa escolha. Não se trata de vantagens ou desvantagens. Muito menos um fracasso ou imaturidade. Trata-se de vencer algo que está enraizado na cabeça das pessoas, assim como outros preconceitos. A sociedade atual está mais aberta a essa diversidade, não é preciso levantar bandeiras, é preciso se conhecer e praticar aquilo que considera importante para sua vida.
Ao falar sobre pornografia, a maioria das pessoas se envergonha e diz não gostar, ou admite apreciar apenas as produções mais "light", especialmente as mulheres. Mas qual o motivo do encabulamento, afinal? Para Ítor Finotelli, psicoterapeuta sexual, o que conhecemos como pornografia teve suas origens no movimento da Contra-Reforma. "Neste momento histórico, a Igreja Católica formulava ações para o controle de seus fiéis, sendo uma delas a criação de mecanismos para distinção entre aquilo que é ou não aceitável. O que não era tolerado se enquadrava como pornográfico, e o aceito era chamado de artístico ou erótico. Pinturas que continham expressões sexuais como nudez, beijos ou carícias preocupavam a Igreja, devido aos conteúdos que valorizavam a carne e confrontavam os valores pregados", ele explica.
Título: É impossível ser feliz sozinho?
Autores: Felipe Guines
Palavras-Chave: felicidade, saúde, bem-estar, qualidade de vida, satisfação marital, satisfação sexual, relacionamentos
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Portal Coopus - Planos de Saúde
Fonte: Portal Coopus
Ao falar sobre pornografia, a maioria das pessoas se envergonha e diz não gostar, ou admite apreciar apenas as produções mais "light", especialmente as mulheres. Mas qual o motivo do encabulamento, afinal? Para Ítor Finotelli, psicoterapeuta sexual, o que conhecemos como pornografia teve suas origens no movimento da Contra-Reforma. "Neste momento histórico, a Igreja Católica formulava ações para o controle de seus fiéis, sendo uma delas a criação de mecanismos para distinção entre aquilo que é ou não aceitável. O que não era tolerado se enquadrava como pornográfico, e o aceito era chamado de artístico ou erótico. Pinturas que continham expressões sexuais como nudez, beijos ou carícias preocupavam a Igreja, devido aos conteúdos que valorizavam a carne e confrontavam os valores pregados", ele explica.
Pornografia moderna
Ao longo do tempo, a definição de pornografia sofreu alterações. "Cabe ressaltar algumas diferenças entre o pornográfico de hoje e o de ontem. A primeira é que este gênero de expressão tornou-se um produto mercadológico; a segunda, que as influências temporais e sociais alteraram os conteúdos pornográficos e, devido ao mundo globalizado, a expressão pornográfica está cada vez mais homogênea; e a terceira, que a quantidade de fontes existentes aumentou, sendo a Internet hoje a principal delas", conclui Finotelli.
E na prática, como é?
Ana* tem 24 anos e há seis é atriz de filmes pornô. Entrou nesse ramo por mera curiosidade, quando um amigo que fazia seleção para uma produtora insistiu na proposta. Apesar do primeiro filme nunca ter sido lançado, hoje em dia Ana é um nome de destaque na área e já chegou a fazer sete trabalhos num único dia. "Um bom banho, ducha anal, perfume, óleo corporal e confesso que tomo Dorflex antes, para aguentar as dores e os malabarismos", revela.
Lembrando de sua carreira, Ana ri dos acidentes em cena: "Ixi! Já saiu pancadaria, já aconteceu de vomitar no pênis do amigo, já tomei tombo... de tudo um pouco. Certa vez, gravando no alto de um penhasco, o ator deu uma pegada tão forte por trás que rolei feito uma bola de boliche indo para os pinos que, no caso, eram as árvores lá em baixo... Essa foi dose".
Para Ana, as produções brasileiras estão bem atrás das americanas. "Produções brasileiras são piores. Sem texto elaborado, é tudo criado na hora, às vezes nem maquiador e cabeleireiro aparecem e nós mesmas nos arrumamos... A indústria está falindo. A pirataria detonou! Agora é tudo pela Internet", conta. Apesar disso, 400 títulos são lançados todo ano no Brasil, gerando uma renda de R$ 200 milhões.
Muitas pessoas se perguntam como entrar nesse ramo. "Nem existe teste, se for bonita, desinibida e tiver a cabeça aberta já está dentro! Mas eu dou um conselho: se entrar, tem que entrar para valer. Se for para fazer um filme só e depois parar, melhor nem entrar", diz Ana.
Mas, afinal, o que motiva homens e mulheres a fazer frente às câmeras algo que a maioria das pessoas nem pensa em fazer fora de quatro paredes? A resposta é simples: dinheiro. O cachê que recebem é a maior motivação, já que muitas vezes os atores não sentem prazer de verdade. "Eu conto no dedo quantas vezes senti prazer. É muito difícil", revela Ana.
A atriz pornô que prefere se identificar somente como Bruna* concorda. "Não dá para sentir prazer com tantas pessoas em volta", ela diz. Quem trabalha no ramo também não vê mais graça em assistir às produções do gênero. Joice* diz não gostar de consumir pornografia, nem assiste aos filmes em que atua. "Nunca assisti e nem quero! Não gosto de me ver, ponho muito defeito... Coisas de mulher, sabe? Meu Deus, aquilo é uma celulite?!", faz graça. "Sinceramente, nunca vi um filme pornô inteiro, só pedacinhos. E agora que não vejo mesmo, pois sei como é feito, perdeu a graça!", completa.
Vida normal
Apesar do reconhecimento nas ruas, as atrizes levam uma vida normal. Bruna cuida do filho, da casa, vai ao mercado. Ana não dispensa uma pausa na cafeteria próxima à academia: "Como não trabalho como a maioria, em horário comercial, tenho o dia livre para resolver minhas pendências, passear, fazer outros trabalhos... Se não gravo no dia, só faço show à noite".
Atores e atrizes pornô geralmente têm receio de sofrer preconceito, pois fazer esse tipo de filme não é encarado como profissão. A opinião dos amigos e da família é a que mais preocupa no começo da carreira. Bruna, que começou no ramo há seis meses, diz: "Nem todos da família sabem. Alguns preferem fazer de conta que não sabem, outros não gostam, mas nada fora do esperado". Bruna, além de fazer filmes, é mãe de um menino de quatro anos e ainda administra uma república de mulheres.
Já Ana diz não ter problemas com isso nem nunca ter sofrido preconceito: "Não na minha frente, pelo menos. Agora o que falam por trás... Não estou nem aí". A família nunca se intrometeu, inclusive dá conselhos, respeitando as decisões de Ana. Já os amigos, a atriz diz que os poucos que ousaram criticá-la nem foram ouvidos: "Aceita-me ou esqueça-me, comigo é assim porque ninguém paga as minhas contas. Amigo mesmo é dinheiro no bolso", ela resume.
Ana, que além de atriz é dançarina e modelo, já sofreu, mesmo, é com o ciúme do companheiro. Noiva há quatro anos, no começo ela escondia sua profissão do parceiro. "Não teve jeito, sempre tem um conhecido que viu um filme seu e corre para contar... Depois de tudo conversado, resolvemos ficar juntos, estamos firmes e ele já foi até em programa de TV comigo falar sobre isso. Mas o começo foi bem difícil mesmo. Entendo o lado dele e sei que vai para o céu por aguentar", conta a atriz. Com o tempo, o noivo aceitou e hoje conhece várias pessoas do meio, colegas da noiva.
E do lado de cá...
E quanto a quem assiste? Dá para se excitar de verdade? O trabalho dessas atrizes e atores é mesmo válido? É claro que isso depende do gosto sexual de cada um. Segundo o psicoterapeuta, "um rapaz homossexual não sentirá atração ao ver um filme pornográfico heterossexual, e o mesmo acontecerá com o inverso. Também não são todos os homens que gostam de filmes com mulheres mais novas (ninfetas). Tem quem escolha o filme pelo produtor, pela nacionalidade, pelas posições sexuais que traz, pelos atores, por algum fetiche apresentado (roupas de couro, chicote etc.) e por aí vai".
E o que define se excitar ou não vai além. Depende de como a pessoa aceita a pornografia. "Algumas pessoas não se excitarão por não aceitarem moral, religiosa ou politicamente esse tipo de manifestação. Outras, por nunca terem experimentado e se chocarem. Outras ainda podem achar excitante ou não dependendo de seu estado de humor no dia", completa ele.
A psicóloga clínica Malka Reyzla Scharff também acredita que é determinante a relação do espectador com
sua sexualidade. "Temos que levar em conta sentimentos como culpa, medo, nojo, entre outros que, por diversos fatores socioculturais estão vinculados, ainda hoje, ao sexo", explica. Malka alerta que muitas pessoas não conseguem se imaginar nas situações exibidas nos filmes e muito menos se excitarem. "O fato de alguns perceberem a pornografia como um produto pode ser tanto estimulante como brochante. Algumas pessoas conseguem perceber técnica, edição, montagem, enfim, uma série de artificialidades nas cenas, o que faz com que o filme seja encarado como uma farsa se distanciando assim de seu objetivo de despertar desejo", ela afirma.
E por falar em artificialidade, os corpos absurdamente sarados dos atores e suas cenas picantes, ao invés de estimular, podem mesmo acabar com o tesão. Isso porque não soa verdadeiro. As cenas são montadas e o casal que assiste em casa pode se frustrar ao não conseguir reproduzir as posições e realizar as fantasias propostas pelo filme.
Para Malka, basta o casal ter maturidade suficiente para não comparar o próprio desempenho e atributos físicos aos dos atores. O psicoterapeuta Ítor Finotelli aponta vantagens para homens e mulheres que assistem: "Ambos conhecerão mais sobre suas fantasias, gostos e preferências. A comunicação do casal poderá também melhorar, assim como o repertório sexual", resume. A atriz Ana concorda que o filme pode ajudar no desempenho sexual do casal. "Os parceiros descobrem
novas posições, preferências e fantasias", ela diz.
Os contras
Que assistir filme pornô não dá espinha nem faz crescer pelo na mão a gente já sabe, mas será que traz, de fato, algum dano? "Um dos principais malefícios é quando o casal só consegue ter atividades sexuais com o uso desse recurso" diz o psicoterapeuta. Para a psicóloga, "o problema é quando o filme vira um roteiro para o casal e, assim, ao invés de contribuir para o estímulo da imaginação, acaba aprisionando".
Ou seja: nada de tornar o filme uma obrigação preliminar. Ele deve ser apenas mais um objeto para estimular o sexo e levar o casal para a cama. A medida é assistir para dar aquela apimentada, mas sem tornar vício. Como? Primeiro, acabar com a ideia de que somente homens possam se excitar assistindo a filmes pornôs.
"A sexualidade feminina, de modo geral, ainda é encarada com muitos tabus. Sabemos pouco sobre o desejo feminino. Porém, compreendemos que as mulheres ocupam o lugar de desejo dos homens e se moldam conforme este desejo. As meninas, de forma acrítica, ensinadas pelas mães desde muito cedo, já aprendem como se fazer desejar. Mas as vontades femininas vão além disso, e devido à culpa que as questões religiosas nos colocam, elas se envergonham deste sentimento e sensações vivenciadas. Assim, assistir ao filme, como qualquer outro meio que estimule um prazer intenso e desconhecido, não é algo bem aceito", diz Malka Reyzla Scharff.
Para Ítor Finotelli, algumas mulheres deixam de experimentar por causa do preconceito ou imaginam que exista um único gênero ou material. "Ainda há muita vergonha e/ou repressão. Enquanto quase sempre existiu espaço para a expressão sexual do homem, a da mulher ocorreu de trinta anos para cá, então, assim como qualquer preconceito, mito ou falsa crença, demorará a desaparecer", ele analisa.
E o ciúme, como fica? A psicóloga enfatiza a importância de não se encarar o filme pornô como uma forma de traição. "Algumas mulheres encaram como traição o mero fato de o parceiro fantasiar uma situação sexual com outra pessoa", diz Malka. Segundo o psicoterapeuta, "seria uma invasão da individualidade a parceira proibir o uso desse tipo de material. Isso pode ocasionar problemas: é o mesmo que proibir o namorado de sair com os amigos. É preciso mencionar que o desejo sexual funciona a todo instante e o outro até poderia censurar a compra desse tipo de filme por ciúme, mas não teria como controlar as fantasias, a imaginação e nem as situações excitantes a que todos são expostos no cotidiano".
Ana comenta que muitas mulheres lhe pedem para ensinar truques para usarem com seus homens. "Mas eu digo que tem que assistir e deixar rolar o que vier na mente, sem seguir cartilha. E quando eu conto a verdade, elas costumam odiar, mas nem eu faço com meu noivo aquelas coisas todas que faço em cena! É impossível gostar daquelas posições dolorosas!", revela.
Título: Luz, câmera, pornografia
Autores: Mariana Galante
Palavras-Chave: pornografia; expressão sexual; práticas sexuais; preconceito; excitação; erotismo; filme pornô; fantasias; gostos; preferências
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Revista 7 Dias com Você
Fonte: Revista 7 Dias
Um dia sua filha chega em casa e para sua surpresa fala que arranjou um namorado. Já passou da hora de ter aquela conversa sobre sexo, não é mesmo? Mães de hoje que foram filhas na década de 70 e 80 sabem que o discurso mudou bastante de lá pra cá. Apesar de o assunto ser liberado naquela época, não chegava a ser tema de conversa em casa. Hoje, como mães, elas não querem que suas filhas passem pelas mesmas angústias e por isso tentam se aproximar mais delas. Para o psicólogo Ítor Finotelli Júnior, não existe hora certa para falar sobre sexo, mas para falar e cuidar da sexualidade. E isso começa mais cedo do que se imagina. "Enquanto ocorre o amadurecimento da criança isso deve ser compartilhado com os pais. Ele não deve ser discutido só quando as dúvidas forem evidenciadas. Pais devem criar um momentos para que elas apareçam no contexto familiar e aproveitar para falar sobre o desenvolvimento da sexualidade dos filhos", explica o psicoterapeuta sexual e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (GEPIPS). Mas pelo visto isso não acontece nos lares brasileiros. Uma pesquisa feita pelo psiquiatra Jairo Bauer com 7.520 jovens, com idades entre 13 e 17 anos, revela que apenas 30% dos entrevistados conversam sobre sexo em casa. Na casa da enfermeira Noelia Vieira do Nascimento, 49 anos, o assunto é discutido com seus filhos Gabriela, 14 anos, e os gêmeos Caio e Carla (21), que já está casada. "Quando cada uma ficou menstruada as levei imediatamente ao ginecologista e conversamos principalmente sobre DSTs, sem entrar em muitos detalhes. Só fui descobrir que a Carla não era mais virgem quando vi um teste de gravidez na bolsa dela, mas não estava grávida. Levei um susto naquele dia", relata. Noelia sempre preferiu ter uma conversa de mãe para filha e nunca assumir uma postura de amiga. Claro que a diferença de idade das duas filhas, seis anos, faz com que a sua relação com Gabriela seja mais aberta, também pelo incentivo da escola. "Parece pouco, mas é bastante diferente de uma geração para outra. A Gabi é mais informada e não tem receio de conversar", acrescenta. É comum encontrar casais na geração da Gabriela que já dormem na casa dos pais. A questão é polêmica. "Não aceito isso. Imagina eu dar bom dia para o namorado da minha filha, não estou preparada", enfatiza Carla Santos, mãe de Patrícia (16). Frases como, "se forem dormir juntos que durmam na minha casa" ou "meus filhos têm cama de casal justamente para isso", já são comuns no consultório do psicólogo. "Trata-se de um fator de proteção, apropriado desde que respeite a intimidade e privacidade dos membros que residam ali e também os limites e regras daquele local. Conversar e combinar são sempre o ideal".
Título: Vamos falar sobre sexo?
Autores: Juliana Lopes
Palavras-Chave: filhos; crianças; sexualidade; conversar sobre sexo; pais e filhos; sexualidade adolescentes; sexo na adolescência; como falar sobre sexo; dsts adolescentes
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Portal Vila Filhos
Fonte: Vila Filhos
O Psicoterapeuta Ítor Finotelli Jr, é o entrevistado dessa edição no site da Oficina do Estudante. Doutorando pela Universidade São Francisco, o experiente profissional da área de psicoterapia nos falou sobre os motivos que o levaram a optar pela carreira, as áreas de atuação da psicologia, o mercado de trabalho e ainda deu dicas para os interessados em seguir a carreira. Confira a entrevista:
Por que a Psicologia despertou seu interesse? Quais das suas características e aptidões foram determinantes na escolha dessa profissão?
A Psicologia despertou meu interesse pelo desenvolvimento humano. Muito interessava a diversidade das pessoas, principalmente no desenvolvimento mental. Sem a necessidade de parâmetros fixos e trajetórias exclusivas. A sensibilidade e a compreensão foram características que impulsionaram a escolha.
Qual exatamente é a função de um psicoterapeuta?
Um psicoterapeuta é um cuidador. Zeloso pelas necessidades e desenvolvimento de um paciente, a função é auxiliar e encontrar maneiras para que um indivíduo alcance estados de bem-estar em seu ambiente. O propósito não é adaptar, muito menos, determinar um certo, mas desenvolver nesse indivíduo seus potenciais e suas metas individuais, certamente, respeitando suas condições.
Qual a trajetória acadêmica para se tornar um psicoterapeuta e como é a dinâmica do curso universitário?
Para se tornar um psicoterapeuta a trajetória é a formação em Psicologia. Os passos seguintes são o aprimoramento e a especialização em uma atuação clínica. A dinâmica universitária requer um estudo constante das diferentes teorias a respeito do desenvolvimento humano. Isso requer flexibilidade e abertura para compreender que não existem verdades determinadas, mas formas de interpretação. O empenho e a permanente reflexão auxiliam muito nessa trajetória.
Como é o mercado de trabalho para esse profissional e quais as áreas de atuação existentes?
O mercado é extenso, porém muito concorrido. Principalmente devido às diferentes formas terapêuticas de desenvolvimento humano. A atuação psicoterapêutica difere e oferece esse desenvolvimento de maneira científica. Não necessariamente as pessoas buscam e/ou tem condições financeiras para isso. Para a área clínica as demandas são diversas. É possível atuar desde patologias psiquiátricas a indivíduos regulares que buscam sentido de existência. As buscas mais atuais são para dificuldade em lidar com estresse e estados depressivos, problemas conjugais, insatisfação sexual e problemas alimentares.
Por que escolher essa carreira? Quais as suas dicas para quem se interessa pela profissão?
Trata-se de uma carreira infinita. No campo da cirurgia, por exemplo, um profissional perde a destreza com a idade e um dia não terá mais condições de operar. Diferentemente de um psicoterapeuta, pois independente da idade, quanto maior o tempo de atuação, melhor será seu desempenho clínico. Além disso, as mudanças são condições permanentes. Tanto dos indivíduos quanto das sociedades. Portanto, atuar na área será na maioria das vezes um desafio. Por outro lado, há necessidade de uma constante atualização e reflexão dos diversos processos cotidianos. As dicas para os interessados: manter a cabeça aberta para as mudanças, gostar de quebrar paradigmas, se interessar pelo desenvolvimento infinito do capital humano, e principalmente, respeitar as individualidades e a diversidade.
Título: Carreira de Psicoterapeuta
Autores: Fábio Leite
Palavras-Chave: psicologia; psicoterapia; psicoterapeuta; desenvolvimento humano; formação; carreira; epsecialização
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Site Oficina do Estudante
Fonte: Oficina do Estudante
O psicoterapeuta sexual Ítor Finotelli Jr, que atua em Campinas, já acompanhou diversos casos em que as pessoas questionavam a própria orientação sexual e tentavam descobrir se eram bissexuais, geralmente por sentirem prazer com determinadas práticas sexuais que podem ser consideradas "diferentes" ou relacionadas aos homossexuais ou bissexuais. Dúvidas, preconceitos e definições erradas dificultam no entendimento da bissexualidade, podendo gerar conflitos internos até para o próprio bissexual e seu companheiro (sexual ou marital).
Quando se fala de sexualidade é necessário entender que não existem regras definidas ou conceitos que não podem ser alterados, já que a própria sociedade transforma-se com o tempo. Segundo o psicoterapeuta, entre quatro paredes não há limites para a imaginação, seja hétero, bissexual ou homossexual. O importante é ter satisfação e alegria com a própria sexualidade.
Qual a definição mais correta de bissexualidade?
O bissexual é a pessoa que sente atração, tem desejos e estabelece vontades sexuais com ambos os sexos. Ao longo de nossas vidas mantemos relações com diversas pessoas, de ambos os sexos, e criamos sentimentos de empatia com elas, mas isso não caracteriza a bissexualidade, já que essas relações não apresentam, necessariamente, um envolvimento sexual. Devemos relacionar, inicialmente, a bissexualidade ao desejo sexual, não a uma relação conjulgal. Separar desejo do relacionamento conjulgal é importante para entender didaticamente esse conceito e não cair em questões culturais e imposições sociais.
Os bissexuais sentem uma atração igual pelos dois sexos ou há uma predominância?
Nessa questão não existe uma regra definida. Dentro da bissexualidade temos um segmento mais específico que são os ambissexuais, pessoas que não estabelecem uma preferência entre os sexos.
Dentro das prisões, alguns presos têm relacionamentos homossexuais durante um período e depois voltam ao relacionamento heterossexual. Isso pode ser considerado um tipo de bissexualidade?
Esta pessoa pode não ser bissexual necessariamente. Situações de clausura ou de contenção são fatores importantes quando se aborda a bissexualidade. Em guerras, por exemplo, as pessoas ficam longe de seus parceiros e podem manter contatos bissexuais ocasionais. No caso de presos, eles estão enclausurados e acabam não tendo outras opções, alguns não têm visitas íntimas e, muitas vezes, mantém relacionamentos com o mesmo sexo como forma até de alidarem com a situação de clausura. Historicamente, há casos de padres que ficavam enclausurados por fatores religiosos e tinham relações homossexuais. Nestes casos, a pessoa pode ter tido uma relação bissexual naquela situação específica, mas não pode ser considerada bissexual, já que não tem atração pelos dois sexos.
Muitas pessoas declaram terem vivido experiências bissexuais apenas na adolescência. Há algum motivo determinante?
Na adolescência, a identidade sexual ainda não está formada, por isso, é mais comum que ocorram experiências nesse período, como uma forma de desenvolvimento e descoberta da própria sexualidade. Isso não significa que esses jovens são bissexuais, já que eles podem não prosseguir com esse comportamento na vida adulta. Na verdade, existe o mito que se uma pessoa teve alguma relação com alguém do mesmo sexo ela é homossexual, ou bissexual, mas isso não é verdade. Pode ter sido uma prática isolada e não corresponder a orientação da pessoa.
Um bissexual é visto com alguém indeciso ou promíscuo por parte da sociedade. A pessoa bissexual tem sua orientação bem definida?
O bissexual não é indeciso ou promíscuo, esses adjetivos, na verdade,revelam o preconceito que essas pessoas enfretam. Algumas vezes, o próprio parceiro do bissexual pode questionar essa situação e não entender o companheiro. No relacionamento com um bissexual existem certas incertezas, do tipo "será que ele está satisfeito?", "será que eu dou conta?". Os bissexuais podem, sim, ter um relacionamento monogâmico, com um parceiro sexual e marital sendo a mesma pessoa. O que conta é a questão da confiança e tipo relação que o casal tem.
Qual a relevância dos estudos de Kinsey na área da sexualidade? Esse estudos ainda são atuais?
Kinsey foi um pioneiro, não há dúvida! Ele era um biólogo que por uma questão de demanda respondeu diversas dúvidas sobre a sexualidade humana. Estes estudos chocaram a sociedade americana da época, já que abordavam temas como a masturbação e a bissexualidade. Hoje os conceitos de Kinsey podem ser considerados limitados, já que tratavam das orientações sexuais com questões restristas, que na realidade são multidimensionais.
Algumas pesquisas dizem que futuramente haverá uma maioria bissexual. Isso é um erro?
Sinceramente, não sei o que será daqui para frente. Acredito que teremos uma expressão sexual sem tantas restrições sociais e religiosas. Na verdade, a realidade futura não pode ser imaginada com conceitos do passado ou do presente, já que seria uma visão muito restrita. Seremos diferente, isso não há dúvida, já até vemos essa mudança com os papéis sociais de homens e mulheres cada vez mais mesclados, mas isso não dá para dizer que seremos bissexuais.
Título: O que é bissexualidade?
Autores: Felipe Guines
Palavras-Chave: bissexualidade; heterossexualidade; homossexualidade; preferência sexual; orientação sexual; desejo sexual; parceria sexual; identidade sexual
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para o Jornal Tod@s
Fonte: Jornal Tod@s
Não é mito. Eles existem. Aprenda o caminho para atingir o ápice desse prazer. Xuxa já chegou lá. Você pode estar bem perto de ser a próxima!
Um é pouco, dois é bom, três... Nuuuunca é demais! Muitas mulheres passam a vida sem atingir um só orgasmo, em compensação, existem aquelas agraciadas com a multiplicação do prazer na cama. No programa Altas Horas, há duas semanas, no auge de seus 46 anos, Xuxa declarou: "Tenho orgasmos múltiplos". O apresentador Serginho Groismann c a amiga Ivete San galo riram da espontaneidade da loira e chegaram até a questionar o assunto. Mito ou verdade? Segundo o psicoterapeuta, sexual, Itor Finotelli Júnior, é possível, sim, chegar ao ápice: do prazer. Esse fenômeno ocorre de duas formas. A primeira é a fisiológica, na qual acontecem contrações involuntárias dos músculos e tecidos, principalmente, da vagina. A segunda pode ser chamada de psicológica, por ser mais complicada de identificar. Ela chega a alterar o estado de consciência e as sensações, além do aumento da pressão arterial, taquicardia e gemidos. A repetição involuntária dessas sensações, de dois a dez minutos, é o que caracteriza os orgasmos múltiplos. Na cama, a teoria é um pouco diferente, mas Finotelli alerta para o fato de saber identificar este fenômeno. "A mulher sabe quando atinge um orgasmo e quando é múltiplo, então, mais ainda. E uma experiência exclusiva", observa. Por vezes, esse clímax do prazer pode ser detectado pelo súbito aumento de contrações da vagina pressionando até o próprio pênis. Ou, em outras situações, pela sensação de um prazer tão elevado que a mulher chega a pensar ter "saído" do próprio corpo.
Benefícios do prazer
Mulheres que não percebem o orgasmo ou não conseguem chegar a essa resposta precisam procurar ajuda de um profissional especializado. Afinal, o prazer faz parte da vida. O clímax as beneficia tanto física, como psicologicamente, além de aliviar as cólicas menstruais e o estresse. Quanto mais bem resolvida for a mulher, mais fácil atingirá o orgasmo. É importante lembrar que é possível chegar ao clímax na primeira relação. Isso só dependerá do desprendimento e da forma como a pessoa encara a vida. "Entre os fatores determinantes, temos o estresse ou a fadiga, como estados ruins", diz o especialista, explicando que este estado de espírito da mulher na hora H pode comprometer as práticas sexuais, a autoestima, a imagem corporal e o nível de prazer. "Não se considere frustrada por nunca ter chegado ao orgasmo múltiplo. Muitas vezes, o que vale é realizar as fantasias com o parceiro sem se preocupar em ser como as outras pessoas, ou até mesmo, em ter um prazer infinitamente maior do que os outros", adverte Finotelli.
Sozinha ou acompanhada
O parceiro é uma peça muito importante neste jogo de sedução, mas quem disse que a mulher não consegue atingir o prazer multiplicado sozinha? Pois é. Isso é possível, sim! A masturbação ou autoerotização funcionam muito bem quando a pessoa se relaciona bem com a sua sexualidade. Há aquelas, inclusive, que preferem atingir o máximo prazer desta forma. Pois saberá como deseja ser tocada, descobrindo os pontos que mais a excitam, levando a vantagem de não precisar investir numa relação furada só para ir com um homem para a cama. Vale ressaltar que atingir os orgasmos múltilos é uma vantagem única e exclusiva da mulher, já que nos homens, como ocorre a ejaculação, o pênis perde a ereção e ele precisa se recuperar para dar início a uma nova relação. Os múltiplos orgasmos não servem para medir se a parceira teve mais ou menos prazer, mas ainda assim, os homens acreditam que essas mulheres são muito mais fogosas. Será?
Dicas para chegar lá
- Dê bastante atenção às preliminares. O parceiro deve perceber as reações de seu corpo enquanto a acaricia. Assim saberá as suas preferências.
- Sozinha ou com ele. Não importa! Descubra o tipo de estimulação que lhe agrada. Faça mais tempo do que o normal e evite parar após o primeiro orgasmo.
- Uma das regras principais é estimular continuamente a região do clitóris.
Dicionário do Sexo
Ciclo sexual - Não existe uma fórmula pronta para chegar ao ápice do prazer. Formas, intensidades e tipos são variáveis ao estado, gosto e experiência de cada mulher. Ainda assim, os casais costumam seguir alguns caminhos capazes de aflorar ainda mais a sexualidade da parceira.
Excitação - A segunda fase ocorre quando o corpo passa a responder fisiologicamente aos estímulos que dispararam o desejo sexual. Ou seja, a excitação é a resposta do corpo ao desejo, geralmente marcada pela lubrificação vaginal.
Orgasmo - O ápice, ou o êxtase do prazer, como muitos denominam, acontece quando há liberação das tensões retidas, acompanhada de uma contração muscular.
Orgasmos múltiplos - São picos de prazer que se repetem um após o outro, sem interrupção. Apesar de ser bastante desejado, não é um fenômeno frequente entre as mulheres
Título: Orgamos Múltiplos: mito ou realidade
Autores: Simone Tavares
Palavras-Chave: orgasmos; orgasmos múltiplos; prazer sexual; práticas sexuais; climax; desejo sexual; excitação; mulher
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Revista 7 Dias com Você
Fonte: Revista 7 Dias
A exposição do corpo feminino está banalizada ou representa a libertação das mulheres?
Houve uma época em que o mero vislumbre do colo de uma mulher instigava as mais variadas fantasias masculinas. Pescoço, tornozelos e pés eram pequenos territórios de sedução. Hoje, nus e seminus estão por toda parte. Garotas se exibem com pouca roupa e se tornam celebridades, adornando programas na televisão, páginas de revistas, internet e publicidade. Tamanha exposição do corpo feminino leva a questionar se vivemos um momento de banalização da nudez ou o rompimento de uma visão moralista.
Em boa parte da história, a nudez esteve vinculada à luxúria. Mesmo a Bíblia liga a falta de vestimentas ao pecado original, como descreve o livro do Gênesis no episódio que valeu a expulsão de Adão e Eva do paraíso, logo após comerem o fruto proibido: “Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram cinturas para si.”
O livro História da Vida Privada, organizado por Philippe Ariès e Georges Duby, conta que na Idade Média o traje era o último invólucro da vida social antes dos mistérios macios do corpo. Segundo a obra, mesmo os cabelos eram dotados de poder erótico e, por conveniência, ordenava-se reuni-los em uma trança e escondê-los em uma touca:
– Quando as mulheres se mostram, devem refrear-se de exibir esse feixe tentador – diziam registros da época.
Diante dessa cultura cristã arraigada, imagine a reação dos portugueses diante das índias nuas em terras brasileiras. No artigo Eva Tupinambá, no livro História das Mulheres no Brasil, o autor Ronald Raminelli relata que “para alguns europeus, a nudez feminina incitava à lascívia e à luxúria”. Entretanto, filósofos do período asseguravam que os enfeites usados pelas francesas eram mais sedutores que a nudez explícita das nativas.
Para a pesquisadora Mirian Goldenberg, doutora em antropologia e professora da pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a nudez feminina sempre alimentou o imaginário e o desejo masculino. A diferença é que, nos dias atuais, o acesso é amplo. Na opinião dela, isso pode representar dois tipos de mudança: em uma visão mais moralista, significa dizer que há uma banalização, a mulher se transformou em objeto sexual. Num aspecto oposto, representa uma maior naturalização do corpo da mulher.
– O viés pode ser positivo ou negativo. Mas, de tanto aparecer mulher nua, a nudez deixa de ser um tabu – ressalta.
Na opinião de Ítor Finotelli Júnior, psicólogo, psicoterapeuta sexual e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (GEPIPS), a naturalização da nudez já é realidade em algumas sociedades. Ele cita o naturismo como um exemplo de respeito ao próximo, ao meio ambiente e a si próprio.
Padrão opressor
Mirian ressalta que, neste início de século, o culto ao corpo se tornou uma obsessão e se transformou em um estilo de vida para algumas mulheres. Além disso, para a pesquisadora, no Brasil, o corpo é quase uma roupa, pois é ele que deve ser “exibido, moldado, manipulado, trabalhado, costurado, enfeitado, escolhido, construído, produzido, imitado”. A psicanalista inglesa Susie Orbach, citada por Mirian no artigo Nem Toda Brasileira é Bunda, considera que o modelo de beleza apregoado pela sociedade afeta especialmente as mulheres:
– É o corpo feminino perfeito, magro e esguio.
A apologia do corpo perfeito é uma das mais cruéis fontes de frustração feminina dos nossos tempos. A obsessão pela magreza virou uma epidemia.
Mirian afirma que, de um lado, o corpo feminino se emancipou de antigas servidões: sexuais, procriadoras ou indumentárias. Mas, por outro lado, ele é submetido a coerções estéticas mais regulares, imperativas e geradoras de ansiedade. Para a pesquisadora, não é a nudez ou a exposição que deixa a mulher presa a essa lógica, pois mesmo nas culturas nas quais não há tanta exposição elas também são reféns de modelos estéticos.
– Em uma cultura na qual o corpo fica mais escondido, ela pode disfarçar, não expor as imperfeições. Mas, nua ou vestida, essa lógica impera na cultura ocidental – conclui.
Mudança de postura
Tamanho acesso ao corpo feminino vem fazendo até com que revistas masculinas, tradicionais fontes de nudez para os marmanjos, revejam alguns conceitos. A versão nacional da Playboy, por exemplo, depois de um longo período estampando mulheres fruta e ex-BBBs em suas capas, retomou ensaios que exibem corpos com menor apelo a próteses estéticas ou atributos supersarados. Esse processo ficará especialmente evidenciado na edição de novembro, com a apresentadora Fernanda Young, que com suas tatuagens foge de qualquer padrão de beleza vigente.
Mirian Goldenberg lembra que esse tipo de publicação passa por fases. Em certos momentos, as revistas retratam a mulher inalcançável, mística. Em outros, divulgam mulheres com corpos que se destacam pelo exagero. Segundo ela, mesmo a onda das mulheres fruta não é recente:
– A associação entre mulher e comida sempre existiu, é frequente no Brasil. De novidade, temos os apelidos (jaca, melancia, filé e melão). Elas explicitamente podem ser comidas nos dois sentidos – diz.
Uma pesquisa belga mostra inclusive que a exploração da nudez pode dispensar seu objeto principal: o corpo. O estudo, publicado no Journal of Consumer Research, constatou que a mera visão de um biquíni, mesmo sem uma mulher dentro, é capaz de fazer o homem tomar atitudes impulsivas, como gastar grandes quantidades de dinheiro. O estudo neurocientífico demonstrou que os estímulos eróticos ativam mecanismos de recompensa e fazem com que os homens fiquem impacientes por uma gratificação. O psicólogo Ítor Finotelli Júnior lembra que o corpo humano responde pela aprendizagem e que esse estímulo pode ser particular ou coletivo:
– Para os indivíduos desse estudo, os corpos responderam à visualização do biquíni como um estímulo sexual.
Uma pesquisa realizada com jovens cariocas, em 2002, concluiu que, com relação à atração entre os sexos, o corpo tem papel fundamental. Diante da pergunta “o que mais te atrai sexualmente em um homem?”, elas disseram o tórax, o corpo e as pernas. Para a questão “o que mais te atrai sexualmente em uma mulher?”, eles responderam a bunda, o corpo e os seios. Mas Finotelli pondera que inadmissível é aceitar e encorajar a banalização da nudez ao associá-la a um produto.
– É essa tendência que assusta as pessoas, não a nudez em si – aposta.
Na opinião do psicólogo, o sucesso de algumas mulheres com pouca roupa se deve a um investimento de mercado, que as associa a um produto que se deseja vender. Sem esse investimento, segundo ele, algumas delas passariam despercebidas pelas ruas. No máximo, ganhariam olhares, dos mais atentos, por alguns dotes físicos.
Título: Toda nudez será questionada
Autores: Erica Andrade
Palavras-Chave: nudez; comportamento sexual feminino; sexualidade feminina; práticas sexuais; desejo sexual; mídia
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Jornal Pioneiro
Fonte: Jornal Pioneiro
Desde junho desse ano, uma campanha realizada pela Olla, pela Agência Age, com o apoio da MTV, veio a público referente à iniciativa de convencionar o dia 06 de setembro como o dia oficial do sexo. Em paralelo, cartazes e outdoors de São Paulo e do Rio pedem a atenção para o abaixo-assinado disposto no portal www.diadosexo.com.br. Segundo a contagem do próprio site 41 338 pessoas já aderiram ao pedido, até a criação dessa matéria. Porém, para a proposta se tornar oficial, é necessário, pelo menos, 1 milhão de votos, número referente a 10% do eleitorado brasileiro.
Segundo o redator da agência de comunicação Age e um dos criadores da campanha, Rodrigo da Mata, a proposta vai muito além do objetivo comercial: “Por que não convencionar o dia 6/9 como o dia em que as pessoas deveriam falar sobre sexo seguro, doenças, quebra de tabus e muitos outros assuntos referentes ao tema?”, afirma o redator. “Datas como o Dia dos Namorados e o das Crianças foram criadas assim. A inicitiva vai muito além da campanha, pensávamos em um movimento social e foi o que aconteceu", completa Rodrigo.
Os benefícios do sexo
É comum imaginar, ao ouvir a palavra sexo, cenas eróticas e/ou posições sexuais, porém, o que a maioria não sabe é que sexo não é só isso. Existem condições pouco consideradas para que essa situação se configure. Sexo não é desempenho em que podemos quantificar ou mecanizar, existe um universo em que o sexo está inserido, do qual se denomina de sexualidade. A definição proposta pela Associação Mundial para a Saúde Sexual (World Association for Sexual Health - WAS) para sexualidade a descreve como um aspecto central do ser humano durante a vida e abrange sexo (forma física), identidade e papéis do gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução; sendo experienciada e expressada em: pensamentos, fantasias, desejos, opiniões, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos; e influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, cultural, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais.
Segundo o psicoterapeuta em sexualidade e membro da WAS, Dr. Ítor F. Júnior, essa explanação nos faz perceber que não é fácil falar sobre sexo uma vez que a expressão dessa prática é influenciada por tantos fatores e característica a cada indivíduo. Assim, é possível afirmar que a quantidade de sexo, práticas, formas e preferências tornam-se irrelevantes.
"Isso não significa que sexo é relativo, mas que é necessário olhar se essas expressões sexuais sejam na forma de práticas sexuais (sexo) ou de outras formas de expressão, são prazerosas e seguras, livres de coerção, discriminação e violência. A partir daí conseguimos falar de benefícios que o sexo traz. Muito mais do que isso, passamos a falar de Saúde Sexual, que não somente diz respeito à ausência de doenças sexualmente transmissíveis, como se acreditava na década de 70; mas a um estado de bem estar físico, emocional, mental e social relacionado à sexualidade", explica o doutor.
DSTs
As doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS não discriminam públicos por classe social, sexo ou idade. O Programa Nacional de DST e AIDS, órgão do Ministério da Saúde que busca reduzir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis no território nacional informou que, atualmente, as tendências da epidemia de AIDS no Brasil apontam para o aumento do número de casos entre mulheres, heterossexuais e pessoas com mais de 50 anos - este último será o tema da campanha de 2008 do Ministério da Saúde.
Como se prevenir?
“O único método 100% eficaz de prevenção de DSTs é a abstinência sexual e/ou práticas sexuais solitárias, a exemplo a masturbação. Para práticas sexuais em parcerias é o preservativo, seja ele masculino ou feminino”, confirma Ítor. É importante destacar que somente distribuí-los não soluciona o problema das doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS, é preciso instrução e conscientização não só ao que se refere ao uso.
Conheça os principais problemas que ocorrem nas camas dos casais brasileiros
De acordo com o psicoterapeuta, denominam-se de disfunções sexuais dificuldades que impedem o funcionamento sexual humano, impossibilitando e causando sofrimento na expressão de um indivíduo em práticas sexuais. Segundo Ítor, as principais queixas masculinas nas clínicas médicas estão relacionadas às:
- Dificuldade de manter e/ou ter uma ereção (disfunção erétil) - 43 a 88%
- Ausência de controle voluntário da ejaculação (ejaculação rápida) - 15 a 82%
- Dificuldades em conseguir ter orgasmo (anorgasmia) - 2 a 27%
- Dificuldades com desejo sexual (desejo sexual hipoativo) - 4 a 42%
- Dores na relação sexual (dispareunia) - 4 a 66%;
- Outras Dificuldades – 1 a 13%
Já para as queixas femininas, destacam-se:
- Dificuldades em conseguir ter orgasmo (anorgasmia); 2 a 27%;
- Dores na relação sexual (dispareunia); 4 a 66%;
- Impossibilidade de penetração vaginal (vaginismo) - 1 a 23%;
- Dificuldades com desejo sexual (desejo sexual hipoativo) - 4 a 42%;
- Outras Dificuldades – 1 a 13%
“Não sendo possível a resolução dessas queixas sexuais sem auxílio de um profissional qualificado e treinado especificamente na avaliação apropriada e tratamento psicoterapêutico das mesmas. Quanto à incidência as pesquisas científicas descrevem que 8 a 33% da população adulta mundial possuem algum tipo de disfunção sexual; incidência diferenciada por população, sexo, idade, uso de medicamentos e doenças”, conclui.
Título: Por que convencionar o dia 06 de setembro como o dia do sexo?
Autores: Bruno Acioli
Palavras-Chave: dia do sexo; olla; preservativo; dst; queixas sexuais; prazer sexual; expressões sexuais, saúde sexual
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Portal Sport Life
Fonte: Sport Life
The present study has been correlated to the Sexual Self-Efficacy - Erectile Function (SSES-E) and the Sexual Self-Efficacy Scale-Female for estimating the development of a sexual functioning between partners. The sample was composed by 40 couples with sexual complaints, attended at a private office in São Paulo, Brazil. The average age was from 36 years old for men and 34 for women. The instruments have been individually applied in the initial consultation in an appropriate location following the ethical requirements for the research. Both scales use the concept of self-efficacy to measure the performance on sexual behaviors. For measurement, it is used a scale measuring between 10 and 100 scores, the total scoring is obtained by the average answers on the items and also by dimensions. While the SSES-E is composed of 25 items in two dimensions (obtaining and maintaining the erection), on the other hand, the SSES-F has 28 items in four dimensions (desire/arousal, penetration ability, solitary pleasure and sexual assertiveness). Such results have demonstrated important influences on the development of sexual behaviors related to erectile maintenance, desire/arousal and sexual assertiveness. For the non associated dimensions, specially for the self-efficacies, they have not influences on the penetration ability and self-pleasure development. The associations found on the study, have supported the studies showing influences on the sexual performance, according to the partners performances. Future studies will verify the results found in the non clinical samples.
Título: Association between male and female sexual self-efficacy
Autores: Carla Zeglio; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: self-efficacy; sexual behavior; sexual dysfunctions; sexual satisfaction; marital satisfaction
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The study aims to evaluate the sexual desire between women with and without sexual dysfunction. For measurement, we have used the Sexual Desire Inventory with 14 items evaluating the expression of a dyadic and solitary sexual desire. The total score is a result by summing the items and it indicates the desire level in these dimensions. The sample was made of 265 women from four locations, three universities and a psychology clinical office. Women from universities accounted to 64%. The left ones were in the process of sex therapy and had sexual dysfunctions. Their ages ranged between 18 and 61 years, about their relationship status, 50% were married, 48% single and 2% divorced. The application had occurred collectively in universities, as individually they took place at the clinical office in appropriate locations according to the ethical requirements demanded by the research. The results did not present any significant differences by t test between groups on the total score and on the dimension of dyadic desire. In contrast, solitary desire presented significantly differences on .05. When making comparisons per items, 11 of them had shown significant differences. These differences indicate that women from the universities' group had higher scores on items related to the dimension of dyadic desire, over the clinical group. It has represented that the sexual desire expression with someone would be affected in the existence of a sexual dysfunction. Another important finding was the difference on the solitary desire expression, in this case, higher on women with sexual dysfunction, possibly the sexual expression with better results for these women. Studies are suggested to evaluate the influence of other variables on sexual desire.
Título: Comparison of sexual desire between women with and without sexual dysfunction
Autores: Carla Zeglio; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho; Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: sexual desire; sexual dysfunctions; solitary desire; dyadic desire; female sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Being in a relationship with someone is not always easy, because many times we need to let go some behaviors, create new rules, respect differences, work limitations and create a new home structure that can be functional. This Essay was aimed at checking the sexual desire and its evolution according to the time of relationship; in order to achieve that, it is necessary to understand what may influence the sexual response. As a result, one needs to understand the human sexual response and exploit its nuances, mainly taking into consideration that life quality of a couple is associated with the biopsychosocial sphere, i.e., psychological, social and biological features that permeate individual and dual life of this couple; therefore, external and internal events may cause, or keep a sexual dysfunction associated with desire both for men and for women. It is also possible to perceive that some types of beliefs spread by the common sense also influence the way these people understand and live sexual relationship, and such conditions may make some disagreements easier. Therefore, thinking and rethinking on such spheres is also efficient for treatment of these difficulties. Realizing how communication may work for the couple is extremely important, because through it the couple may reduce the interrelation disagreements, as well as may exploit the possibility to keep sexual practice, i.e., sex in addition to being practiced, may also be spoken, in order to know the partner, understand his/her wishes and combine wishes to phantasies as new possibilities of pleasure. For this essay, around 150 people were studied, out of whom, 109 were men and forty-one were women, all pieces of data were obtained through the Sexual Desire Inventory (SDI-2), contained in the dead file of a clinic specialized in psychotherapy focused on sexuality of the city of São Paulo, during 1997 and 2007; the individuals researched were in relationships of one month to 40 years and all of them had some direct or indirect sexual complaint, the instrument is comprised of 14 questions, which assess sexual, individual, dyadic desire and by non-specific person, the analysis was made through segregation of each sub-item getting to obtainment of the averages of the responses as of each category. The results found brought the perception that both social affirmations, to increase desire due to relationship time and increase of intimacy, or decrease of desire due to the routine may be true; however, it shows that the sexual repertory and quality of communication may directly influence this relationship. In accordance with the results found, it is worth stressing that the first social affirmation appears more frequently in the female discourse, in turn, the discourse that keeping sexual activity with a fixed partner throughout time is outworn and that is usually more related to men tends to have certain discrepancy, as compared to the results obtained characterizing certain increase of male sexual desire throughout the relationship.
Título: Variation of sexual desire and time of relationship, an exploratory study
Autores: Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: sexual desire; sexual dysfunctions; solitary desire; dyadic desire; female sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Nos tempos atuais é dito que existe uma liberação sexual, entretanto, Van Ussel, sexólogo holandês, define muito bem essa situação quando diz que na sociedade moderna /contemporânea, em relação ao sexo, mais se fala do que se age. É a velha distância entre a teoria (‘o falar’) e a prática (‘o que se tolera na intimidade’). Pesquisas demonstram que 25% a 63% das mulheres apresentam algum problema sexual, principalmente relacionado ao ciclo de respostas sexuais (desejo, excitação e orgasmo) sendo que muitos deles são provenientes de causas psicológicas e podem gerar sentimentos de anormalidade, baixa autoestima, problemas orgânicos e dificuldades de relacionamento. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de entender como a mulher contemporânea articula sexualidade e prazer sexual, no sentido de auxiliar na prevenção ou melhora de problemas relacionados à sexualidade e vida sexual feminina, incentivar a qualidade de vida psíquica, emocional e sexual, bem como instigar mais estudos referentes à problemática. Participaram da pesquisa cinco mulheres com idade entre 27 a 39 anos (São Miguel do Oeste, SC), previamente selecionadas por uma médica ginecologista, a qual considerou os seguintes critérios: o grau de sofrimento psíquico e físico das pacientes causado pela disfunção sexual e a viabilidade de participarem de encontros em grupo, gravados e filmados. O método desta pesquisa é qualitativo com análise de conteúdo e a coleta de dados realizada em dois encontros num grupo focal. Da análise do conteúdo das entrevistas surgiram cinco categorias: origem da disfunção sexual, sentimentos gerados pela disfunção sexual; condições que podem manter a disfunção sexual; condição de ser mulher e o significado da participação no grupo. Tais categorias evidenciaram sentimentos de falta, incompletude, presença da repressão histórica de submissão e culpa, bem como o significado patriarcal da maternidade que parece dificultar a conexão entre a mulher-mãe e a mulher sensual/ sexual, em contrapartida, ficou manifesto um entendimento de que a mulher necessita exercer um papel mais ativo na sua vida sexual e afetiva, como também refletir e questionar sobre o que é imposto como determinação histórica e biológica nas diferenças entre os gêneros. A pesquisa em grupo resultou em questionamentos e reflexões sobre crenças limitadoras relacionadas à sexualidade e com isso incentivou algumas mudanças de pensamento e atitude. Dessa forma, comprovou que a sexualidade necessita de mais espaços para ser refletida e esclarecida no sentido de haver uma desconstrução das concepções patológicas a ela relacionadas.
Título: Sexualidade Feminina: disfunções do ciclo de respostas sexuais da mulher contemporânea relacionadas a fatores psicológicos
Autores: Denise Vicente; Ítor Finotelli Jr.; Juliano Corrêa da Silva
Palavras-Chave: sexualidade feminina; disfunções sexuais; estudo de caso grupal; função sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The psychotherapic approach of the sexual complaints is initiated with erectile dysfunction treatments by means of systematic desensitization in the 1950’s and is developed throughout the 1960’s and 1970’s upon acknowledgment of other sexual complaints, requiring new organizations for diagnoses and treatments. The current approach of the São Paulo Sexuality Institute (Instituto Paulista de Sexualidade) has allowed for easy manners for diagnosis and treatment. Diagnosis shall be comprised of acknowledgment of the major complaint and secondary complaints, sexual and no sexual. Submission to physicians for a physical evaluation is always attempted in parallel. Psychosexual diagnosis - Semi-structured interview with the complainant, Sexuality Inventories (according to the major complaint), Beck Depression Inventory, Beck Anxiety Inventory, Sexual Desire Inventory, Sexual Self-Efficacy Scale, Psychological Personality Tests, as required. Semi-structured interview with the partner - Sexuality Inventories (according to the major complaint), Beck Depression Inventory, Beck Anxiety Inventory, Sexual Desire Inventory, Sexual Self-Efficacy Scale, Psychological Personality Tests (if understanding psychiatric aspects is required). In addition to the major complaint which brings the patient to the first appointment, other sexual issues that may require technical care need to be acknowledged. Sexual issues to be recognized - man: sexual desire inhibition, extraordinary/specific sexual preferences/paraphilia, hyper-sexuality (compulsive or not), erectile dysfunction, fast/premature ejaculation, ejaculatory inhibition, anorgasmia, dyspareunia (intra or post-intercourse), post-intercourse cephalalgia. Woman: sexual desire inhibition, extraordinary/specific sexual preferences/paraphilia, hyper-sexuality (compulsive or not), Excitation dysfunction, vaginismus, anorgasmia, dyspareunia (intra or post-intercourse), post-intercourse cephalalgia. Couple: couple’s sexual inadequacy. General psychological issues to be acknowledged: difficulties in marital relationship, lack of assertiveness, lack of or low emotional expressiveness, depressive status, anxiety status, psychiatric issues. Psychotherapy focused on sexuality, usually taking place with weekly 50-minute sessions, preferably with the couple, but usually intercalating individual sessions with the patient who is the focus of the major complaint. As a focal process, some common techniques are used more frequently, although these should be introduced at an appropriate time respecting individual differences. In relation to the usual psychotherapic techniques in sexual psychotherapy; intercourse suspension, relaxation techniques, verbal and non-verbal communication techniques, assertive training techniques, bibliotherapy, therapy bath, Sensorial Focalization, managed masturbation, psychopedagogic orientations. The psychotherapic processes focused on sexuality allow for an increasing solution of the sexual complaint throughout the weeks, producing decrease of anxieties and the symptom. In this proposal, the focus is more specific, allowing for acknowledgment of secondary sexual complaints that could produce failures in the use of techniques aimed at the major complaint.
Título: The role of psychologist and the psychodiagnosis and psychotherapy processes focused on sexuality
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani; Carla Zeglio; Carolina Fernandes; Ítor Finotelli Jr.; Juliana Simão Bonetti
Palavras-Chave: sexual dysfunctions; sexual behavior; sexual psychotherapy
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The study compared the self-efficacy between men with and without sexual dysfunction. For measurement, we have used the Sexual Self-Efficacy - Erectile Function with 25 items evaluating the sexual function and the denominated dimensions, achieving and maintaining the erection. The total score is a result of the items calculation and also on the 2 dimensions. The sample was correspondent to 364 men from four locations, three universities and a psychology clinical office. Men from clinical office accounted to 75% of the sample, all in the process of sex therapy and had sexual dysfunctions. Their ages ranged between 18 and 67 years, about their relationship status, 47% were married, 43% single, 9% divorced and 1% widower. The application had occurred collectively in universities, as individually they took place at the clinical office in appropriate locations according to the ethical requirements demanded by the research. For the analysis, the sample was divided into men with sexual dysfunctions (clinical), men who had sexual complaints (universities) and men without any complaints (universities). The results presented some significant differences between groups by variance analysis (ANOVA) on the total score and on the dimensions. When making comparisons per items, 16 were significant. These differences indicated that men without complaints from the universities group had higher scores compared to those who had complaints from the same group and much more than men with dysfunctions. The opposite item to this tendency was the possibility of ejaculating when masturbating alone, independently of any erection. On this item men with dysfunction had higher scores compared to the other groups. These data’s matched the expectations to the sexual functioning, with a possibility of scores creation cut on the scale.
Título: Comparison of sexual self-efficacy between men with and without sexual dysfunction
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho, Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: self-efficacy; sexual behavior; sexual dysfunctions; sexual function; sexual desire; male sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The study aims to evaluate the sexual desire between men with and without sexual dysfunction. For measurement, we have used the Sexual Desire Inventory with 14 items evaluating the expression of a dyadic and solitary sexual desire. The total score is a result by summing the items and it indicates the desire level in these dimensions. The sample was made of 129 men from four locations, three universities and a psychology clinical office. Men from universities accounted to 69%. The left ones were in the process of sex therapy and had sexual dysfunctions. Their ages ranged between 18 and 67 years, about their relationship status, 50% were married, 36% single and 1% widower. The application had occurred collectively in universities, as individually they took place at the clinical office in appropriate locations according to the ethical requirements demanded by the research. The results did not present any significant differences by t test between groups on the total score and on the dimension of dyadic and solitary sexual desire. When making comparisons per items, only 4 of them had shown significant differences. These differences indicate that men from the universities' group had higher scores on items related to the dimension of dyadic desire, over the clinical group. It has represented that the sexual desire expression with someone would be affected in the existence of a sexual dysfunction. It is realized to this comparison that the instrument had discriminated only 28% of the items, suggesting in a dysfunction condition, that the sexual desire expressions on men should be evaluated by other aspects. Future studies will verify the relation to these aspects on sexual desires.
Título: Comparison of sexual desire between men with and without sexual dysfunction
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho, Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: sexual desire; sexual dysfunctions; solitary desire; dyadic desire; male sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A ansiedade e a qualidade de vida são importantes construtos trabalhados no acompanhamento de atletas por profissionais da área de Psicologia do Esporte. Este estudo correlacionou o Questionário sobre Qualidade de Vida de Atletas (QQVA) com o Inventário Beck de Ansiedade (BAI) e o Competitive State Anxiety Inventory (CSAI) para estimar níveis de associações entre essas variáveis. A amostra foi composta por 41 participantes de três academias de dança, sendo 78% mulheres. As idades variaram entre 14 e 41 anos (M=19,9; DP=4,95), sem diferença estatística na comparação entre idade e sexo. No tocante a escolaridade, 49% possuíam ao menos ensino médio completo. Os participantes são competidores na categoria adulta com um volume médio de treino semanal de 15 horas. Os instrumentos foram aplicados coletivamente em locais apropriados com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. O BAI avalia a intensidade dos sintomas da ansiedade geral, o CSAI avalia os sintomas da ansiedade pré-competitiva nas dimensões Ansiedade Cognitiva, Somática e Autoconfiança. E o QQVA determina o nível de influência das dimensões Supertreinamento, Condições Básicas de Saúde, Relacionamento Social, Estado Emocional e Planejamento do Treinamento, sobre a qualidade de vida do atleta. O BAI e CSAI descrevem que quanto maior a pontuação, maior os sintomas de ansiedade. Para o QQVA, quanto maior a pontuação, maior a influência da dimensão na qualidade de vida. Os dados coletados foram submetidos à correlação Pearson. Os resultados apresentaram associações positivamente fortes entre o BAI e CSAI e suas dimensões, exceto a Autoconfiança. Nas correlações com QQVA, a dimensão Condições Básicas de Saúde associou-se negativamente moderada com os instrumentos de ansiedade e as dimensões Cognitiva e Somática do CSAI. O mesmo nível de associação foi estimado para as dimensões Relacionamento Social e Estado Emocional, porém somente com a dimensão Cognitiva. Esses dados estimaram associações entre os sintomas de ansiedade com a ansiedade pré-competitiva, além de sugerir importantes fatores a serem considerados na qualidade de vida do atleta para o competidor de dança. Conclui-se para essas associações um acompanhamento dos sintomas de ansiedade do atleta, além da pré-competitiva, e intervenções no contexto dessas dimensões de qualidade mencionadas.
Título: Associação entre qualidade de vida do atleta com sintomas de ansiedade e ansiedade pré-competitiva
Autores: Izabel Simon Camarão Telles Ribeiro; Itor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: qualidade de vida; ansiedade; ansiedade pré-competitiva; bailarinos; atleta
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The Beck Depression Inventory (BDI-2) is described today as a major clinical instruments to identify depressive symptoms. Since its last review, the validity studies grew progressively using different populations. Aiming to contribute to the instrument development, the present study has investigated validity evidences based on internal structure of the BDI-2 in a sample of patients with sexual dysfunctions. The sample consists of 362 patients (60% men and 40% women) from a clinic specialized in sexual dysfunctions treatments, whose ages ranged between 18 and 67 years (M=33.8, SD=10.48). Applications occurred individually in the initial care compliments of ethical criteria required in the research. The collected data were subjected to a full information factor analysis, a method that works with item response vectors, recommended for categorical data and analysis of internal consistency. The factorial analysis with promax rotation extracted two dimensions being able to explain 60% of the variance; criterias for the extraction were eigenvalues> 1.0 and retaining items with loads greater than or equal to 0.4. It was observed that the items, Loss of Pleasure and Loss of Energy have fit with significant factor loadings on the two factors in addition, the items Indecisiveness and Worthlessness have grouped in opposing factors, differing in comparison with other studies. The two structures (strongly and positively correlated) correlated strongly positive (0.72). According to the one indicated by the literature, the one and three models factors were evaluated, but have not met the expected criteria. The structure was also evaluated through sex, however, did not show different groupings. The internal consistency analysis by Kuder-Richardson estimated the accuracy of the instrument in 0.92. It was concluded that the results were satisfactory and similar to other studies which have evaluated the structure on other populations. For the mentioned grouping differences of four items, they were consistent according to the characteristics of patients with sexual dysfunctions. We suggest further studies with other Brazilian samples to expand the discussion of the instrument, so restricted to the international literature.
Título: The Beck Depression Inventory in patients with sexual dysfunction: validity evidences based on the structure
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: beck depression inventory; depression; validity; validity evidences; full information factor analysis
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
There are evidences demonstrating a significant impact of the depression and anxiety symptoms in sexual function. To investigate such evidence, this study has correlated the Self-Efficacy Scale-Sexual Erectile Function (SSES-E) to the Beck Depression Inventory (BDI-II) and Anxiety Inventory (BAI). The sample consists of 364 men from four universities and a clinical psychologist. Participants from universities accounted to 75% of the sample. The others were in the process of psychotherapy and had complaints of sexual dysfunction. Ages ranged from 18 to 67 years (M = 33.76, SD = 10:48), about marital status, 47% were married, 43% single, 9% divorced and 1% widowed. Regarding education, 85% of them had at least incomplete higher education. The instruments were administered collectively in universities and individually during the initial care at the clinic, both applications occurred in appropriate locations following ethical requirements in the research. The SSES-E is a scale which uses the concept of self-efficacy in the ability to measure the sexual behavior performance. It consists of 25 items and two dimensions named obtaining and maintaining the erection. For measurement, a level measuring scale between 10 and 100 points is used, the score is obtained by averaging the responses and also the items dimensions. About the inventories, are self-report scales that describe the severity of depression and anxiety symptoms. Each has 21 affirmative evaluated through a number from zero to three points. The score is obtained as the sum of scores of these items and varies between 0 and 63. For the BDI, it is still possible to obtain scores for somaticaffective and cognitive dimensions. The data collected were subjected to partial correlation (Pearson at 0.05) eliminating the effect of differences between clinical and non-clinical group. The results showed mild and moderate negative associations between the score of the SSES-E and the dimensions: obtaining and maintaining the erection and the BDI score and the dimensions: somatic and cognitive-affective. For the BAI, the only score has been associated to a slightly negative to the dimension: SSES-E maintaining the size of the erection. These data have indicated the negative interference of depressive symptoms on sexual self-efficacy. On anxiety symptoms, the same interference was restricted to the maintenance of behaviors supporting the sexual activity. It is suggested that these associations should be considered in interventional and diagnostic procedures of male sexual dysfunction.
Título: Association between male sexual self-efficacy and depression and anxiety symptoms
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho; Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: sexual self-efficacy; depression; anxiety; sexual dysfunctions; sexual function; male sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
There are evidences demonstrating a significant impact of depression and anxiety symptoms in sexual function. To investigate such evidences, this study has correlated the Female Sexual Self-Efficacy Scale (SSES-F) with the Beck Depression Inventory (BDI-II) and Anxiety Inventory (BAI). The sample consists of 269 women from four universities and a clinical psychologist. The participating universities accounted to 60% of the sample. The others were in the process of psychotherapy and had complaints of sexual dysfunction. Their ages ranged from 18 to 56 years (M = 28.59, SD = 8.86), about marital status, 51% were married, 48% single and 1% divorced. Regarding education, 92% of them had at least incomplete higher education. The instruments were administered individually and collectively in universities in the initial care at the clinic, both applications have occurred in appropriate locations following the ethical requirements in the research. The SSES-F is a scale which uses the concept of self-efficacy in the ability to measure the sexual behavior performance. It consists of 28 items in four dimensions named desire/arousal, penetration ability, solitary pleasure and sexual assertiveness. For measurement, a level measuring scale between 10 and 100 points is used, the score is obtained by averaging the responses and also the items dimensions. About the inventories, are self-report scales that describe the severity of depression and anxiety symptoms . Each has 21 affirmative evaluated through a number from zero to three points. The score is obtained as they sum the scores of these items and varies between 0 and 63. For the BDI, it is still possible to obtain scores for somatic-affective and cognitive dimensions. The data collected were subjected to partial correlation (Pearson at 0.05) eliminating the effect of differences between clinical and non-clinical group. The results showed only slight negative associations between of penetration ability SSES-F and the BDI cognitive dimension. It has been observed that there are more associations considered only in the clinical group. These data question the evidence of negative interference of depression and anxiety symptoms in female sexual self-efficacy. They have considered possible influences of other variables in this data set. Further studies will be necessary to evaluate the associations found so far.
Título: Association between female sexual self-efficacy and depression and anxiety symptoms
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho; Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: sexual self-efficacy; depression; anxiety; sexual dysfunctions; sexual function; female sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
In order to contribute to the development of the instruments that assess the sexual aspects, specifically related to premature ejaculation (PE), the present work has translated and adapted the Index of Premature Ejaculation (IPE) into Brazilian Portuguese, by the semantic equivalence method. The IPE is a self-report scale consisted of 10 items which evaluates the aspects of the lack of ejaculatory control, using three dimensions denominated sexual satisfaction, ejaculatory control and distress.Among the available instruments, there is a psychometrical data presented for the evaluation of the PE. This process has been composed by 11 professionals qualified for such method and a sample of 50 participants for a pre-test evaluation of the scale. The results of the translation, back-translation and semantic assess steps, have produced qualitative data related to the terms and expressions. From these steps, two versions were produced and evaluated by independents judges. An evaluation, made by a specialist, has considered the proposed results and consolidated a preliminary version that was applied to the sample. Some suggestions and/or incorporations were made after this application which constituted the final version of the instrument. On developing the directives imposed for the translation and adaptation process, the findings were considered satisfactory. First, by ensuring the adequacy and comprehension of the applied language and secondly, for the results of the scores obtained in the sample. For this final version, the original name in English was maintained, adding the title “Brazilian adaptation’ in the end.
Título: Translation and cultural adaptation of the Index of Premature Ejaculation (IPE) to brazilian portuguese
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão
Palavras-Chave: measurement instruments; validity; validity evidences; translation and adaptation process; sexual behavior; male sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The present research has studied the validity evidences for the Brazilian adaptation of the Index of Premature Ejaculation (IPE). The IPE is a self-report questionnaire which content of 10 items evaluating the Premature Ejaculation (PE) in the dimensions: sexual satisfaction, ejaculatory control and distress. Therefore, it has been recruited; 163 men whose ages were between 18 and 58 years old. The applications in the samples occurred at different times with the fulfillment of the ethical criteria required in the research. The factor analysis by the main components with varimax rotation extracted 3 dimensions capable of explaining 72.66% of the variance. The criteria for domain identification and item retention were eigenvalue>1.0 and items with factor loadings >0.4. The internal consistency by alpha Cronbach estimated the reliability of the instrument in .89; the dimensions remained between .84 and .90. Temporal stability corresponded .89 for the instrument and the dimensions remained between .83 and.90. As it was expected this result, for the instruments not evaluating the function as specifically, on the other hand, they evaluate behaviors contributing to it, as an example of the maintenance of sexual activity and its satisfaction. The solution and the data presented were consistent with the proposal of creation of the instrument and met theoretical expectations for the evaluation of PE. For this set of analysis, the results were provided to the Brazilian adaptation of the IPE evidence of validity based on the internal structure.
Título: Evidences of validity based on the internal structure and the relations with other variables for the brazilian adaptation of the Index of Premature Ejaculation
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão
Palavras-Chave: premature ejaculation, measurement instruments, validity, validity evidences, reliability, sexual behavior, male sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
As alterações propostas para a Ejaculação Precoce (EP) na versão cinco do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) operacionalizaram um patamar antes sugerido para essa disfunção. Em comparação a disfunção erétil, a EP ainda percorre uma trajetória no estabelecimento de critérios diagnósticos precisos, e principalmente, funcionais. Observa-se que esse “novo”patamar proporcionou um alívio aos profissionais que atuam diretamente com o problema, mas ao mesmo tempo, permanece a preocupação em relação à operacionalização da disfunção. Se por um lado o critério principal estabeleceu um parâmetro mensurável, baseado em evidências empíricas, por outro simplificou em demasia o diagnóstico. O critério principal é conhecido por tempo de latência intravaginal para a ejaculação (IELT), definido pelo número em segundos/minutos entre a inserção do pênis na vagina até a ejaculação. Embora orientado por uma prática sexual de penetração vaginal, o DSM-V considerou a aplicação desse critério em outras práticas, porém sem especificar o período de duração. É nesse sentido que se observa o entrave, pois mesmo com conceituação empírica, ele não é abrangente, além de arbitrário, devido a um número significativo de pesquisas que investigaram a flutuação da estimativa desse tempo em indivíduos com e sem queixas de EP. Outro critério estabelecido pelo DSM-V foi o duo sofrimento/satisfação, importante, porém não específico da EP. Uma alternativa indicada para o dilema exposto tem sido proposta pelas pesquisas sobre a percepção do senso de controle ejaculatório, que demonstraram um forte poder preditivo, além de evidenciarem que homens sem EP relataram um controle bastante elevado sobre a ejaculação em comparação a homens com tempos curtos de IELT. Apesar dos expressivos resultados, a dificuldade em estabelecer essa dimensão como um critério reside na sua mensuração. Trata-se de uma medida subjetiva na qual o indivíduo sabe que mantém controle, vivencia mais prazer, porém não se sabe descrever como isso funciona. Essa talvez seja a principal batalha contra a EP, a possibilidade de um indivíduo ter prazer pelo tempo que desejar. Pela lógica, esse é o raciocínio, quanto mais tempo um indivíduo gasta em uma atividade de prazer, mais prazer ele terá. Ou ainda manter-se-á a justificativa sexista e heteronormativa de que a EP existe por conta do prazer feminino ou que as mulheres demoram mais na resposta sexual. Por fim, acredita-se que a consequência desses novos critérios trará uma grande preocupação social em relação à disfunção. Uma reação em cadeia iniciada com o aumento da prevalência da EP na população a partir desses critérios, notícias sensacionalistas na mídia de maneira geral e uma corrida farmacêutica na busca de uma solução medicamentosa. Nos consultórios, os autodiagnósticos permanecerão dessa vez com evidências tabuladas em planilhas criadas pelos próprios pacientes. O “vai ser bom, não foi?”continuará! Após a Era Viagra, a segunda mais famosa disfunção sexual masculina se tornará a primeira nos novos tempos, e o desafio em relação à EP continua.
Título: Vai ser bom, não foi? Ejaculação Precoce
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: ejaculação precoce; disfunções sexuais; sexualidade masculina; psicoterapia sexual; dsm-v
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Estudos que investigam a função sexual em atletas de alta performance demonstram uma redução do desejo sexual. Essa perda de interesse é provocada por diferentes fatores, sendo os mais comuns, o excesso de exercício, a indisponibilidade de tempo, e alterações de níveis hormonais. O presente estudo relata o caso de Maria, 23 anos, competidora de atletismo na categoria adulta, solteira (namorando) e sem filhos, encaminhada pelo ginecologista com diagnóstico de ausência ou perda do desejo sexual (CID-F52), sem quaisquer fatores fisiológicos relacionados. Maria foi atendida em uma clínica particular de psicologia e terapia sexual. A autorização da publicação do caso foi dada ao final dos atendimentos, com os cumprimentos dos critérios éticos exigidos em pesquisa. Duas sessões iniciais foram realizadas para avaliação psicológica, além da entrevista e análise funcional, foram aplicados instrumentos psicológicos e sexuais para avaliação de sintomas. O resultado dessa avaliação indicou sintomas de ansiedade e vulnerabilidade, ausência de desejo sexual, baixa autoeficácia sexual, além de problemas no relacionamento afetivo/sexual. A proposta psicoterapêutica, organizada em conjunto com a paciente, baseou-se nos objetivos: 1) desenvolver o autoconhecimento pela auto-observação em vivências da terapia sexual; 2) aprimorar a discriminação de estímulos sexuais por fontes abstratas (pensamentos, vontades, desejos) e concretas (cinco sentidos); 3) desenvolver comportamentos frente à estímulos aversivos (cansaço, agenda, cobranças); 4) reforçar e estabelecer comportamentos de intimidade sexual ocorridos com parceiro; 5) aumentar a frequência de comportamentos sexuais solitários. Ao final de 33 sessões psicoterapêuticas, progressos para aumento do desejo sexual foram observados pela discriminação das sensações corporais da percepção muscular; aumento de comportamentos sexuais solitários; redução de fuga/esquiva em situações de intimidade sexual com parceiro; diminuição dos sintomas de ansiedade, principalmente relacionados com antecipação ao fracasso; e aumento de comportamentos assertivos para lidar com situações de falta de desejo. A conclusão do estudo de caso reforça o atendimento específico em terapia sexual para atletas com dificuldades relacionadas à função sexual, como a ausência ou perda do desejo sexual.
Título: Terapia sexual com atleta de performance: estudo de caso
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: estudo de caso único, sexualidade feminina, psicoterapia sexual, desejo sexual, atleta de alto-rendimento
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Researches on premature ejaculation (PE) are hardened by not having a criteria consensus defining them as a disorder. Observing that the same difficulty is found on the nomenclature and also on ordinary criterias, but with substantial differences which are proposed by the disease classification systems. Thus, this study has identified and compared the criteria used on the researches published in the articles on the Science Citation Index databases, MEDLINE, PsycInfo, LILACS, SciELO, CLASE. The searches that started from keywords and the review period were from 2000 to 2013. The results have shown a significant number of articles, but only had been considered those which the investigation was based on an empirical data by using scientific methodology. There were four main criteria used to show significant differences in the evaluation. The first was the ejaculatory latency, defined as an objective measurement and useful for screening, but having non consensus about its estimate. Second, a sense of control, presented significant results, however defined as a subjective measure. Searches related to it has shown that men without PE had reported a very high control over ejaculation compared to men with short ejaculatory latency time. The last two were sexual satisfaction and distress, not being specifically PE and present in all sexual dysfunctions. For both, dissatisfaction was reported on the existence of an PE, usually accompanied by uncomfortable and interpersonal difficulties. The presented data has organized in a systematic way the criteria used when evaluating the PE, an useful compilation for different research fronts.
Título: Diagnostic criteria for premature ejaculation: a literature review
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: premature ejaculation; sexual behavior; male sexuality; ejaculatory latency; sexual dysfunctions; sexual satisfaction; sense of control; distress
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Se analizan y discuten 4 estudios que involucran la satisfacción sexual, el bienestar subjetivo y la comparación de la autoeficacia sexual de la pareja. La información a discutir provienen de experiencias de Brasil, Chile y Paraguay. Itor Finotelli (Brasil) hace una comparación de la autoeficacia sexual en parejas atendidas en una clínica privada de psicoterapia de Sao Paulo. El 51% de los hombres y 14% de las mujeres tenían quejas de disfunción sexual, en los demás, ambos tenían quejas de disfunción sexual. Se utilizaron la Escala de Autoeficacia Sexual-Función Eréctil (SSES-E) y la Escala de Autoeficacia Sexual Femenina (SSES-F). Se considera los índices encontrados entre bajo y medio, además de significativos para p=0,05 y 0,01. La percepción del funcionamiento sexual varia según las dimensiones de los instrumentos, según el tiempo de relacionamiento y cuando las disfunciones sexuales ocurren en el hombre o en ambos. José Britos (Paraguay) presenta las cualidades psicométricas de la escala sobre Satisfacción Sexual para parejas heterosexuales. El instrumento con 40 reactivos, utiliza una escala visual analógica y contiene ítems relacionados a las fases de la respuesta sexual, teniendo como soporte teórico al Conductismo Social de Staats. En el estudio se comparó poblaciones clínicas y no clínicas entre 20 y 50 años, de la ciudad de Asunción, encontrándose sensibilidad en la prueba para identificar fases de la respuesta sexual afectadas ya sea por disfunciones o por problemas no clínicos que merecen tratamiento. Oswaldo M. Rodrigues Jr. (Brasil) describe estudios sobre la Satisfacción sexual y reporta que, en 1996 una investigación con 110 estudiantes universitarios uno de los hallazgos más importantes fue la asociación entre orgasmo y satisfacción sexual. La satisfacción sexual fue referida por el 86% de las mujeres, aunque el 15% no estarían satisfechas siempre. En el 2010, mediante la Escala de Satisfacción Sexual para Mujeres, describe 5 factores: conformidad, comunicación, compatibilidad, preocupación relacional y preocupación personal. El estudio presenta datos preliminares sobre una escala reducida, con una muestra clínica de 20 mujeres sin quejas sexuales, que están en proceso de psicoterapia con edades medias de 33 años. El instrumento presenta relaciones significativas entre los ítems con los factores y los factores con la puntuación total. Finalmente, la Satisfacción Sexual puede ser una medida que permite reevaluar los procesos de psicoterapia focalizados en la sexualidad. El estudio que presenta Pablo Vera (Chile) propuso evaluar la relación entre los indicadores del comportamiento sexual y emocional y el bienestar sexual subjetivo. Trabajó con una muestra de 862 personas chilenas, las cuales se distribuyeron homogéneamente en cuanto a sexo y estado civil. Se administró el cuestionario de Bienestar Sexual Subjetivo de Laumman et .al (2006). También, se administraron cuestionarios psicológicos y de comportamientos sexuales. Se verificó un modelo predictivo del bienestar sexual subjetivo. Las principales variables predictoras fueron, las caricias sexuales, frecuencia sexual y juegos sexuales.
Título: Satisfacción; bienestar y autoeficacia sexual
Autores: José Britos; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Pablo Vera; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: satisfacción sexual; autoeficacia sexual; bienestar; comportamiento sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Sexual psychotherapy is a clinical psychology area applied to treatment of sexual complaints. In this approach, some constructs and concepts from psychology that are important as part of the treatment process or as basis for specific techniques: Social Learning is described as the capacity of an individual to reproduce an observed behavior. It is an essential process of socialization, described by three assumptions, social learning itself, the reciprocal determinism and self-efficacy. Application of such concept assists both in identification of inadequacies of an individual and in composition of strategies and interventions in its modeling process, reproduction of the observed behavior, monitoring and enhancement. An efficient learning model is considered in the change of a behavior, which observation of the other allows for creation of a cognitive image of the way to act of an individual, serving as guideline for actions. Self-efficacy is described as the feeling that allows for adequacy and competency for facing problems. The individual perceives self-esteem, trust or own value which allow for him/her to believe that he/she can perform certain behavior as required. Such concept is used to check trust and effort the individual shall use in certain sexual function. Male and female sexual selfefficacy scales will allow for understanding the beliefs on sexual performance of the individual in a variety of sexual situations. Social abilities are the set of behaviors emitted in view of the needs of an interpersonal situation, provided that they maximize the gains and reduce losses for the social interactions. Great part of the behavioral problems is kept by production of positive and negative reinforcers. The social abilities are worked in parallel to the sexual dysfunction approach. Both the individual and the couple are the focus of such approach. Cognitive Structure, two aspects are presented to be considered when we associate cognitions and sexual complaints: Contents that may be des/constructive for sexual performance; distortive irrational cognitive processes. The content aspect is more visible and even held liable for the sexual issue. The distortive thought processes may be held liable for several anxiogenic and depressive statuses related to the sexual issue. Thought anticipation and reading, tunneling,negative aspect magnification, positive aspect minimization processes are some distortive processes found in such sexual issues. Assertiveness in sexual behavior, when the couple looks for assistance and treatment for their dysfunctional sexual the punitive verbal behavior repertory, and not only it, is already established. Social ability, a constant in the lives of each of the individuals comprising the couple, no longer exists as priority in a life of a couple. The possibility to develop a quality sexual life to both and together, takes place from the process to assertively communicate the needs and what is not satisfactory in the sexual relation. Upon statement of an inadequate sexual behavior in a couple, the behavior to express the negative feelings becomes an important variable to be worked by in the psychotherapy process. The goal is that the couple may learn to admit failures, agreement, among many other behaviors.
Título: Constructs and concepts in psychology applied to sexual psychotherapy
Autores: Juliana Simão Bonetti; Oswaldo Martins Rodrigues Jr; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani; Carla Zeglio; Carolina Fernandes
Palavras-Chave: sexual behavior; sexual dysfunctions; sexual psychotherapy; social learning; self-efficacy; social abilities; assertiveness
cognitive structure
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Esta apresentação tem como objetivo verificar o desejo sexual e tempo de relacionamento, para isso se faz necessário entender o que pode influenciar na resposta sexual, bem como as dificuldades que podem ser encontradas neste quesito. Entender a resposta sexual humana e explorar sua nuances se faz necessário, tendo em vista que a qualidade de vida de um casal está ligada a esfera biopsicosocial, ou seja, todas as áreas que rodeiam e permeiam a vida individual e dual deste casal, portanto eventos externos a relação e eventos internos podem ser causadores, ou mantenedores de uma disfunção sexual relacionada ao desejo. É perceptível também que alguns tipos de crenças disseminadas pelo senso comum também influenciam na maneira como estas pessoas entendem e vivem o encontro sexual, e tais condições podem ser facilitadoras de tais desencontros, portanto pensar e repensar sobre estas esferas também se mostra eficaz para essas dificuldades. Perceber como a comunicação pode trabalhar a favor do casal é de extrema importância, pois através dela o casal poderá minimizar os desencontros inter-relacionais, bem como, poderão explorar a possibilidade de manutenção da prática sexual, ou seja, o sexo além de ser feito também pode ser falado, a fim de conhecer a parceria entender suas vontades e combinar vontades e fantasias como novas possibilidades de prazer. Para isso foram estudadas cerca de 150 pessoas, sendo que, 109 eram do sexo masculino e quarenta e uma do sexo feminino, todos os dados foram obtidos através do Inventário de Desejo Sexual (SDI – 2), contidos em arquivo morto de uma clínica especializada psicoterapia com foco em sexualidade de São Paulo, no período de 1997 à 2007, os pesquisados tinham de um mês à 40 anos de relacionamento e todos apresentavam alguma queixa de sexualidade de forma direta ou indireta. Os resultados encontrados foram interessantes, pois podemos perceber que as duas afirmações sociais, tanto quanto de aumentar o desejo por conta do tempo de relação e aumento de intimidade, ou que o desejo diminui por conta da rotina, porém isso demonstra que o repertório sexual e a qualidade de comunicação podem influenciar diretamente nesta relação.
Título: Variação do desejo sexual e tempo de relacionamento: um estudo exploratório
Autores: Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: desejo sexual; sexualidade feminina; sexualidade masculina; tempo de relacionamento; disfunções sexuais
Comparar as percepções dos parceiros no desempenho de comportamentos sexuais é uma importante tarefa que permite compreender as diferenças do casal sobre a existência e vivência de problemas sexuais. Há muito se discute nessas comparações as influências de variáveis como o tempo de relacionamento e a existência de uma disfunção sexual. O presente estudo avaliou a precisão na avaliação da autoeficácia sexual masculina e feminina em homens e mulheres com queixas sexuais, baseada nas respostas de suas parcerias. Compuseram a amostra 40 casais atendidos em clínica particular de psicoterapia localizada no município de São Paulo. Dentre eles, 51% dos homens e 14% das mulheres possuíam queixas de disfunção sexual, para o restante, ambos possuíam queixas de disfunções, sem predominância quanto ao tipo. A média de idade dos participantes foi de 36 anos para os homens e 34 anos para as mulheres. No tocante ao tempo de relacionamento, 34% tinham até 4 anos, 46% entre 4 a 9 anos e 30% mais de 10 anos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil (SSES-E) e a Escala de Autoeficácia Sexual Feminina (SSES-F), aplicados individualmente no atendimento inicial em local apropriado com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. A SSES-E é composta por 25 itens que utilizam o conceito de autoeficácia para mensurar as crenças masculinas acerca de sua capacidade na realização de comportamentos sexuais. Utiliza nível de medida escalar que varia entre 10 e 100 pontos e o escore total é obtido pela média das respostas nos itens, segundo o grau de confiança. Com ela, é possível obter também o escore por dimensões denominadas de Obtenção e Manutenção da Ereção. Já para a SSES-F, sua composição é de 28 itens que avaliam as mesmas crenças, porém na capacidade de realização de comportamentos sexuais femininos. Ela utiliza o mesmo nível de medida escalar, dividida em quatro dimensões, a saber, Desejo-Excitação, Capacidade de Penetração, Prazer Solitário e Assertividade Sexual. Os resultados apresentaram índice significativo de 0,33 na precisão, segundo respostas dos casais na avaliação da autoeficácia sexual masculina e 0,46 para autoeficácia feminina. Quando avaliado por itens, o índice foi estimado em 72% deles, variando em 0,25 a 0,52 para autoeficácia masculina e 75% deles, variando em 0,24 a 0,57 na autoeficácia feminina. Houve um aumento na precisão na avaliação da SSES-E em condições que somente o homem possuía disfunções sexuais ou casal e/ou com tempo relacionamento entre 4 e 8 anos. Para a SSES-F, esse aumento ocorreu também quando o homem possuía disfunções ou casal, variando entre o tempo de relacionamento e segundo cada dimensão. Consideram-se os índices encontrados entre baixo e mediano, além de significativos a 0,05 e 0,01. Alerta-se que a percepção do funcionamento sexual, segundo esses resultados, variou segundo as dimensões dos instrumentos, o tempo de relacionamento e quando as disfunções sexuais ocorrem no homem ou em ambos. Tais índices revelaram importantes achados na avaliação por pares da autoeficácia sexual masculina e feminina, devendo ser considerados em futuras pesquisas e/ou avaliações clínicas.
Título: Percepção de disfunção sexual em casais
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; parceria sexual; disfunções sexuais; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A qualidade e a credibilidade das publicações científicas no âmbito de uma temática como a avaliação psicológica é averiguada pela visibilidade de suas produções por meios como, periódicos, teses, congressos, entre outros. A análise constante dessas produções faz-se necessário para a tomada de decisão dos novos rumos da ciência e da política científica, assim como, do aperfeiçoamento constante do conhecimento. Dentre as várias formas de atingir esse resultado, encontram-se os estudos da metaciência. A presente pesquisa objetivou caracterizar a produção científica de comunicação de pesquisa e de prática profissional na área de avaliação, métodos e medidas em psicologia, realizada por meio de pôsteres no III Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão. A análise baseou-se em critérios da metaciência, a saber, autoria, temática, metodologia, enfoques e análise dos tipos de avaliações. Foram analisados 156 painéis. Os resultados evidenciaram que a maior concentração dos pesquisadores foram da região Sudeste e do sexo feminino, vinculados à universidades públicas e privadas e sem financiamento. Verificou-se que 134 dos resumos apresentados foram relatos de pesquisa, o delineamento quase-experimental (93) foi o mais frequente, destacou-se a amostra mista (93) contando com participantes do sexo masculino e feminino e os instrumentos de medidas (122) mais utilizados foram os objetivos (99) e houve utilização preferencial pelos métodos quantitativos para análise de dados. Sugere-se que outras pesquisas similares sejam realizadas, visando a verificação no campo da avaliação psicológica no Brasil que ainda é relativamente pequena, se comparada a outras áreas.
Título: Avaliação Psicológica no III Congresso Brasileiro de Psicologia: Análise dos painéis usando metaciência
Autores: Marlene Alves da Silva; Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: avaliação psicológica; metaciência; instrumentos de medida
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Referência: Silva, M. A., Joly, M. C. R. A., & Finotelli Jr., I. (2011). Avaliação Psicológica no III Congresso Brasileiro de Psicologia: Análise dos painéis usando metaciência. Trabalho apresentado no VIII Congresso Iberoamericano de Avaliação Psicológica e XI Conferência Internacional Avaliação Psicológica. Actas da XI Conferência Internacional Avaliação Psicológica, Lisboa, 492-505.
A publicação de pesquisas científicas é uma das formas mais importantes de disseminação do conhecimento. Considera-se que o resultado da investigação só existe e ganha importância após a sua publicação e divulgação em canais formais da comunidade científica. Refletir sobre esse conhecimento por meio da análise de sua produção pode acrescentar na visibilidade do tema, visto que permite descobrir o que foi produzido e divulgado, além de apontar outras possibilidades de exploração. Nesta direção, o presente estudo verificou a produção científica de comunicação de pesquisa e de prática profissional na área de avaliação, métodos e medidas em psicologia dos pôsteres publicados no III Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão. Os resumos dessas publicações foram visualizados em novembro de 2010 e classificados segundo suas informações por dois psicólogos. A classificação baseou-se nas orientações de categorias propostas na literatura da metaciência e em outros estudos de produções científicas na área da avaliação psicológica. No total, foram publicados no congresso 2550 resumos, desta quantia 156 (6%) referenciaram à área proposta. Os resultados indicaram uma concentração maior de pesquisas oriundas da região Sudeste. Foram responsáveis por essas produções 625 autores, em média quatro autores por resumo. Na maioria, os resumos foram de autoria múltipla (94,2%). Quanto ao sexo, a maior parte dos autores foram mulheres; no entanto, 59,6% dos resumos eram de autoria mista. Os resumos em maioria estavam vinculados às universidades (74,3%), sejam elas públicas ou privadas. Destaca-se um número significativo de produções realizadas por centros de pesquisas sem vinculação acadêmica. Cerca de 59% dos resumos não receberam financiamento. As agências de fomento foram responsáveis por somente 28,2% do financiamento. Quanto ao tipo de trabalho, 85,9% foram relatos de pesquisa, o delineamento quase-experimental foi predominante em 59,7%. Para amostra, 167 participantes foram utilizados em média, a maioria utilizaram amostras mistas quanto ao sexo (59,7%). Para a faixa etária, pesquisas com adultos corresponderam pouco mais da metade dos resumos, exceto em pesquisas cuja amostra foi feminina. Sobre os procedimentos de avaliação psicológica, os instrumentos de medidas foram utilizados em 78,4% das pesquisas, seguidos de avaliações mistas com 19,4% e a utilização de entrevista com 2,2%. Sobre os instrumentos, foram utilizados 122 instrumentos diferentes, 51,7% das pesquisas utilizaram um único instrumento. Para o tipo, 81,1% foram objetivos, seguido de projetivos com 12,6% e a utilização de ambos com 4,7%. Finalmente, a análise dos dados empregada indicou que os métodos quantitativos foram utilizados em 60%, seguida de quantitativos com 34% e métodos mistos com 6%. Esse levantamento permitiu traçar um perfil específico da produção na área da avaliação psicológica. Algumas tendências como predominância por autoria feminina e na região sudoeste, ainda são marcantes. Destaca-se o amplo uso de instrumentos de medidas como características da atualidade. A quantidade de pesquisas que utilizaram tais instrumentos confirmou a tendência de diminuição no uso de instrumentos projetivos. Ratifica-se a necessidade de análise, sistematização e divulgação destes dados com o intuito de estabelecer metas para o desenvolvimento da área de avaliação psicológica e a possibilidade de replicação em outros contextos.
Título: Análise da produção de pôsteres sobre avaliação psicológica no III Congresso Brasileiro de Psicologia
Autores: Ítor Finotelli Jr; Marlene Alves da Silva; Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly
Palavras-Chave: avaliação psicológica; metaciência; instrumentos de medida
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Desde a década de 1980, o surgimento e a expansão da epidemia do HIV/Aids é considerado um tema preocupante. Mesmo com os avanços no tratamento e o aumento da expectativa de vida dos portadores, existem ainda diversas implicações envolvidas na infecção e seu processo evolutivo que necessitam de maiores aprofundamentos. Uma dessas implicações é a associação dos impactos da doença com os transtornos mentais. Observa-se que os transtornos psiquiátricos são comuns nos portadores do HIV e não necessariamente por condições pré-existentes. Dentre esses transtornos, os mais relacionados são a depressão e a ansiedade. Para os sintomas frequentes, alguns estudos mencionaram a culpa, a irritabilidade, a sensação eminente de morte, a fadiga, a sensação de perda de controle, o isolamento, a perda de peso, o desconforto abdominal, a impulsividade, a sensação de calor, o medo que aconteça o pior, a incapacidade de relaxar e as alterações no sono (Malbergier e Schoffel, 2001). No entanto, observa-se uma problemática na mensuração e avaliação desses quadros psiquiátricos e seus sintomas. Malbergier e Schoffel (2001) consideram que o vírus produz mudanças em estruturas nos gânglios de base, tálamo e lobo frontal e isso provocaria transtornos da motivação e do humor. Desta maneira, o aparecimento de sintomas são devido a condições neurológicas. Para, além disso, as doenças oportunistas, a deteriorização do sistema imunológico e o uso de substâncias durante o tratamento provocam uma série de desconfortos físicos, semelhantes aos sintomas encontrados em quadros de depressão e ansiedade. Essa constatação foi mencionada na pesquisa de Kalichman, Rompa e Cage (2000) na comparação entre instrumentos de avaliação. Eles sugeriram que alguns instrumentos aumentaram os escores em pacientes portadores do HIV por incluírem sintomas somáticos. Para buscar a associação entre a progressão da doença com a depressão e ansiedade, boa parte dos estudos utilizaram a contagem de linfócitos T-CD4 e associaram esse resultado com instrumentos de medidas psicológicas, diagnósticos, entre outras formas avaliativas. Essas pesquisas mencionaram uma relação significativa entre a depressão e ansiedade com as medidas do sistema imunológico (Burack, Barrett et al., 1993; Zena-Castillo, Mezones-Holguin et al., 2009). Entretanto, apesar dessa evidente associação, os resultados ainda são mistos e necessitam de maiores esclarecimentos, principalmente quanto à metodologia empregada. Para contribuir com a perspectiva mencionada das implicações do processo evolutivo da doença e estudar a associação entre seus impactos com os transtornos psiquiátricos, este estudo teve como objetivo avaliar os graus de depressão e a ansiedade em pacientes hospitalizados portadores de HIV/Aids e buscar associação desses graus com o nível de linfócitos T-CD4. Com a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta foi realizada em um Hospital de Infectologia em São Paulo. Para a composição da amostra, os pacientes foram selecionados conforme entrada na internação das unidades. Não fizeram parte desta pesquisa os pacientes com alterações psiquiátricas, alterações neurológicas e com déficits cognitivos, segundo informações de entrada. Compuseram a amostra 46 pacientes portadores de HIV/AIDS, internados em um Hospital de Infectologia em São Paulo. Destes 65,2% eram homens e 34,8 mulheres, com média de idade de 38 anos (DP=8,96; Min=21; Max=59). O estado civil correspondeu em 41,3% solteiros, 30,4% casados, 19,6% separados e 8,7% viúvos. A escolaridade predominante permaneceu em ensino fundamental incompleto a médio completo em 84,8% dos casos. Foi aplicada nesses sujeitos a seguinte sequencia de instrumentos, Questionário Sociodemográfico, Inventário de Depressão de Beck – BDI e Inventário de Ansiedade de Beck – BAI. A aplicação foi realizada individualmente, em local apropriado com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa e teve duração média de trinta minutos. A Ficha de Pesquisa, elaborada para coleta das condições clínicas do indivíduo, foi preenchida pelo pesquisador, segundo informações no prontuário. Em casos de dados não localizados, visitas foram realizadas no laboratório da instituição para o preenchimento dos resultados faltantes. Para os resultados, observaram-se graus moderados de sintomatologia de depressão e ansiedade na a amostra, quando avaliado pelas médias nos escores dos instrumentos BDI e BAI. Ao classificar os escores nos instrumentos, segundo os pontos de corte, 57% da amostra masculina permaneceu abaixo do moderado para os sintomas de depressão, enquanto 69% da feminina permaneceram do moderado ao grave. Mesmo sem tendência estatística quanto ao grau de depressão na amostra, esse resultado corroborou as prevalências de uma maior existência de depressão em mulheres. Além disso, a prevalência nas mulheres com HIV pareceu ser superior àquela encontrada nos homens, conforme pesquisas mencionadas na literatura. A mesma tendência também ocorreu para a ansiedade, 57% dos homens permaneceram abaixo do moderado e 56% das mulheres permaneceram em grau sintomatológico grave de ansiedade. Esses dados também corroboraram as prevalências da ansiedade em mulheres, superiores aos homens. Como a maior parte dos pacientes mantiveram contagens de T-CD4 abaixo de 200/mm³, condição regular devido ao local de coleta dos dados, a distribuição das classificações de T-CD4 ficou prejudicada quando associada aos graus de depressão e ansiedade. Os dados sugeriram uma não associação entre a classificação T-CD4 com os graus de sintomatologia da depressão e ansiedade para homens ou mulheres. Mesmo ao avaliar somente um segmento dessa classificação, a exemplo à mínima (<200/mm), a distribuição sintomatológica dividiu-se em diferentes graus. Esse resultado foi contrário aos estudos que reforçam a associação entre o nível de linfócitos T-CD4 com os sintomas de depressão e ansiedade, a exemplo, o estudo recente de Zena-Castillo, Mezones-Holguin et al. (2009). Mesmo com evidências consideráveis de que as medidas de imunidade celular são alteradas em indivíduos com depressão, ansiedade ou estresse, em não portadores do HIV, considera-se que para os portadores os resultados têm sido mistos. Neste estudo, a não associação encontrada indicou essa direção. Embora, vários outros estudos têm encontrado uma relação significativa entre a depressão/ansiedade e as medidas do sistema imunológico (Burack, Barrett et al., 1993; Malbergier e Schoffel, 2001), pondera-se que tais diferenças nos resultados podem ser parcialmente atribuídas às diferenças metodológicas, tais como a forma de mensuração, o período de acompanhamento, as diferenças imunológicas analisadas, entre outras. Essa discussão reforça ainda mais a necessidade de uma melhor compressão da forma como a depressão ou ansiedade podem influenciar na progressão da doença e a mortalidade. Assim como neste estudo, a maioria dos outros na literatura focou os efeitos sobre a imunidade na infecção pelo HIV nas populações de T-CD4, utilizando um período curto de observação. Já para a associação encontrada entre a sintomatologia da depressão com a ansiedade, ela foi mencionada também em pesquisas de pacientes infectados pelo HIV a exemplo, a compilação feita por Owe-Larsson, Sall, Salamon, e Allgulander (2009). Trata-se de um resultado esperado, em primeiro lugar, pelas altas taxas de prevalências de depressão e ansiedade nesses pacientes. Em segundo, devido à complexa associação entre essas sintomatologias. Finalmente, há muito ainda o que se compreender sobre a infecção pelo HIV. Especialmente sobre os impactos psicológicos acarretados pela doença e suas associações. Neste estudo em questão, a prevalência dos sintomas de depressão e ansiedade, principalmente nas mulheres, a não associação entre a classificação T-CD4 com os graus de sintomatologia, além da associação entre essas sintomatologias, necessitam de maiores esclarecimentos. Apesar das diversas estratégias diagnósticas e instrumentos de medida disponíveis, sugere-se para os futuros estudos a construção de ferramentas de rastreamento simplificadas, especialmente concebidas para a população infectada pelo HIV, considerando também o gênero. Uma vez que o uso de substâncias é frequente e alguns dos sintomas da doença sobrepõem sintomas de depressão e ansiedade, o desenvolvimento desse tipo de instrumental seria capaz de distinguir confiavelmente e orientar a condução do tratamento de maneira específica no momento do diagnóstico.
Título: Avaliação da depressão e ansiedade em HIV/Aids: implicações nos linfócitos T-CD4
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão; Cristiane Santos de Macena
Palavras-Chave: depressão; ansiedade; pacientes portadores de HIV/AIDS; linfócitos; T-CD4
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Mesmo com a disseminação da importância do uso de instrumentos de medidas, o panorama brasileiro sobre a utilização desse procedimento na avaliação psicológica de questões sexuais, ainda é modesto. Monitorar as publicações científicas por meio da análise da produção é uma importante tarefa na divulgação do uso de instrumentos de medida e no desenvolvimento da área da sexualidade. Com esse propósito, o presente estudo analisou a produção científica brasileira de instrumentos de medidas sexuais nos últimos 20 anos. Somente foram considerados artigos de pesquisa que estudaram a precisão e a validade dessas medidas, publicados entre 1989 a 2009, incluindo artigos do primeiro trimestre de 2010; indexados nas seguintes bases científicas, SCI, MEDLINE, PsycInfo, LILACS, SciELO, CLASE. As buscas iniciaram a partir de 17 palavras-chave e os artigos encontrados foram avaliados e classificados segundo as categorias propostas na literatura da metaciência. Os resultados identificaram 22 artigos nas seis bases científicas. A maioria deles estavam na MEDLINE e na SciELO (66%). Não foi encontrado nenhum artigo na PsycInfo. Observa-se que algumas bases mantêm correspondências de artigos nas buscas. A CLASE foi a única base que não continha artigos em nenhuma das outras bases. Os 22 artigos estavam publicados em 15 periódicos científicos, especificamente três periódicos concentraram 45% das publicações. Os três pertencem as áreas de ginecologia, psiquiatria e saúde pública. Observa-se aumento significativo das publicações entre os anos. O período de 2007 a 2009 corresponderam aos anos mais produtivos com 68,1% das publicações. Os idiomas utilizados nos artigos foram o inglês e português, sem tendência significativa. Para a quantidade de autores, 95,5% dos artigos foram de autoria múltipla. Ao todo, 20 instrumentos foram estudados, a maioria internacional, de origem estadunidense. Os principais temas dos instrumentos foram a Função Sexual, especificamente a feminina e o Comportamento Sexual - HIV/AIDS. O número em média de participantes nos estudos foi 268 pessoas. Em sua maioria, a principal evidência de validade mencionada foi a de conteúdo, seguida pela baseada na relação com outras variáveis. Somente 18% dos estudos estimaram mais de uma evidência. A precisão foi avaliada pela consistência interna na maioria dos instrumentos. Em quase 23%, mais de uma precisão foi calculada. A principal dimensão metodológica empregada foi a Teoria Clássica dos Testes. Somente um estudo utilizou a Teoria de Resposta ao Item. Pouco mais de 10% dos estudos não mencionaram dados estatísticos de validade e/ou precisão. Em comparações com estudos internacionais são poucas as publicações sobre validade e precisão dos instrumentos. Menor ainda é a quantidade disponível. Sobre a origem, a internacionalização de instrumentos é ideal para comparações, entretanto preocupa as especificidades e as diferenças culturais. Ressalta-se que são poucos os estudos quanto aos tipos de validade e precisão. A ausência de informações sobre dados estatísticos preocupa quanto a credibilidade, consequentemente dificulta na comparação em futuros estudos e na segurança do uso. Futuras análises devem considerar como foco as publicações em dissertações, teses, resumos de congressos e periódicos não indexados para agregar a existência de outros instrumentos publicados, bem como seus dados psicométricos.
Título: Análise da produção de artigos brasileiros sobre medidas sexuais em bases científicas
Autores: Ítor Finotelli Jr
Palavras-Chave: instrumentos de medida; avaliação psicológica; pesquisa de processo; metaciência
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Comparar as percepções do homem no desempenho de comportamentos sexuais de sua parceira é uma importante avaliação que permite compreender as diferenças do casal sobre a existência e vivência de problemas sexuais. O presente estudo avaliou a precisão na avaliação da autoeficácia sexual feminina em mulheres com queixas sexuais, baseada nas respostas de seus parceiros. Participaram 40 casais atendidos em clínica de psicoterapia especializada em queixas sexuais. Todas as mulheres possuíam disfunções sexuais, a inibição do desejo sexual e inadequação sexual do casal corresponderam 62% delas. Para homens, aproximadamente 73% tinham tais disfunções, a ejaculação rápida e inibição do desejo sexual corresponderam 67% delas. As médias de idade dos participantes foram de 34 anos para mulheres e 36 anos para homens, no tocante ao tempo de relacionamento, 25,8% tinha até 4 anos, 48,4% tinha entre 4 a 9 anos e 25,8 tinha mais de 10 anos. O instrumento utilizado foi Escala de Autoeficácia Sexual Feminina. Os resultados apresentaram índice significativo de 0,42 na precisão da escala, segundo respostas dos casais na avaliação da autoeficácia sexual feminina. Quando avaliado por itens, o índice foi estimado em 42% deles, variando em 0,35 a 0,59. Houve um aumento na precisão em condições que ambos possuíam disfunções sexuais ou com tempo relacionamento até 4 anos. Considera-se o índice mediano-baixo, apesar de significativo, em comparação a outras pesquisas. As influências das variáveis na precisão revelam importantes achados na avaliação por pares da autoeficácia sexual feminina, devendo ser considerados em futuras pesquisas e/ou avaliações clínicas.
Título: Estimativa de precisão na avaliação da autoeficácia sexual feminina por parceiros sexuais
Autores: Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; parceria sexual; sexualidade feminina; função sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A preferência de tratar homens com queixas sexuais em conjunto à parceria sexual é uma importante tarefa que permite compreender as diferenças do casal sobre a existência e vivência de problemas sexuais. O presente estudo estimou a precisão da avaliação da autoeficácia sexual masculina em homens com queixas sexuais, baseada nas respostas de suas parceiras. Participaram 70 casais atendidos em clínica de psicoterapia especializada em queixas sexuais. Todos os homens possuíam disfunções sexuais, disfunção erétil e ejaculação rápida corresponderam 71% delas. Para mulheres, aproximadamente 40,3% tinham tais disfunções, inadequação sexual do casal e inibição do desejo sexual corresponderam 63% delas. As médias de idade dos participantes foram de 37 anos para homens e 34 anos para mulheres, no tocante ao tempo de relacionamento, 35,1% tinha até 4 anos, 36,8% tinha entre 4 a 8 anos e 28,1% tinha mais de 9 anos. O instrumento utilizado foi Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil. Os resultados apresentaram índice significativo de 0,30 na precisão da escala, segundo respostas dos casais na avaliação da autoeficácia sexual masculina. Quando avaliado por itens, o índice foi estimado em 68% deles, variando em 0,25 a 0,48. Houve um aumento na precisão em condições que somente homem possui disfunção sexual ou com tempo relacionamento com mais de 9 anos. Considera-se o índice baixo, apesar de significativo, em comparação a outras pesquisas. As influências das variáveis na precisão revelam importantes achados na avaliação por pares da autoeficácia sexual masculina, devendo ser considerados em futuras pesquisas e/ou avaliações clínicas.
Título: Estimativa de precisão na avaliação da autoeficácia sexual masculina por parceiras sexuais
Autores: Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; parceria sexual; sexualidade masculina; função sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
STDs were understood as a punishment form for sexual behaviour in many societies. Even today it is possible to observe negative attitudes that affect the lives and the sex lives of affected or infected people with STDs and HIV/AIDS. This study aims to investigate a possible relationship between the time of diagnosis of HIV/ AIDS and a sense of sexual self-efficacy in heterosexual men. To this end, we examined 17 men enrolled in a specialized STD/AIDS health system in Sao Paulo, assumed to be heterosexual, with no sexual complaints, and all of them responded to the selfesteem scale. The figures show that individuals who have been diagnosed for at least 6 months scored 72.80. The ones diagnosed for 2 years scored 61.46. Those with more than 5 years of diagnosis scored 50.32 and individuals who were diagnosed for over 10 years scored 61.20. According to the scale’s validating study, scores below 60 indicate sexual problems which affect self-efficacy. While 0.5% is not a significant difference, we might consider that in the long-term the diagnosis of a disease such as HIV, because of prejudice and stigma, will affect the individual’s perception when it comes to their sexual performance. It can affect their sexual frequency among other possible problems. This can increase the punitive nature of the individual’s former sexual behaviour, which may justify their sexual difficulties and limit their search for treatment.
Título: Diagnosis of chronic STDs and sense of sexual self-efficacy: an exploratory study in heterosexual men
Autores: Mônica Gonçalves de Melo Teixeira; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: sexual behavior; self-efficacy; sexually transmitted disease; sexual function; heterosexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A Escala de Satisfação Sexual Feminina (SSS-W) compreende um inventário composto por 30 itens distribuídos em cinco domínios distintos que avaliam a satisfação feminina em aspectos sexuais. Um estudo de tradução e adaptação da escala foi realizado no Brasil, todavia não contemplou evidências baseadas na estrutura. O presente estudo teve como objetivo avaliar evidências de validade de construto, por intermédio de análise fatorial, além dos índices de precisão da SSS-W. Compôs a amostra 150 mulheres providas de universidades de três diferentes estados. As idades variaram entre 18 a 60 anos (M=26,25; DP=8,66), sobre relacionamento atual, 31,9% afirmaram conviver com alguém, 39,7% namoram e 28,4% estão sem relacionamento, no tocante a orientação sexual, 90,5% são heterossexuais, 7,8% homossexuais e 2,1% bissexuais. Os dados coletados foram submetidos à análise fatorial exploratória e precisão. A fatorabilidade foi confirmada pela matriz de correlação, índice de adequação da amostra e teste de esfericidade de Bartlett. A extração por componentes principais com rotação varimax sugeriu cinco fatores com autovalor>1,5, capazes de explicar 63,56% da variância. Também foram critérios para extração o teste visual e retenção de três itens com cargas iguais ou superiores a 0,4. A consistência interna por alfa Cronbach estimou a precisão da escala em 0,93, os fatores permaneceram entre 0,75 a 0,92. A estrutura fatorial encontrada corrobora as dimensões publicadas no estudo de construção e validação da escala. Tal estrutura apresenta adequados índices de precisão. Espera-se que a SSS-W seja um instrumento que auxilie profissionais clínicos na avaliação quanto à satisfação sexual feminina.
Título: Escala de Satisfação Sexual Feminina em amostra universitária: estrutura fatorial e consistência interna
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Marilandes Ribeiro Braga
Palavras-Chave: satisfação sexual; satisfação conjugal; instrumentos de medida; sexualidade feminina; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
The aim is to evaluate the correlation between sexual function and possible variance in women without sexual complaints by the use of many instruments. 90 women (average age of 28 years) without sexual complaints, by convenience sample provided by a university in the Estate of Mato Grosso, answered to Personal Information Form (PIF), Sexual Self-Efficacy for Female Functioning; Sexual Desire Inventory; Factorial Scale of Satisfaction in Couple Relationships; Sexual Satisfaction Scale for Women; Beck Depression Inventory; Beck Anxiety Inventory. Data were submitted to a descriptive analysis, correlations and comparisons. The scores of the sexual and satisfaction scale achieved moderate-high and depression and anxiety achieved low scores. Moderate positive association between self-efficacy in the sexual function with sexual desire became clear, specially for dyadic desire. The same association was established for sexual satisfaction in the compatibility factors, relational concern and personal concern. Negative association occurred with depression and anxiety, but without statistical difference. Satisfaction aspects in the relationship were associated with sexual satisfaction only. Women who reported sexual difficulties have lower desire scores. Other statistical differences were also evidenced, for instance the weekly-moderated consumption of alcoholic-drinks, with positive influence in the scores in sexual function. The results provided scenery of the sexual function from a segment of Brazilian women. The average scores fitted in the scores expected for individuals without sexual complaints which reinforce the literature. Many are the variables that influence sexual function which lead the authors to add information for new researches.
Título: Evaluation of sexual function in Brazilian women from the country side of Mato Grosso
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Marilandes Ribeiro Braga
Palavras-Chave: sexual function; self-efficacy; sexual desire; sexual satisfaction; depression; anxiety
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
We aim to associate personality factors with measures of sexual function in men with cross dressing practicing. 13 cross dressers men, average age of 48 years old, from an activist group from São Paulo were evaluated with the following instruments: Sexual Self-Efficacy Scale– Erectile Functioning(SSES-E); Sexual Desire Inventory(IDS2); Personality Factorial Inventory (PFI). Those instruments were applied collectively in an appropriate place fulfilling the ethical criteria required in the survey. The collected data were submitted to the descriptive analysis of the Pearson correlations and average. Descriptive analysis presented the scores: SSES-E=65.50; IDS2=50.00; IDS-Dyadic=39.00; IDS-Solitary=11.00. For IFP factors: Nurturance=45.00; Intraception=42.77; Succorance=35.00; Deference=42.31; Affiliation=47.77; Dominance=36.54; Abasement=32.54; Achievement=50.31; Exhibition=35.38; Aggression=30.54; Order=43.38; Endurance=43.00; Change=43.69; Autonomy=46.62; Heterosexuality=44.31; Social Desirability=49.92. The correlation between the scores demonstrated strong significant positive association between IDS-2, IDS-Dyadic e SSES-E; strong positive between IDS-2 and IFP-Nurturance and IFP-Endurance; IDS-Dyadic with IFP-Nurturance, IFP-Endurance and IFP-Intraception; moderate positive between SSES-E with IFP-Intraception, IFP-Endurance, IFP-Change and IFP-Heterosexuality; and moderate negative between SSES-E with IFP-Abasement; IDS-Solitary with IFP-Aggression and IFPChange. The majority of the individuals showed sexual function similar or equal to the average of the individuals without complaints of sexual dysfunction. Personality factors as adaptive/desirable maintain positive influence in the sexual function and it was observed that this also occurred to the non-adaptive/desirable factors. Due to the investigative feature of this study, new researches should be conducted to widely understand personality features associated to this self labeled sexual practice.
Título: Sexual functioning and personality characteristics of crossdressing men exploratory Brazilian study
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; André Bertoldi
Palavras-Chave: personality; sexual function; crossdressers; sexual desire; self-efficacy
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O perfil dos indivíduos que buscam tratamento para queixas sexuais pode facilitar a compreensão de condução do tratamento a seguir. Uma amostra de pacientes homens (97) e mulheres (52) com queixas sexuais foi estudada através da compilação de informações a partir de um Inventário de Sexualidade (Rodrigues Jr., 2007). Em consultório particular encontramos indivíduos com idades 18 e 87 anos, geralmente casados ou com parceria sexual fixam embora muitos expressem não desejar a participação da parceria sexual no tratamento. A escolaridade universitária é a principal (71%). Entre as mulheres, os principais problemas que as fizeram buscar tratamento foram: - inibição do desejo sexual – 33,3% - vaginismo – 33,3% - anorgasmia - 14,8% - inadequação sexual do casal – 7,4% Entre os homens a falta de controle ejaculatório (56%) e disfunção erétil (44%) são as queixas principais, embora se agreguem queixas secundárias. Embora exista uma percepção de que as queixas sexuais sejam únicas, a exemplo de um homem apresentar-se apenas com disfunção erétil, geralmente são acumuladas com queixas secundárias ou disfunções não reconhecidas que também precisarão ser tratadas. Homens com disfunção erétil geralmente tem histórico de falta de controle ejaculatório anterior a desenvolverem o problema de ereção, e com este desenvolverem algum grau de inibição do desejo sexual. O fator parceria sexual usual também precisa ser considerado com as possíveis dificuldades sexuais que sejam complementares para que a psicoterapia tenha efeito positivo e prolongado. Referências Rodrigues Jr., OM (2007): Inventários de Sexualidade. São Paulo: Editora e Expressão e Arte.
Título: Os perfis das queixas sexuais em consultório
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: psicoterapia sexual; disfunções sexuais; sexualidade feminina; sexualidade masculina
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Segundo dados de um estudo que buscou evidências de validade na estrutura interna da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina (EASF), quatro dimensões foram identificadas e denominadas de desejo-excitação, capacidade de penetração, prazer solitário e assertividade sexual. Os itens agrupados nessas dimensões fazem correspondência à literatura, pois são comportamentos sexuais executáveis a todas as mulheres e corroboram o modelo trifásico da resposta sexual humana. Ao lado disso, a união desses itens agruparam características comuns como a obtenção de prazer, a disponibilidade quanto a práticas sexuais e a adequação necessária para uma penetração vaginal. Além dessa evidência, considera-se importante para um instrumento de medida que ele também apresente informações na relação com construtos distintos para acrescer outras evidências quanto a sua validade. Justamente por tal consideração que este estudo buscou evidências de validade baseada na relação com outras variáveis para a EASF com instrumentos que avaliem depressão, ansiedade, desejo sexual, satisfação sexual e satisfação marital. A amostra foi composta por conveniência, ao todo participaram 183 mulheres de duas universidades e uma clínica de psicologia. Segundo o questionário inicial, as participantes foram dividas em dois grupos, mulheres sem queixas sexuais e mulheres com queixas sexuais. A quantidade de participantes para esses grupos corresponderam a 54% e 46%, respectivamente. Os grupos não diferiram estatisticamente com relação à idade, cuja média foi de 29 anos. Sobre estado civil, 60% eram casadas, 40% solteiras e a escolaridade em 88% dos casos foi a partir de ensino superior incompleto. Além da EASF, os instrumentos utilizados foram os Inventários Beck de Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI), Inventário de Desejo Sexual (IDS-2), Escala de Satisfação Sexual Feminina (SSS-W) e Escala Fatorial de Satisfação com o Relacionamento de Casal (EFS-RC). A aplicação foi realizada coletivamente nas universidades e individualmente na clínica, ambas ocorreram em locais apropriados com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. Para as análises, os escores dos instrumentos e suas dimensões foram computados e submetidos à correlação Pearson, ao nível de significância de 0,05. As correlações foram controladas segundo a divisão dos grupos, medida criada para minimizar os efeitos da variável queixa nas correlações. Os resultados apresentaram associação negativa moderada entre a dimensão assertividade sexual da EASF com BDI e BAI; positiva moderada entre as dimensões desejo-excitação e assertividade sexual, além da própria EASF com SSS-W. Para as dimensões da EASF com as dimensões da SSS-W, correlações positivas moderadas foram encontradas entre prazer solitário com contentamento; capacidade de penetração e assertividade sexual com preocupação pessoal. Estimou-se forte associação positiva entre desejo-excitação da EASF com a dimensão desejo sexual diádico do IDS-2. Não foram encontradas associações da EASF com EFS-RC. De maneira geral para dados da literatura, afirma-se que essas associações forneceram evidências de validade para EASF e suas dimensões. Conclui-se que os construtos avaliados mantiveram as associações esperadas. De maneira específica, indicaram relevantes achados sobre a influência dessas variáveis na autoeficácia sexual feminina. Novos estudos deverão agregar os resultados aqui apresentados.
Título: Evidências de validade baseadas na relação com outras variáveis da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; sexualidade feminina; disfunções sexuais; instrumentos de medida; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Escala de Autoeficácia Sexual Feminina (EASF) foi construída segundo o modelo trifásico da resposta sexual humana (desejo, excitação e orgasmo) e as disfunções que ocorrem nessa função. Também foi elaborada, segundo a Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil que utiliza o conceito de autoeficácia de Bandura para avaliar as crenças sobre o desempenho sexual em uma variedade de situações sexuais. A EASF contém 28 afirmativas sobre o comportamento sexual (exemplo, “Obter prazer no contato sexual com o parceiro sem que haja penetração”), nas quais a pessoa deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz ou não de realizar tal comportamento e quantificar na coluna 2 o grau de certeza de 10 a 100 (10 para “quase sem certeza” e 100 para “certeza absoluta”). Orientada para uso clínico, especificamente para avaliação das disfunções sexuais femininas, pode ser utilizada também para avaliação da evolução do tratamento e avaliação por pares (pela parceria). Dada à condição de ausência de estudos de evidências de validade na literatura com a EASF, a presente pesquisa buscou evidências de validade baseada na estrutura interna da escala. A amostra de conveniência foi composta por 237 mulheres de três locais diferentes, duas universidades e uma clínica de psicologia. As participantes das universidades corresponderam 54%. Para as restantes, todas estavam em processo de psicoterapia e terapia sexual e possuíam queixas de disfunções sexuais. As idades variaram entre 18 a 61 anos (M=29,64; DP=9,11), sobre estado civil, 46% eram casadas, 53% solteiras e 1% divorciadas. No tocante a escolaridade, 91% delas possuíam a partir de ensino superior incompleto. A aplicação foi realizada coletivamente nas universidades e individualmente na clínica, ambas ocorreram em locais apropriados com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. Os dados coletados foram submetidos à análise fatorial exploratória e precisão. A fatorabilidade foi confirmada pela matriz de correlação, índice de adequação da amostra e teste de esfericidade de Bartlett. A extração por componentes principais com rotação varimax sugeriu seis fatores, entretanto, observou-se itens sem carga ou com carga em dois ou mais fatores. Diante do achado, optou-se em excluí-los e uma nova análise foi empregada. Para essa segunda, quatro fatores foram extraídos capazes de explicar 67,24% da variância, os critérios para extração foram autovalor>1,0, teste visual e a retenção de três itens com cargas iguais ou superiores a 0,4. A consistência interna por alfa Cronbach estimou a precisão da escala em 0,88, os fatores permaneceram entre 0,62 a 0,89. Para os resultados, a escala ficou composta de 19 itens e quatro fatores, a saber, Desejo-Excitação (sete itens); Capacidade de Penetração (cinco itens); Prazer Solitário (quatro itens) e Assertividade Sexual (três itens). As dimensões encontradas fornecem evidências de validade baseada na estrutura interna para o instrumento, segundo as descrições na literatura do modelo trifásico da resposta sexual. Espera-se que o novo formato da escala não somente cumpra os critérios psicométricos exigidos para um instrumento de medida, mas também possa auxiliar profissionais ligados à área da sexualidade na avaliação de pacientes, principalmente com queixas de disfunções sexuais.
Título: Evidências de validade baseadas na estrutura interna da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; sexualidade feminina; disfunções sexuais; instrumentos de medida; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
This study evaluated the psychometric properties of the Female Sexual Function Index through a sample of college students. Design and method: 112 women who did not have any sexual complaint were evaluated by convenience sample provided by a university from São Paulo city. The average age was 25 years old (SD=8.10; Min=18; Max=60). The invitation for the application of this instrument was done collectively in an appropriate place fulfilling the ethical criteria required in the survey. The collected data were submitted to the descriptive analysis, factorial structure by main component with varimax rotation and accurate coefficient alpha Cronbach. Results: The descriptive analysis presented the average score scaled in 21.10 (DP=8.96; Min=1.80; Max=32.00), for the domain they correspond to: Desire=3.90; Excitement=3.70; Lubrication=2.63; Orgasm=2.83; Satisfaction=4.10 and Pain=4.31. By separating the women in groups with and without sexual activity, it was noticed a raise of the average statistically significant by Anova, except for the domain Desire (F [1,109]=3.394; p=0,068). The factorial analysis extracted five factors with eigenvalue>1 (factor1=5.67; factor2=2.98; factor 3=2.28; factor 4=2.22; factor 5=1.96), which explains 79.54% of total variance. For the evaluation of the internal consistency by coefficient alpha Cronbach: total scale=0.93, for the found factors: factor 1=0.97; factor 2=0.95; factor 3=0.84; factor 4=0.81; factor 5=0.87. Conclusions: The results are auspicious to the use of the scale. The descriptive analysis corresponded to the values from people without sexual complaint. The instrument demonstrated five domains, instead of six in comparison to the proposal presented in the original validation of the scale, conceptually described: factor 1=sexual function; factor 2=pain; fator 3=satisfaction; fator 4=lubrication; fator 5=desire. All of them have appropriate index of internal consistency. Further investigation should add to the results presented here.
Título: Assessing the psychometric quality of Female Sexual Function Index: factor structure and reliability
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Rodolfo Carvalho Pacagnella
Palavras-Chave: sexual function; validity; reliability; psychometric
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O estudo teve como objetivo buscar evidência de validade da Escala de Satisfação Sexual Feminina (SSS-W), baseada na relação com a satisfação no relacionamento. Participaram da pesquisa 150 mulheres estudantes de graduação e pós-graduação, por amostra de conveniência provida de três universidades dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Piauí. As idades variaram entre 18 a 60 anos (M=26,25; DP=8,66), sobre relacionamento atual, 31,9% afirmaram conviver com alguém, 39,7% namoram e 28,4% estão sem relacionamento, no tocante a orientação sexual, 90,5% são heterossexuais, 7,8% homossexuais e 2,1% bissexuais. Aproximadamente 84% delas não relataram dificuldades sexuais. O instrumento utilizado além da SSS-W foi Escala Fatorial de Satisfação em Relacionamento (EFSRC). Os dados coletados foram submetidos à análise descritiva, correlações e comparações. A análise descritiva apresentou a média do escore na SSS-W em 107,41 (DP=21,56; Min=52; Max=150) e a EFSRC em 3,90 (DP=0,56; Min=2,20; Max=5,00). Foram encontradas correlações positivas e moderadas entre satisfação sexual com satisfação no relacionamento e seus respectivos fatores. Não foram encontradas influências na média do instrumento para as variáveis localidade e orientação sexual. Para a condição do relacionamento atual, mulheres que estão sem relacionamento pontuam abaixo daquelas que possuem. Outra diferença estatística foi encontrada em mulheres que não relataram dificuldades sexuais, com aumento significativo nos escores. Os resultados evidenciaram a associação entre satisfação no relacionamento com satisfação sexual, semelhante a outros resultados de pesquisa. As influências das variáveis da amostra indicaram relevantes achados sobre a influência nessa satisfação. Novos estudos deverão agregar os resultados aqui apresentados.
Título: Evidência de validade de uma escala de satisfação sexual feminina baseada na satisfação com relacionamento
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Moara Carvalho; Marilandes Ribeiro Braga
Palavras-Chave: satisfação sexual; satisfação conjugal; instrumentos de medida; sexualidade feminina; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O objetivo desta pesquisa foi avaliar evidências de validade de construto do Inventário de Desejo Sexual (IDS-2), por intermédio de análise fatorial. O inventário possui 14 itens que avaliam a expressão do desejo sexual em condições diádicas e solitária. A amostra foi composta por 244 sujeitos (40,1% homens e 59,9% mulheres), estudantes de graduação e pós-graduação providos de duas universidades nos estados de Mato Grosso e Piauí. A média de idade foi 26 anos (DP=8,91; Min=18; Max=64), dos quais 66,6% eram solteiros, 30,5% casados, 3,4% separados. Os dados coletados foram submetidos à análise fatorial exploratória e precisão. A possibilidade da análise fatorial foi confirmada pela matriz de correlação, índice de adequação da amostra e teste de esfericidade de Bartlett. A extração por componentes principais com rotação varimax sugeriu três fatores com autovalor>1,5, capazes de explicar 62,52% da variância. Também foram critérios para extração o teste visual e a retenção de três itens com cargas iguais ou superiores a 0,4. Um terceiro fator foi sugestionado pelas análises, entretanto sem cumprir os critérios estabelecidos. A consistência interna por alfa Cronbach estimou a precisão do inventário em 0,90, os fatores permaneceram entre 0,88 e 0,93. Os resultados corroboram a multidimensionalidade do construto ao apresentar duas dimensões em sua estrutura, denominadas de fator1=desejo sexual diádico ou relacional, fator2=desejo sexual solitário ou individual. Tais dimensões são mencionadas em estudos brasileiros anteriores realizados com pacientes com queixas sexuais. Considera-se que outros estudos serão realizados para avaliar as influências da amostra no funcionamento do desejo sexual.
Título: Análise fatorial do Inventário do Desejo Sexual (IDS-2) em uma amostra universitária
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho
Palavras-Chave: desejo sexual; desejo diádico; desejo solitário; instrumentos de medida; inventário desejo sexual; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
This study evaluated the psychometric proprieties of the translated and adapted version in Spanish of the Sexual Self-Efficacy Scale-Erectile Functioning. Design and method: took part in this study 30 men who had no sexual complaints, per sample of convenience in social club in the city of Buenos Aires, with an average age of 42 years (DP=16.57; Min=18; Max=82), which 67% were in a stable relationship. The level of education was divided into Primary Education (26.7%), Secondary (33.7%), Tertiary (16.7%) and University (23.3%). The invitation to the participation and application of the instrument occurred individually in appropriate place with compliance of the ethical criteria required in a research. The descriptive analysis showed the average score on the scale of 69.54 (SD=15.12; Min=27.20; Max=93.20). By verifying the average per item, 64% were over the general average. Most of the behavior was reported as feasible in superiority, representing over 86% in the sample. It was obtained a moderate negative correlation between age and score(r= -0.47; p=0.01).Most of the items are positively correlated between moderate and strong with the total score, except for the items 11, 18 and 19. Finally, the internal consistency of the scale, by Cronbach alpha demonstrated the coefficient 0.89. The results were favorable to the use of the scale in the Spanish version. The appropriate rate of internal consistency provided credibility as its accuracy. It was found evidences construct validity by the relations established with total score. The average of the scores has framed in medium-high scores, expected for people with no sexual complaints. Other important finding is the decrease of the scores on the same proportions than age, like to other psychometric investigations.
Título: Psychometric proprieties of the Sexual Self-Efficacy Scale-Erectile Spanish version
Autores: Ítor Finotelli Jr.; María del Carmen Rodolico; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: sexual function; erectile functioning; self-efficacy; validity; reliability; psychometric
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil é um instrumento que avalia a função sexual em diversas situações sexuais. Composta por 25 itens utiliza o conceito de autoeficácia para mensurar as crenças masculinas sobre sua capacidade na realização de comportamentos sexuais, em nível de medida de 10 a 100 pontos. O objetivo deste estudo foi avaliar evidências de validade de construto da escala, por intermédio de análise fatorial. A amostra por conveniência foi composta por 175 pacientes com queixas sexuais masculinas, cuja média de idade foi 35 anos (DP=9,24; Min=18; Max=62); destes, 42% eram solteiros, 46% casados, 12% separados; a escolaridade predominante em 83% era superior completo. Os dados coletados foram submetidos à análise fatorial exploratória e precisão. A fatorabilidade foi confirmada pela matriz de correlação, índice de adequação da amostra e teste de esfericidade de Bartlett. A extração por componentes principais com rotação varimax sugeriu dois fatores com autovalor>1,5, capazes de explicar 43,01% da variância. Também foram critérios para extração o teste visual e retenção de três itens com cargas iguais ou superiores a 0,4. A consistência interna por alfa de Cronbach estimou precisão em 0,91, os fatores permaneceram entre 0,92 e 0,77. Os resultados apresentaram duas dimensões capazes de explicar o construto, denominadas de Obtenção da Ereção e Manutenção da Ereção. Tais dimensões são mencionadas em estudos internacionais sobre a função sexual, em que diferenças foram encontradas entre os mecanismos de obtenção para mecanismos de manutenção da ereção. Novos estudos serão empregados para avaliar essa evidência em populações não-clínicas.
Título: Análise fatorial da Escala de Autoeficácia Sexual Função Erétil em pacientes com queixas sexuais
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunção erétil; ejaculação precoce; análise fatorial; instrumentos de medida; evidências de validade
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
To present the Brazilian experience in clinical use and in researches of the sexual measures and instruments. By indexing the articles to national and international database: Science Citation Index, MEDLINE, PsycInfo, LILACS, SciELO, CLASE, and by evaluating congresses papers from associations that gather professionals working with sexual issues, the publications contents were reviewed and grouped in categories of interest. The searches originated from keywords and the revision period was the last twenty years. Even with the dissemination of how important is the use of scales, questionnaires and measurement instruments, the Brazilian panorama in the use of such is shy. The number of available instruments is small, even smaller is the designing of national instruments. Translation and adaptation of existing instruments to other languages are usual. There is no trend regarding population, since the evaluation of sexual aspects is connected to other investigated conditions. For statistical treatment, the Classical Test Theory is most used as methodology; however, the number of coefficient information and used techniques is limited. An increase in the use in researches stands out, as well as in clinical use. The unavailability of instruments and lack of information on how to use them, especially regarding their psychometric properties, reveal an unsafe condition for their application. For the professionals who choose to use them, the number of instruments is small and the lack of information makes the comparisons impossible and cause problems in the quality and in the reliability of the results
Título: Looking for improvements: the Brazilian perspective on using sexual measurement instruments
Autores: Ítor Finotelli Jr
Palavras-Chave: measurement instruments; sexual measurement; psychological assessment; metascience; validity; reliability; psychometric
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A tecnologia para o tratamento da AIDS possibilitou torná-la doença crônica, afetando a todos sem distinção de raça, classe social ou orientação sexual. Atualmente se melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem com o HIV. A satisfação sexual enquanto componente da qualidade vida para pessoas que vivem com HIV/AIDS ainda é um tema pouco explorado; num primeiro momento, quando do diagnóstico, é alta a percentagem de sujeitos que apresentam alguma dificuldade sexual; à medida que o sujeito se reorganiza, dificuldades sexuais tenderiam a desaparecer. Questiona-se a medicação antiretroviral sobre causar disfunção sexual, e os significados atribuídos. Objetivamos avaliar as propriedades psicométricas do Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) em pacientes de um Centro de Referência em DST/AIDS de São Paulo portadores de HIV/AIDS. O IDS-2 avalia o desejo sexual diádico e solitário. Estudamos 17 homens heterossexuais, de idades entre 27 e 60 anos, solteiros (65%) ou casados (35%). Tinham diagnóstico HIV positivo há mais de 05 anos (46%). Os resultados apresentaram o coeficiente de 0,83 para a consistência interna da escala total por alfa de Cronbach. Todos os itens relativos ao desejo diádico correlacionaram forte positivamente com escore total, entretanto não houve correlações significativas entre itens de desejo solitário com escore total. A associação entre os escores diádico e solitário permaneceu baixa (0,20). A média do escore total foi 55,00, para desejo diádico 45,50 e desejo solitário 9,50. Os resultados obtidos são favoráveis ao uso do inventário em pacientes portadores de HIV/AIDS. O bom índice de consistência interna forneceu credibilidade quanto sua precisão. Encontramos evidências de validade quanto ao construto “desejo diádico” pela associação com escore total, mas não para desejo o solitário. Essa constatação deve ser avaliada em outras amostras de pacientes portadores de HIV/AIDS. A média dos escores dos sujeitos ficou em baixa, mostrando baixa expressão do desejo sexual em pacientes portadores de HIV/AIDS.
Título: O uso do Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) em portadores de HIV/AIDS
Autores: Mônica Gonçalves de Melo Teixeira; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: inventário desejo sexual; desejo solitário; desejo diádico; desejo sexual; pacientes portadores de HIV/AIDS
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A melhoria de vida de HIV positivos deve incluir a sexualidade. Mensurar a função sexual pode facilitar o tratamento pela melhoria de qualidade de vida pela sexualidade. Objetivamos avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E) em pacientes de um Centro de Referência em DST/AIDS de São Paulo Portadores de HIV/AIDS. SSES-E é um instrumento que avalia a função sexual masculina utilizando o conceito de autoeficácia. Estudamos 17 homens heterossexuais, de idades entre 27 e 60 anos, solteiros (65%), HIV positivo há mais de 05 anos (46%). Os resultados apresentaram o coeficiente de 0,96 para a consistência interna da escala total por alfa de Cronbach. Todos os itens correlacionaram forte e positivamente com o escore total, com exceção do item 9: “gozar sob estimulação oral ou manual pela parceira”. A média do escore total das respostas dos sujeitos foi 63,21 (DP=26,00; Min=18,00; Max=97,00). Observou-se variação das médias por tempo de diagnóstico HIV positivo, mas sem apresentar diferença estatística significante. Os resultados obtidos são favoráveis ao uso da escala em pacientes portadores de HIV/AIDS. O excelente índice de consistência interna forneceu credibilidade quanto sua precisão. Foi possível constatar evidências de validade quanto ao construto pelas relações estabelecidas com escore total. A média dos escores dos sujeitos revelou-se intermediária ficando semelhante à média encontrada na literatura de sujeitos sexualmente disfuncionais. Por fim, ressalta-se a necessidade de estudos posteriores que investiguem a relação dos escores dos sujeitos com outras variáveis, uma vez que os dados encontrados neste estudo revelam muita variabilidade entre os escores.
Título: O uso da Escala de Autoeficácia Sexual Função Erétil (SSES-E) em portadores de HIV/AIDS
Autores: Mônica Gonçalves de Melo Teixeira; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; pacientes portadores de HIV/AIDS; avaliação psicológica; comportamento sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Considerar aspectos psicológicos que influenciam na manutenção da queixa sexual é essencial num processo diagnóstico para tratar pacientes com disfunções sexuais. É ferramenta nesse processo o uso de escalas e instrumentos psicológicos. Para avaliação da função sexual, qualifica-se a Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E) como um instrumento clínico que apresenta boas condições de uso em pacientes com queixas sexuais, assim como, apropriadas características psicométricas. Destacam-se também, para avaliação de sintomas de depressão e ansiedade, os Inventários Beck de Depressão e Ansiedade (BDI e BAI). Entender a influência desses sintomas na função sexual é mais do que validar o uso de instrumentos conjuntos, é também compreender como esses aspectos psicológicos podem influenciar na mesma. O objetivo foi estimar o grau de associação entre os três instrumentos em homens que apresentavam queixas de disfunções sexuais: 108 com disfunção erétil (DE) e 67 com ejaculação rápida (ER); provenientes de clínica psicológica especializada no tratamento das mesmas. Os instrumentos foram aplicados no primeiro atendimento, cada paciente respondeu no mínimo dois instrumentos, sendo que, aqueles com DE responderam BDI e SSES-E (n=108); BAI e SSES-E (n=51); BAI e BDI (n=49); e os com ER BDI e SSES-E (n=67); BAI e SSES-E (n=26); BAI e BDI (n=26). Os dados obtidos por meio das correlações entre os escores demonstraram significante associação negativa moderada entre BDI e SSES-E; positiva forte entre BDI e BAI sem distinção entre as queixas; e negativa moderada entre BAI e SSES-E em pacientes com DE. Segundo a literatura científica, os sintomas de depressão e ansiedade estão associados a pacientes com queixas sexuais, neste estudo conclui-se que essas associações existem e interferem negativamente na função sexual; com exceção de sintomas de ansiedade em pacientes com ER. Essa associação é insuficiente para determinar a queixa e deve ser considerada no diagnóstico. Novos estudos são necessários para corroborar as associações encontradas e também outras associações.
Título: Função sexual; depressão e ansiedade: estudo correlacional em pacientes com queixas de disfunção erétil e ejaculação rápida
Autores: Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: disfunções sexuais; depressão; ansiedade; instrumentos de medida
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Historicamente os problemas de ereção peniana tem sido uma preocupação para homens que os tem e tratamentos psicológicos foram os mais divulgados pelas décadas de 1950 a 1980, quando os tratamentos médicos iniciaram divulgação e se completaram com o advento de medicamentos facilitadores de ereção ao final da década de 1990. Ainda são muitos homens que reconhecem que suas dificuldades precisam de tratamento psicológico, especialmente quando as propostas orgânicas e médicas não puderam cumprir as expectativas. O questionário Inventário de Sexualidade Masculina – forma DEIV (Rodrigues Jr., 2007), foi aplicado a seguir da entrevista psicológica semi-estruturada, na hora seguinte, em privacidade e em sala diferente da usada para a entrevista. Foram 45 pacientes, com idade média de 35,71 anos (DP=10,37 Idade mínima = 20 anos; Idade máxima = 62 anos). São casados 46,7%, e os restantes solteiros ou separados. Eram homens com grau universitário (84,1%). Homens com queixa de disfunção erétil que buscam tratamento psicoterápico especializado em sexualidade consideram-se terem sido sempre curiosos com relação a sexo (65,9%) ou desenvolveram esta curiosidade após aparecimento do problema sexual (20,5%). As primeiras informações sobre sexualidade foram recebidas aos 11 anos (entre 4 e 16 anos) de idade, com amigos de mesma idade (45,4%) ou com a concepção de ter aprendido sozinho (15,5%). Sobre jogos sexuais infantis não praticaram (53,3%) ou os que praticaram consideravam normal (32,3%) os jogos de troca-troca, masturbação mutua ou em grupo na infância. Interessante é que 8,9% referem ter participado destes jogos e que consideram estas vivências parte da causa de seus problemas sexuais. O ato sexual somente foi visto em filmes (56,9%) ou pela TV (31,8%), sendo que apenas (6,8%) viram os pais em atividades sexuais. A masturbação iniciou-se aos 12 anos (entre 7 e 16 anos), com frequência diária (32,6%) ou de 1 a 2 vezes por semana (20,9%). Atualmente a masturbação ocorre de 2 a 3 vezes ao mês (63,7%) sem sentimentos de culpa (63,7%), embora 20,5% considere ser bom mas que não devia fazê-lo, ou sentem –se culpados (11,4%). Estes homens consideram que sempre foi fácil arranjar namoradas (47,8%), embora 11,4% tenham se casado com a primeira namorada. A primeira relação sexual foi aos 17 anos (entre 8 e 27 anos), com uma amiga (32,5%), namorada (25,6%) ou prostituta (23,2%). A primeira relação sexual foi homossexual para 11,6% desta amostra. Sentiram que foi bom (50,1%) sendo que para 20%, além de ter sido bom trouxe um sentimento de realização, e para 16% foi confuso. A razão para o encontro sexual é o prazer (55,5%) ou o desejo (53,3%) ou a atração física (39,9%). A preocupação com a possibilidade de engravidar a parceira sexual ocorre sempre em 25,6% destes homens, ou às vezes em 18,6%. Não contraíram doenças sexualmente transmissíveis (73,3%) ou tiveram gonorreia (15,5%). A nudez solitária é vivida com prazer (38,7%) ou com indiferença (34,1%). Junto de outra pessoa de mesmo sexo é desconfortável (43,2%) ou indiferente (34,2%); se for uma mulher é indiferente (27,2%) ou desconfortável (22,8%), sendo excitante para 41%.A homossexualidade feminina traz curiosidade para 34,2%, e 15,9% teme tornar-se homossexual. O desejo sexual com para com a parceria sexual é ausente em 26,2%, ou variável (21,4%). Para outras mulheres é intenso (34,9%) ou variável (34,9%). As mamas são a parte do corpo mais atraente na parceria sexual (40,1%) secundado pelas nádegas (35,7%), embora 37,8% afirme ser ela por inteiro. A barriga é parte rejeitada da parceria sexual (36,4%). Não se sentem satisfeitos com a parceria sexual em 47,6% os casos. Não acham que a parceira sexual tenha problemas (47,7%), embora 40,4% considere que ela tenha algum tipo de problema sexual. A parceria sexual mostra-se ressentida com o problema erétil (15,9%) ou é cooperativa (23,3%) ou irá ajudar a resolver o problema sexual em 22,6%. Estes homens não consideram que sua parceira sexual seja a causa do problema que vivem (54,5%). A última relação sexual satisfatória havia sido há uma semana (20,5%) ou há seis meses (20,5%). Um fator cognitivo importante é to medo de não conseguir, de fracassar (67,5%). Ficam nervoso dependendo da parceira (20,9%) ou sempre (16,3%). Uma pequena porcentagem (7%) confunde excitação sexual com nervosismo, considerando este um sinal da primeira. Os problemas psicológicos de algum tipo (57,5%) ou a preocupação de não conseguir desempenhar o sexo (62%) são considerados como causa da dificuldade sexual, além do cansaço ( 8,9) e o trabalho (11,1%); além disso, 15,5% não apresentam compreensões de fatores intervenientes na vida sexual. A dificuldade com a ereção é na obtenção (41,%) ou na manutenção (41%). A ejaculação é considerada normal quanto ao tempo para a parceira obter orgasmos (32,4%), e muito rápida para 31,1%, sendo que 23% consideram que ejaculam sempre antes da parceira poder ter orgasmos. Ejaculação ante-porta ocorre em 7,1% e em 9,5% ela acontece sem mesmo ter ereção peniana presente. O médico urologista é o profissional de saúde que já foi procurado para tentar resolver o problema sexual (62,8%) ou um psicólogo/psiquiatra (28%). Estes homens percebem-se muito preocupados com a vida (73,3%) ou nervosos (16,6%) ou tem períodos de tristeza (23,3%). O uso de bebidas (235%) ou cigarros (20,3%) são as substâncias mais usadas por estes homens. No caso do álcool, mais 32,2% afirmam fazer uso social da bebida. Estudos em outros tipos de população podem ser úteis para o planejamento de psicoterapia nestas populações. Estas informações obtidas podem facilitar a organização e planejamento do processo psicoterápico para homens com queixas eréteis. A compreensão das características populacionais e do histórico sexual de pacientes promove o direcionamento dos estudos auxiliares para o tratamento destes pacientes.
Título: Problemas de ereção: quem é o homem que aceita o tratamento psicológico?
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário sexual; disfunção erétil; disfunções sexuais; sexualidade masculina; etiologia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Objetivamos compreender características mais comuns em mulheres com queixas sexuais que buscam e aceitam tratamento psicológico. O questionário Inventário de Sexualidade Feminina – forma A1 (Rodrigues Jr., 2007), foi aplicado a seguir da entrevista psicológica semi-estruturada a 27 pacientes, com idade média de 34 anos, casadas (81,5%), com grau universitário (61,5%). Os principais problemas que as fizeram buscar tratamento: inibição do desejo sexual ( 33,3%), vaginismo (33,3%), anorgasmia (14,8%), inadequação sexual do casal (7,4%). A masturbação iniciou-se nestas mulheres numa idade de 14 anos (entre 6 e 26 anos) com freqüência de 1 a 3 vezes por mês. Destas mulheres, 7,7% nunca haviam se masturbado. À época da consulta, 33% masturbava-se raramente, e apenas 3,8% masturbava-se diariamente. A masturbação existia com culpa em 19%. A primeira relação sexual ocorreu aos 19 anos (entre 14 e 32 anos), com um namorado (55,6%) ou com o marido antes de se casarem (18,5%). A motivação para o sexo é o amor para 53,8% destas mulheres, e o desejo é motivação para 23,1%. Mantendo coerência com as queixas sexuais, 52,1% reconhecem que o desejo sexual diminuiu, 18,5% afirmam que sempre tiveram pouco desejo sexual ou nunca tiveram desejo sexual (11,3%). O desejo para com o parceiro sexual atual é ausente em 30%, ou diminuiu para 23,1%. O desejo sexual para com outros homens é ausente em 48,1% ou variável (33,3%). A insatisfação sexual com os parceiros acontece com 84% destas mulheres. O nervosismo é reconhecido sempre associado aos relacionamentos sexuais (46,2%), podendo depender do parceiro (14,4%). A dificuldade de obter orgasmos com penetração acontece com 83% das mulheres. Para tratar o problema sexual 45,8% procurou um ginecologista sem sucesso, e 33,4% psiquiatras ou psicólogos. Preocupar-se demais com a vida é apontada por 65% destas mulheres, além de “problemas nervosos” (23,5%) e períodos de tristeza (29,5%). Conhecer estas características permite planejar melhor a psicoterapia sexual para estas mulheres.
Título: Mulheres que procuram tratamento por problemas sexuais
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário sexual; disfunções sexuais; sexualidade feminina; etiologia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A maior discussão sobre a ejaculação precoce pela mídia tem conduzido mais pacientes a ingressarem ao consultório querendo modificar este comportamento sexual. Responderam o Inventário de Sexualidade Masculina – Forma EPII 52 pacientes, com a idade média de 32 anos, casados (55,8%), e com escolaridade superior (71,2%). À época da consulta a masturbação ocorria desde raramente até 3 a 5 vezes por semana, sem sentimentos de culpa em 72%, enquanto que o restante considera que não deveria fazê-lo, sentimentos de culpa ou é um de pecado. Estes homens consideram que o pênis é pequeno (29,7%), 45,6% tinham dificuldades em se envolver afetivamente. São homens que percebem perder a ereção após a ejaculação e reconhecem que algum problema emocional interfere com o ato sexual (47%) ou a preocupação com o ato sexual, às vezes acho que não vou conseguir (35%), mas o cansaço (26%) e o excesso de trabalho (26%) também são percebidos como interferências na atividade sexual. A satisfação sexual com a parceira não ocorre em 53%. Ansiedade e nervosismo ocorre para 25%. Para 40% o medo de não conseguir, de fracassar se encontra presente. Apenas 8% não se sente nervoso e outros 8% confundem o nervosismo com a excitação sexual. Estas informações podem apontar para dificuldades de expressividade emocionais e falta de habilidades sociais de importância que precisam ser consideradas para o tratamento da dificuldade sexual, seja em homens sem parceria sexual ou para homens com parceria estável (precisarão mudar suas formas de expressão para construir um novo formato de relacionamento interpessoal que os auxilie e ter controle sobre a ejaculação). Um fator importante é a auto-percepção de ansiedade associada à queixa sexual. Nesta mesma amostra o Inventário Beck de Ansiedade não apresentou índices acima dos padrões de normalidade para a população brasileira. A ansiedade percebida pode associar-se a pensamentos antecipatórios ou de que a função da atividade sexual seja a ejaculação. Esta compreensão permite definir tratamentos que conduzam à modificação da queixa.
Título: Como é o ejaculador precoce que procura tratamento?
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário sexual; ejaculação precoce; disfunções sexuais; sexualidade masculina; etiologia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Escala de Autoeficácia Sexual Feminina foi elaborada com base nos itens do questionário Escala de Autoeficácia Sexual – Função Erétil (SSES-E) e contém 28 afirmativas sobre o comportamento sexual. A escala utiliza medidas de autorrelato para sua mensuração e foi elaborada para uso clínico, especificamente para avaliação das disfunções sexuais femininas, podendo ser usada para compreensão cognitiva do funcionamento sexual feminino, evolução do tratamento e avaliação por pares (pela parceria) corroborando as respostas dadas pelo sujeito sobre sua autoeficácia sexual. Este estudo teve por objetivo traduzir, adaptar e avaliar o funcionamento da escala na versão espanhol. Participaram do estudo 20 mulheres que não apresentavam queixas sexuais, por amostra de conveniência de um clube social na cidade de Buenos Aires, com média de idade de 50 anos (DP=14,55; Min= 30 Max=70), das quais 65% eram casadas, 20% divorciadas, 10% solteiras e 5% viúvas. O grau de instrução dividiu-se igualmente entre as participantes em primeiro, segundo e nível superior completo. Para tradução e adaptação do instrumento, o método empregado foi tradução, retrotradução, análise de equivalência semântica e juízes independentes para confirmação do instrumento final. A análise descritiva apresentou a média do escore das mulheres em 57,75 (DP=19,09) sendo escore mínimo de 23,21 e máximo de 96,00. Ao verificar essa média por item verifica-se que a 60% deles encontram-se acima da média geral. A maior parte dos comportamentos foi assinalada como exequíveis em superioridade, correspondendo acima de 80% na amostra. Foi encontrada correlação negativa forte entre idade e autoeficácia sexual (r=-0,75 p=0,01). Por fim, a consistência interna, calculada por alfa de Cronbach demonstrou para escala total o coeficiente em 0,92. A partir das análises dos resultados observou-se que a média encontrada das respostas dos sujeitos, enquadra-se em pontuações médio-altas, esperadas para sujeitos não disfuncionais. Outro importante dado também esperado é a diminuição das pontuações nas mesmas proporções que a idade. A análise estatística apresentou excelente índice a respeito da sua consistência interna. Considera-se que o instrumento cumpriu com os requisitos deste estudo piloto (tradução, adaptação e aplicação); possibilitando a continuidade em populações diferentes e amostras mais significativas.
Título: Tradução, adaptação e evidências de validade da escala de autoeficácia sexual feminina para o espanhol
Autores: María del Carmen Rodolico; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: disfunções sexuais; avaliação psicológica; instrumentos de medida; autoeficácia sexual; sexualidade feminina
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O Inventário de Depressão de Beck (BDI) é descrito na atualidade como um dos principais instrumentos clínicos para identificação de sintomas depressivos. Desde sua última revisão em 1996, os estudos de validação crescem progressivamente quando novas populações são estudadas. Encontram-se na literatura estudos de casos de pacientes com queixas sexuais, entretanto não existe estudo de validação que dimensione para uso nesses pacientes. Este estudo teve por objetivo validar fatorialmente o BDI em amostra de pacientes com queixas sexuais. Procedeu-se à avaliação por meio do método de Análise Fatorial com Informação Completa, método que trabalha com vetores de resposta ao item, invés de correlações; ideal para dados categóricos. Compuseram a amostra 255 pacientes (80% homens e 20% mulheres) submetidos a processo de psicoterapia em clínica especializada no tratamento de queixas sexuais. Os dados coletados foram tabulados e analisados pelos programas SSPS15 e TESTFACT4. Os resultados demonstraram bom índice de consistência interna pela técnica Kuder-Richardson; não foram encontradas diferenças significativas por teste t de Student, nos escores de graus de depressão quanto ao sexo. Dada essas condições, a análise fatorial empregada com rotação promax apresentou uma estrutura bidimensional bem ajustada com cargas fatoriais muito significantes que explicaram 42% da variância total. Ao considerar esses índices pelas dimensões obtemos 31% e 11% para primeira e segunda, respectivamente. Ressalta-se que o item 8 (Auto-Acusações) ajustou-se com carga fatorial considerável nos dois fatores. As duas estruturas correlacionaram-se positivamente moderada. Conforme indicado pela literatura, modelos uni e tridimensional também foram testados, todavia não cumpriram adequadamente o critério de cargas fatoriais. A matriz tetracórica indicou possibilidade de uma estrutura unidimensional com a exclusão de alguns itens. A estrutura encontrada é semelhante a outras, propostas por estudos de validação fatorial. Sugerem-se outros estudos que complementem e ampliem a discussão da estrutura do instrumento, tão restritas a literatura internacional.
Título: Inventário de Depressão de Beck (BDI): validação fatorial em pacientes com queixas sexuais
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário beck de depressão; depressão; análise fatorial; disfunções sexuais
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Problemas sexuais são demanda crescente em clínicas de atendimento psicológico. Desde o final da década de 80 um conjunto de técnicas no processo de avaliação psicológica em português tem sido utilizada, dentre destaca-se para esse conjunto um instrumento de medida multidisciplinar, denominado Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E). O objetivo do estudo foi avaliar o uso da SSES-E em pacientes atendidos em clínica particular no município de Campinas. A SSES-E é um instrumento composto por 25 itens que avalia a função sexual masculina. Estudamos 20 homens atendidos em clínica particular localizada no município de Campinas que tiveram suas queixas sexuais tratadas no período de 2007 a 2008. Todos responderam a SSES-E no atendimento inicial e ao final ao tratamento. Tinha idade média de 29 anos e solteiros (66%). Todos com ensino superior completo de profissões variadas, em sua maioria gerentes de empresas, profissionais autônomos e profissionais da saúde. Tinham ejaculação rápida (55%) e disfunção erétil (45%). Os escores médios da SSES-S encontrados no atendimento inicial foram 64,40 (DP=12,19) e 42,77 (DP=8,23), respectivamente. Ao final do tratamento as médias corresponderam para ejaculação rápida 92,88 (DP=6,12) e disfunção erétil 87,45 (DP=10,36). As diferenças das médias foram significantes e comprovadas por análise por Teste t, (t (20) = 6,925; p<0,001) e (t (16) = 10,130; p<0,001). Em ambas as aplicações os itens da escala correlacionaram positivamente entre moderado e forte com o escore total. A precisão estimada por alfa de Cronbach ficou em 0,94 para aplicação no atendimento inicial e 0,93 ao final do tratamento. Os resultados obtidos qualificam como adequada o uso da escala na avaliação de sujeitos com disfunções sexuais. Ela apresenta capacidade de discriminação de sujeitos disfuncionais de não-disfuncionais, sensibilidade ao tratamento psicoterapêutico, apropriados índice de consistência interna quanto sua precisão, além de constatar evidências de validade quanto ao construto pelas relações estabelecidas com escore total. Ressalta-se que a maior preocupação deste estudo não foi eleger um único ou exclusivo instrumento para uso, mas contribuir com o processo de desenvolvimento e a busca permanente de evidências de validade de instrumentos clínicos.
Título: Avaliação da Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil (SSES-E): resultados de clínica particular no município de Campinas
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; ejaculação precoce; disfunção erétil; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Este estudo apresenta dados preliminares da pesquisa com a Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil (SSES-E). Considera-se um consenso cientifico que a resposta sexual humana é composta de três fases fundamentais: desejo, excitação e orgasmo. Cada fase é responsável pelo desencadeamento de respostas fisiológicas e psicológicas e quando há comprometimento em uma delas, denominamos essa dificuldade de disfunção sexual. A SSES-E é um instrumento que avalia a resposta sexual em diversas situações sexuais. Composta por 25 itens utiliza o conceito de autoeficácia para mensurar as crenças no indivíduo acerca de sua capacidade em realizar tal comportamento e o grau de certeza (escala de 10 a 100). Participaram do estudo 178 homens (18–62 anos) com queixas de disfunções sexuais (111=disfunção erétil e 67=ejaculação rápida) provenientes de clínica psicológica especializada no tratamento das mesmas, localizada no município de São Paulo. Os resultados iniciais indicaram alta consistência interna da escala total. A análise fatorial exploratória por componentes principais com rotação varimax apresentou possibilidades de estruturas em dois, três e seis fatores. Sendo a estrutura de dois fatores mais ajustada com cargas fatoriais muito significantes (42% da variância total). O primeiro fator agrupou itens relativos à percepção, funcionamento e manutenção da ereção em práticas sexuais diversas, explicou 34% da variância. O segundo agrupou itens relativos às condições, motivações e atitudes frente ao funcionamento sexual, explicou 8% da variância. Os dois fatores correlacionaram-se moderados positivamente. Os resultados obtidos demonstram que a estrutura de dois fatores abre discussões para relevância de aspectos psicológicos da resposta sexual masculina, uma vez que o agrupamento dos itens apresentou significante distinção fatorial de aspectos físicos e psicológicos, além de sustentarem uma associação. Por meio da Teoria de Resposta ao Item, as próximas análises pretendem detalhar a estrutura encontrada, bem como sustentar outras evidências.
Título: Estrutura fatorial da resposta sexual pela Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Ricardo Primi
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; função sexual; comportamento sexual; disfunções sexuais
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
El uso de cuestionarios, de escalas psicológicas y de instrumentos se ha aplicado al contexto clínico con la intención de asistir al profesional en diversos momentos del proceso psicoterapéutico. Estos instrumentos consisten en una forma de examen para contestar a cuestiones específicas del funcionamiento psicológico durante un período de tiempo y para predecir los funcionamientos futuros. El uso indistinto no es recomendable y tampoco sin significado dentro de un proceso de tratamiento conducido por una línea de pensamiento científico. Es inconcebible que los resultados y la tomada de decisiones par el tratamiento solamente ocurra bajo en esta instrumentación. La literatura especializada, así como los estudios empíricos, debe servir como ayuda para elegir la opción de un instrumento. Se considera que los instrumentos están estandarizados y, por lo tanto, se deben confiar en los datos que producen. Sin embargo, no solo los criterios técnicos deben ser considerados, pero también, sensibilidad, tiempo, lengua, economía, sencillez y rapidez, más allá de producir sobretodo, información que influencie en el mantenimiento de la queja del paciente. Esta presentación tiene como reto discutir la elección de los mejores instrumentos y para presentar una propuesta de actuación de intervención y utilización en el proceso psicoterapéutico para profesionales que actúan clínicamente con quejas sexuales.
Título: Instrumento diagnóstico en clínica de disfunciones sexuales: ¿Cuál elegir?
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: disfunciones sexuales; evaluación psicológica; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Pesquisas sobre diagnóstico e tratamento das disfunções sexuais têm rapidamente avançado nos últimos anos. Deve-se a elas o progresso na padronização de medidas para avaliar a função sexual. Considera-se que instrumentos como questionários, escalas e inventários são medidas padronizadas de obtenção de informações e, portanto, deve-se confiar nos dados que produzem. O presente artigo destaca três instrumentos breves, de fácil administração, que trazem níveis de medida diferenciados, mas que avaliam, por seus diferentes domínios, a função sexual em homens. Todos utilizam a tríade da resposta sexual humana (desejo, excitação e orgasmo) como fundamentação teórica e apresentam dados psicométricos satisfatórios. A maior preocupação das descrições apresentadas não foi a de eleger um instrumento para uso, mas apresentar um cenário e incentivar a utilização dos instrumentos disponíveis.
Título: Instrumentos de medida para avaliação da função sexual masculina no Brasil
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: função sexual; medidas padronizadas; medidas sexuais; avaliação sexual; instrumentos de medida; disfunções sexuais
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
El diagnostico de una disfunción sexual, por ejemplo una dificultad eréctil es un problema que va muy más allá del descubrimiento de la ausencia de la erección para un acto sexual. El paciente cuando llega a la consulta ya posee el conocimiento factual de su dificultad, pero solo determinar la queja no es el suficiente establecer un proceso del tratamiento. Es necesario que se evalúe a este paciente por lo que llamamos la evaluación psicológica de las disfunciones sexuales, un proceso sistematizado y específico de los factores psicológicos y conductuales sexuales. Esta presentación tiene como objetivo clarificar a tales procesos psicólogos y de la auxiliares en la conducción del diagnostico de los disfunciones sexuales. El proceso de la evaluación psicológica de las disfunciones sexuales implica la entrevista estructurada y el uso de instrumentos de evaluación psicológica: escalas, pruebas y cuestionarios; para asistir a la comprensión del diagnóstico de la queja traída para el paciente. Cada psicólogo posee características individuales al recibir y establecer el enlace psicoterapéutico en la entrevista inicial. Cabe en este espacio presentar un modelo psicológico específico para el diagnostico clínico de las disfunciones sexuales (disfunción eréctil, anorgasmia, eyaculación precoz, vaginismo, aneyaculación, disminución del deseo sexual).
Título: Evaluación psicosexológica sistemática en tratamiento de problemas sexuales
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: disfunciones sexuales; evaluación psicológica; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Não se pode ignorar que enfermidades psiquiátricas produzem graves dificuldades no relacionamento afetivo pessoal. Logo, possuir ferramentas que possam avaliar que deficiências esses indivíduos necessitam de suporte e acompanhamento é possibilitar ajuda nessa relação e restituir a expressão de sua sexualidade, assim com também, a formação de uma família, criação de vínculos sexuais e afetivos seguros e estáveis. O presente estudo avaliou as propriedades psicométricas do Inventário de Desejo Sexual – IDS2 em pacientes psiquiátricos de um hospital público do município de São Paulo. Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) avalia o desejo sexual diádico e solitário. Participaram do estudo 20 homens de idades entre 18 e 57 anos, 80% solteiros. Todos possuíam diagnóstico psiquiátrico pelo DSM-IV. Os resultados apresentaram o coeficiente de 0,83 para a consistência interna da escala total por alfa de Cronbach. Todos os itens correlacionaram positivamente entre moderado e forte com os escores: total, diádico e solitário. A associação entre os escores diádico e solitário permaneceu em moderada positiva (0,36). A média do escore total das respostas dos sujeitos foi 55,85. Os escores do desejo diádico ficaram em 45,05 e desejo solitário em 10,80. O bom índice de consistência interna forneceu credibilidade quanto sua precisão, esse resultado é observado também nas estruturas diádica e solitário. Observou-se a validade quanto ao construto, corroborando com a multidimensionalidade. A média dos escores dos sujeitos revelou-se média e alta para pacientes cujo estado predominante é maníaco e muito baixo para pacientes cujo estado é depressivo. Os resultados obtidos são favoráveis ao uso da escala em pacientes psiquiátricos. A proposta do IDS-2 não é quantificar desejo sexual como diagnóstico, mas qualificar, uma vez que a expressão do desejo é variável e sujeita a condições afetivas e emocionais. A variação observada nas médias entre os diagnósticos revela evidências de validade discriminante na medida em que indivíduos em condições depressivas são descritos pela literatura como indivíduos sem expressão e/ou motivação sexual.
Título: O uso do Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) em pacientes psiquiátricos
Autores: Sílvia Camejo; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr
Palavras-Chave: inventário desejo sexual; desejo solitário; desejo diádico; desejo sexual; pacientes psiquiátricos
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A desinstitucionalização psiquiátrica possibilitou a reintegração na comunidade, gerando melhorias na qualidade de vida, que ainda não contempla as questões sexuais. Objetivamos avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E) em pacientes psiquiátricos de um hospital público do município de São Paulo. A SSES-E é um instrumento que avalia a função sexual, composta por 25 itens utiliza o conceito de autoeficácia. Participaram do estudo 20 homens (com idades entre 18 e 57 anos, 80% solteiros), com diagnóstico psiquiátrico (DSM-IV): 35% Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos, 30% esquizofrenia (F 20.0), 15% Psicose SOE (F29.0), 5% Episódio maníaco (F30), 5% Mania com sintomas psicóticos (F30.2), 5% Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos (F32.2) e 5% Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3). O coeficiente foi de 0,88 (alfa de Cronbach ) para a consistência interna da escala total. Sobre a correlação entre os itens com escore total, nove não foram significativos. A média do escore total das respostas dos sujeitos foi 65,55 (DP=19,79; Min=20,40; Max=86,00). Observou-se variação das médias por diagnóstico psiquiátrico. Para averiguar se essa diferença era significante, a comparação foi feita através da análise de variância (ANOVA). Os resultados indicaram que se agrupados por diagnósticos, os pacientes apresentam diferenças estatisticamente significativas entre eles no escore total (F [6,13]=10,793; p<0,001). Os resultados obtidos são favoráveis ao uso da escala em pacientes psiquiátricos. O bom índice de consistência interna forneceu credibilidade quanto sua precisão. Apesar da não relação de 9 itens, foi possível constatar evidências de validade quanto ao construto pelas outras relações estabelecidas com escore total. A média dos escores dos sujeitos revelou-se intermediária ficando bem próxima a média encontrada na literatura de sujeitos sexualmente disfuncionais e revelou diferença na autoeficácia sexual entre os diagnósticos. Isso sustenta para o instrumento uma possível evidência de validade discriminante, na medida em que determinados diagnósticos e o uso de medicamentos para recuperação dos mesmos podem desfavorecer a função sexual. Novos estudos devem ser realizados para agregar os resultados aqui apresentados.
Título: O uso da Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil (SSES-E) em pacientes psiquiátricos
Autores: Sílvia Camejo; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; pacientes psiquiátricos; avaliação psicológica; comportamento sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Atualmente existe uma crescente consideração de possibilidades de variação entre os gêneros estabelecidos pela sociologia enquanto categoria de classificação de expressões sociais e psicológicas. A definição de Crossdresser (CD) implica vestir-se com as roupas designadas para o gênero oposto, sem assumir publicamente essa identidade. O comportamento característico de um CD é chamado de crossdressing que consiste no uso sistemático ou eventual, classificado como meramente uma ação sem causar efeito social ou afetivo a partir desse fenômeno em si. Em simples palavras, é homem, que por alguma razão, gosta, deseja, ama, adora e tem verdadeira loucura na prática da arte de se vestir como mulher, sem necessariamente ser homossexual, podendo até ser casado, levando uma vida normal masculina e tendo, geralmente, uma vida clandestina como mulher. O objetivo dessa pesquisa é investigar por meio do Inventário Fatorial de Personalidade (IFP) as características de personalidade presentes numa amostra de autodenominados praticantes de crossdressing. Será utilizado também um questionário e uma entrevista semi-estruturada que possibilitará a autodescrição da prática. Uma associação de Crossdresser disponibilizará acesso, convidando a participar da pesquisa via lista de e-mails da própria instituição. Caso desejem contribuir com estudo deverão comparecer nas reuniões pré-estabelecidas para coleta dos dados. Um termo de Consentimento Livre Esclarecido será empregado para esclarecer e proteger os sujeitos quanto sua participação. Ao concordarem com participação, o IFP, um questionário e uma entrevista semi-estruturada serão realizadas individualmente com cada sujeito pelos pesquisadores. Depois de realizadas as entrevista, a avaliação do IFP será feita de modo padronizado e associadas aos outros dados coletados. As análises serão discutidas pelos pesquisadores de maneira a estabelecer fatores predominantes de personalidade para o grupo de Crossdresser
Título: Cross-dresser compreensões
Autores: André Bertoldi; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: crossdresser; personalidade; inventário fatorial de personalidade; práticas sexuais; comportamento sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A desinstitucionalização psiquiátrica possibilitou a reintegração na comunidade, gerando melhorias na qualidade de vida, que ainda não contempla as questões sexuais. Objetivamos avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E) em pacientes psiquiátricos de um hospital público do município de São Paulo. A SSES-E é um instrumento que avalia a função sexual, composta por 25 itens utiliza o conceito de autoeficácia. Participaram do estudo 20 homens (com idades entre 18 e 57 anos, 80% solteiros), com diagnóstico psiquiátrico (DSM-IV): 35% Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos, 30% esquizofrenia (F 20.0), 15% Psicose SOE (F29.0), 5% Episódio maníaco (F30), 5% Mania com sintomas psicóticos (F30.2), 5% Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos (F32.2) e 5% Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3). O coeficiente foi de 0,88 (alfa de Cronbach ) para a consistência interna da escala total. Sobre a correlação entre os itens com escore total, nove não foram significativos. A média do escore total das respostas dos sujeitos foi 65,55 (DP=19,79; Min=20,40; Max=86,00). Observou-se variação das médias por diagnóstico psiquiátrico. Para averiguar se essa diferença era significante, a comparação foi feita através da análise de variância (ANOVA). Os resultados indicaram que se agrupados por diagnósticos, os pacientes apresentam diferenças estatisticamente significativas entre eles no escore total (F [6,13]=10,793; p<0,001). Os resultados obtidos são favoráveis ao uso da escala em pacientes psiquiátricos. O bom índice de consistência interna forneceu credibilidade quanto sua precisão. Apesar da não relação de 9 itens, foi possível constatar evidências de validade quanto ao construto pelas outras relações estabelecidas com escore total. A média dos escores dos sujeitos revelou-se intermediária ficando bem próxima a média encontrada na literatura de sujeitos sexualmente disfuncionais e revelou diferença na autoeficácia sexual entre os diagnósticos. Isso sustenta para o instrumento uma possível evidência de validade discriminante, na medida em que determinados diagnósticos e o uso de medicamentos para recuperação dos mesmos podem desfavorecer a função sexual. Novos estudos devem ser realizados para agregar os resultados aqui apresentados.
Título: Avaliação de ansiedade em amostra de pacientes com queixas sexuais por meio do Inventário Beck de Ansiedade (BAI)
Autores: Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Elaine Cristina Catão; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: inventário beck de ansiedade; ansiedade; disfunções sexuais; disfunção erétil; ejaculação precoce
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Escala de Auto-Eficácia Sexual Feminina foi elaborada com base nos itens do questionário Escala de Auto-Eficácia Sexual – Função Erétil e contém 28 afirmativas sobre o comportamento sexual, distribuídas em oito grupos específicos que incluem as fases do funcionamento sexual e dificuldades associadas a elas; nas quais o sujeito deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz de realizar tal comportamento e na coluna 2 quantificar o grau de certeza (10 ‘sem certeza’ e 100 ‘certeza absoluta’). A escala utiliza medidas de auto-relato para mensuração, elaborada para uso clínico na avaliação das disfunções sexuais femininas; sendo utilizada para compreensão cognitiva do funcionamento sexual, evolução do tratamento e avaliação por pares (parceria). O estudo tem por objetivo avaliar a auto-eficácia sexual numa amostra de 34 mulheres com queixas sexuais, atendidas em clínica de psicologia e sexualidade, com média de idade de 34 anos (DP = 8,38; mín. = 20 anos; máx. = 51 anos); das quais 23,5% eram solteiras, 76,5% casadas; e 70% possuíam nível superior completo. Quanto às queixas sexuais: 41,2% apresentavam inibição de desejo sexual; 26,5% anorgasmia; 23,5% vaginismo; e 8,8% inadequação sexual do casal. A análise estatística dos resultados demonstrou escore médio dos sujeitos em 49,54 (DP = 19,09), sendo escore mínimo de 12,50 e máximo de 82,14. Com relação à análise da consistência interna (α Cronbach) os resultados demonstram para escala total de 0,90 e os grupos que compõem: ansiedade sexual 0,57; comportamento sexual compulsivo 0,47; assertividade associada a sexo 0,75; inibição do desejo sexual 0,78; vaginismo 0,92; dispareunia 0,72; anorgasmia absoluta e coital 0,85; disfunção de excitação 0,84. A partir das análises dos resultados observou-se que a média encontrada das respostas dos sujeitos, enquadra-se em pontuações baixas, esperadas para sujeitos disfuncionais, uma vez que a auto-eficácia desses comportamentos sexuais está entre baixa confiança e/ou fragilizado. A análise estatística ainda evidenciou que a escala demonstrou apropriados índices de consistência interna, principalmente na avaliação dos grupos: vaginismo, anorgasmia absoluta e coital e disfunção de excitação; e menos significativos do ponto de vista estatístico: comportamento sexual compulsivo e a ansiedade sexual. Sugere-se que sejam feitos outros estudos em populações diferentes e amostras mais significativas das disfunções sexuais que o instrumento corrobora.
Título: Escala de Autoeficácia Sexual Feminina estudo preliminar de evidências de validade em população clínica com queixas sexuais
Autores: Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; comportamento sexual; inibição do desejo sexual; anorgasmia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Na literatura das disfunções sexuais a depressão é um componente psicológico causal dessas dificuldades. O Inventário Beck de Depressão (BDI) é uma escala de auto-relato que descreve a intensidade dos sintomas da depressão, distribuídos em 21 grupos de afirmativas que variam de zero a três pontos (0=mín de depressão; 3=máx de depressão ). O escore total é obtido pela soma das pontuações dos itens e varia entre 0 e 63, sendo descrito pelos pontos de corte: mínimo 0–11; leve 12–19; moderado 20–35 e grave 36–63. O presente estudo tem por objetivo avaliar o grau de depressão em pacientes com queixas sexuais. Os dados apresentados correspondem à aplicação realizada a uma amostra de 176 sujeitos, atendidos em clínica de psicologia e sexualidade (140 homens e 36 mulheres), com média de idade de 35 anos (DP=9,41; mín=18 anos; máx=62 anos), dos quais 37,5% solteiros, 52,8% casados, 9,1% separados e 0,6% viúvos; com escolaridade nível superior completo em 73,6% da amostra. Todos os sujeitos apresentavam queixas sexuais: 50,6% disfunção erétil, 29,9% ejaculação rápida, 8,5% inibição de desejo sexual, 5,1% vaginismo, 5,1% anorgasmia e 1,7% inadequação sexual do casal. Os resultados demonstram que a média dos escores dos sujeitos foi 13,16 (DP=11,16), sendo para homens 13,09 (DP=8,13) e mulheres 13,44 (DP=9,61). Ao considerar as médias por queixas sexuais foram encontrados: disfunção erétil 13,52 (DP=8,28); ejaculação rápida 12,35 (DP=7,89); inibição de desejo sexual 13,33 (DP=7,44); vaginismo 13,44 (DP=9,46), anorgasmia 8,89 (DP=9,10) e inadequação sexual do casal 27,67 (DP=11,93). A maioria dos homens da amostra encontra-se em “mínimo” para o grau de depressão (x2(3)=77,66; p<0,001). A amostra feminina também demonstrou tendência semelhante (x2(3)=21,11; p<0,001). Em relação à análise de consistência interna (α Cronbach), os resultados demonstram para escala total 0,84, sendo para homens 0,86 e mulheres 0,84 os índices de precisão. Os dados apresentados demonstram um panorama da média dos escores da população clínica com queixas sexuais similares as médias encontradas em populações médico-clínica e não clínica. Ainda revelam apropriados índices de consistência interna ao apresentar boa precisão na avaliação do grau de depressão dessa população. Destaca-se que futuros estudos são necessários para distinguir os principais sintomas segundo o instrumento, característicos de homens e mulheres com queixas sexuais, bem como suas queixas em questão.
Título: Avaliação de depressão em amostra de pacientes com queixas sexuais por meio do Inventário Beck de Depressão (BDI)
Queixas sexuais Inventário Beck de Depressão BDI
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário beck de depressão; depressão; disfunções sexuais; disfunção erétil; ejaculação precoce
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O presente estudo apresenta os dados preliminares da pesquisa de validação do Inventário de Desejo Sexual – IDS-2 em população clínica com queixas sexuais. O inventário foi elaborado tendo como base os modelos teóricos sobre desejo sexual e a experiência clínica em atendimento de pacientes com queixa sexual. É composto por 14 itens que avaliam o desejo sexual diádico e solitário e o escore total é obtido pela soma dos itens indicando o grau de desejo dessas duas categorias. A amostra foi composta por 119 sujeitos (88 homens e 31 mulheres) com média de idade de 35 anos (DP = 9,42; Idade mínima = 20 anos; Idade máxima = 62 anos), dos quais 40,3% eram solteiros, 54,6% casados, 5% separados. Cerca de 72,8% da amostra possuía nível superior completo. Todos os sujeitos eram pacientes de uma clínica especializada em Terapia Sexual e apresentavam algum tipo de queixa sexual: 45,4% disfunção erétil, 28,6% ejaculação rápida, 10,9% inibição de desejo sexual, 6,7% anorgasmia, 6,7% vaginismo e 1,7% inadequação sexual do casal. A análise fatorial exploratória foi empregada para verificação da estrutura interna do instrumento, a solução inicial indica boa fatorabilidade dos dados (KMO=0,76; Teste de esfericidade de Bartllet = 684,25; p<0,001) o que garantiu segurança para o prosseguimento da análise de sua estrutura por rotação oblimin. Foram extraídos dois fatores principais independentes com eigenvalue > 1 (fator 1= 4,29; fator 2= 2,82), capazes de explicar 54,67 da variância total. Para avaliação da consistência interna (α Cronbach), o instrumento apresentou apropriado índice sendo 0,83 para escala total; 0,84 = fator 1; e 0,90 = fator 2. As análises estatísticas empregadas demonstraram boa consistência e precisão em sua estrutura ao avaliar desejo sexual. Os índices aqui apresentados são semelhantes ou iguais ao estudo original de sua validação e corroboram a multidimensionalidade do construto ao apresentar duas dimensões em sua estrutura sendo denominadas: fator 1 – desejo sexual diádico ou relacional; e fator 2 – desejo sexual solitário ou individual; que também são descritos na literatura científica. Outros estudos serão realizados para aprofundar características do funcionamento do desejo sexual da amostra.
Título: Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) em amostra de pacientes com queixas sexuais: estrutura fatorial e consistência interna
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Elaine Cristina Catão; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: inventário desejo sexual; desejo sexual; disfunções sexuais; desejo diádico; desejo solitário
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A Escala de Satisfação Sexual para Mulheres (SSS-W), desenvolvida por Meston e Trapnell (2005), compreende um inventário composto por 30 itens distribuídos em cinco domínios distintos, dois relacionais e três pessoais, a saber: comunicação (discussão de questões sexuais e emocionais), compatibilidade (conformidade entre os parceiros relacionada às crenças sexuais, preferências, desejos e atração), contentamento (satisfação no que diz respeito aos aspectos sexuais e emocionais do relacionamento), interesse na relação e interesse pessoal. A presente pesquisa pretende apresentar os dados de um estudo piloto realizado junto a uma amostra clínica de mulheres que não apresentava queixa sexual. Tal amostra foi composta por 20 mulheres que passam por processo de psicoterapia em clínica particular, com média de idade de 33 anos (DP = 7,42; Idade mín.= 24 anos; máx. = 48 anos), das quais 80% possuí nível superior completo. No tocante à escolha de parceria sexual cerca de 95% afirmaram preferir homens e 5% mulheres, as quais 40% convivem com alguém, 20% namoram e 40% estão sem relacionamento atual. Para a análise estatística dos dados foi utilizada a descrição do escore total dos sujeitos e coeficiente α Cronbach para análise da consistência interna. Os resultados encontrados demonstram que a média dos escores dos sujeitos foi de 99,55 (DP=20,33; α Cronbach=0,91), sendo escore mínimo de 63 e máximo de 123. Ao considerarmos os escores por domínios foram encontrados: contentamento 17,15 (DP=6,23; α Cronbach=0,91); comunicação 20,55 (DP=5,00; α Cronbach=0,79); compatibilidade 18,50 (DP=4,83; α Cronbach=0,85); preocupação relacional 19,95 (DP=5,56; α Cronbach=0,87); preocupação pessoal 23,40 (DP=5,57; α Cronbach=0,91). Portanto, podemos considerar que os índices de α Cronbach encontrados tanto para a escala total, quanto para os domínios, revelam a adequada consistência interna do instrumento em questão, apontando para a validade de sua utilização com ferramenta de avaliação da satisfação sexual de pacientes clínicas. Entendemos que a utilização do SSS-W na avaliação psicológica da paciente atendida em psicoterapia pode auxiliar o psicólogo na abordagem das questões relacionadas à vivência da sexualidade, muitas vezes negligenciadas durante o processo terapêutico. Cabe salientar ainda o caráter exploratório do presente estudo e a necessidade da realização da pesquisa de validação do instrumento abordando uma amostra de maior abrangência.
Título: Escala de Satisfação Sexual para Mulheres: estudo piloto com amostra clínica
Autores: Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: satisfação sexual; mulheres; psicoterapia; relacionamento sexual; sexualidade feminina
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A literatura define autoeficácia como a crença do indivíduo na sua capacidade de desempenho em atividades específicas, ou seja, a capacidade generalizada de organizar habilidades cognitivas, sociais e comportamentais, e orientá-las para um determinado propósito. O presente estudo pretende apresentar os dados preliminares da pesquisa de validação de um instrumento que objetiva avaliar a autoeficácia sexual: o Inventário de Autoeficácia Masculino – Forma E. Trata-se de um instrumento contendo 25 afirmativas sobre o comportamento sexual (Ex.: Pensar na relação sexual sem ficar ansioso ou com medo) distribuídas em quatro fatores específicos (desejo, excitação, orgasmo e desempenho), nas quais o sujeito deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz ou não de realizar tal comportamento e especificar na coluna 2 qual o seu grau de certeza numa escala de 10 a 100, sendo 10 para “quase sem certeza” e 100 para “certeza absoluta”. Os dados aqui apresentados correspondem à aplicação realizada junto a uma amostra de 169 homens com média de idade de 35 anos (DP = 9,23; Idade mínima = 18 anos; Idade máxima = 62 anos), dos quais 40,2% eram solteiros, 47,9% casados, 11,2% separados e 0,6% viúvos. Todos os sujeitos apresentavam algum tipo de queixa sexual: 52,1% com disfunção erétil, 29,6% com ejaculação rápida e 18,3% não souberam especificar a queixa. A análise estatística dos dados foi realizada por meio da aplicação do teste α de Cronbach (nível de significância de 0,001) para o estudo da precisão e consistência interna do referido instrumento. Considerando-se os quatro fatores que compõem o instrumento a precisão foi de 0,71 para a escala de desejo, 0,83 para a escala de excitação, 0,71 para a escala de orgasmo e 0,77 para a escala de desempenho. Considerando-se os tipos de queixa a precisão foi de 0,93 para disfunção erétil, 0,76 para ejaculação rápida e 0,94 para queixa não especificada. Tendo como base a resolução nº002/2003 do Conselho Federal de Psicologia, que regulamenta o uso dos testes psicológicos no Brasil, que determina a precisão mínima de 0,60 para um teste ser aprovado para utilização, podemos afirmar que os primeiros estudos sobre o Inventário de Autoeficácia Masculina – Forma E demonstram ser este um instrumento que apresenta um adequado nível de precisão, podendo, portanto, ser utilizado como importante ferramenta auxiliar na avaliação psicológica do paciente com queixa sexual. Salientamos contudo, que novos estudos estão sendo realizados como o objetivo de avaliar a validade de construto, a validade discriminante, a validade fatorial e de critério. Pretendemos ainda, realizar aplicações e análises em outras populações distintas. Nossa preocupação maior concentra-se em apresentar um instrumento adequado para auxiliar o terapeuta sexual não apenas na avaliação psicológica inicial do paciente, como também possa ser utilizado como medida de modificação de comportamento ao longo do processo terapêutico.
Título: Escala de Autoeficácia Sexual - Forma E - estudo de validação para uso clínico no Brasil
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; avaliação psicológica; instrumentos de medida; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A Aliança Terapêutica (AT) é uma das variáveis envolvidas em processos terapêuticos associadas à qualidade dos resultados. É um fator fundamental para análise das psicoterapias, uma vez que não é exclusiva de determinada escola teórica. Ademais é pré-condição para o sucesso do processo psicoterápico. Já os mecanismos de defesa, de acordo com a teoria psicanalítica, funcionam em um nível inconsciente, tendo como função ajudar o indivíduo a manter o equilíbrio interno com níveis toleráveis de ansiedade. Foi estabelecido como objetivo: avaliar as mudanças na AT e no nível de maturidade defensiva de um paciente em psicoterapia breve psicodinâmica (PB), procurando associá-las aos resultados obtidos. O processo foi conduzido por um membro do grupo de pesquisa com experiência clínica de mais de trinta anos, transcrito a partir de gravações de vídeo. Participante: sexo feminino, 50 anos, dona de casa, amasiada, ensino fundamental incompleto; atendida na Clínica de Psicologia da PUC-Campinas, encaminhada pelo serviço de psiquiatria com a queixa de luto recente. Para análise da AT utilizou-se as Escalas para Avaliação da Aliança Terapêutica – EsAAT, compostas de Escala de Colaboração (EC) e Escala de Variáveis Mediadoras (EVM) aplicadas às sessões pares do processo, obteve-se escores entre quatro e cinco para todas as variáveis, indicando que desde o inicio houve uma boa aliança terapêutica. Para a Escala de Avaliação dos Mecanismos de Defesa - DMRSs (Defense Mechanism Rating Scales) a paciente passou do nível de evitação, em que as defesas utilizadas impediam-na de entrar em contato com o seu sofrimento, para o nível narcísico, considerado mais maduro. A análise da Escala de Resultados - ER apontou escore total 9 (muito melhor). Os instrumentos utilizados auxiliaram na compreensão do caso clínico, ao avaliar as mudanças do paciente sensivelmente em cada sessão. Os escores permitiram quantificar os constructos que os testes se propunham avaliar Ao continuar o processo de mudança iniciado com a psicoterapia, é plausível supor evolução para níveis defensivos ainda mais adaptativos, o que deverá ser verificado em uma entrevista de follow-up.
Título: Avaliação da aliança terapêutica e maturidade dos mecanismos de defesa em psicoterapia breve psicodinâmica
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Elisa Medici Pizão Yoshida
Palavras-Chave: aliança terapêutica; mecanismos de defesa; estudo de caso único; instrumentos de medida
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Em 2006, segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual, 700 milhões de reais foram movimentados no Brasil em produtos sexuais. Em 2007, a DUREX divulgou em sua pesquisa que boa parte de seus participantes fazem uso desses produtos em suas atividades sexuais. Pesquisas recentes sobre os compostos químicos ftalatos, substâncias utilizadas para fabricação desses produtos, apontam possíveis riscos à saúde de seus usuários. Brinquedos sexuais fazem parte dessa gama de produtos e são materiais que tem contato direto com as partes íntimas do corpo. Entretanto, pouco se esclarece sobre seus tipos, materiais e uso. O objetivo da exposição é orientar profissionais da área da sexualidade frente a essa prática sexual, que não é atributo da vida moderna; crescente e carente de informações sobre seus benefícios e riscos.
Título: Brinquedos Sexuais: prática, orientação e riscos
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva
Palavras-Chave: práticas sexuais; brinquedos sexuais; ftalatos; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
A Aliança Terapêutica (AT) é uma das variáveis envolvidas em processos terapêuticos associadas à qualidade dos resultados. É um fator fundamental para análise das psicoterapias, uma vez que não é exclusiva de determinada escola teórica. Ademais é pré-condição para o sucesso do processo psicoterápico. Já os mecanismos de defesa, de acordo com a teoria psicanalítica, funcionam em um nível inconsciente, tendo como função ajudar o indivíduo a manter o equilíbrio interno com níveis toleráveis de ansiedade. Foi estabelecido como objetivo: avaliar as mudanças na AT e no nível de maturidade defensiva de um paciente em psicoterapia breve psicodinâmica (PB), procurando associá-las aos resultados obtidos. O processo foi conduzido por um membro do grupo de pesquisa com experiência clínica de mais de trinta anos, transcrito a partir de gravações de vídeo. Participante: sexo feminino, 50 anos, dona de casa, amasiada, ensino fundamental incompleto; atendida na Clínica de Psicologia da PUC-Campinas, encaminhada pelo serviço de psiquiatria com a queixa de luto recente. Para análise da AT utilizou-se as Escalas para Avaliação da Aliança Terapêutica – EsAAT, compostas de Escala de Colaboração (EC) e Escala de Variáveis Mediadoras (EVM) aplicadas às sessões pares do processo, obteve-se escores entre quatro e cinco para todas as variáveis, indicando que desde o inicio houve uma boa aliança terapêutica. Para a Escala de Avaliação dos Mecanismos de Defesa - DMRSs (Defense Mechanism Rating Scales) a paciente passou do nível de evitação, em que as defesas utilizadas impediam-na de entrar em contato com o seu sofrimento, para o nível narcísico, considerado mais maduro. A análise da Escala de Resultados - ER apontou escore total 9 (muito melhor). Os instrumentos utilizados auxiliaram na compreensão do caso clínico, ao avaliar as mudanças do paciente sensivelmente em cada sessão. Os escores permitiram quantificar os constructos que os testes se propunham avaliar Ao continuar o processo de mudança iniciado com a psicoterapia, é plausível supor evolução para níveis defensivos ainda mais adaptativos, o que deverá ser verificado em uma entrevista de follow-up.
Título: Aliança terapêutica e maturidade dos mecanismos de defesa em psicoterapia breve psicodinâmica
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Elisa Medici Pizão Yoshida
Palavras-Chave: avaliação de psicoterapia; critérios de indicação de psicoterapia; resultado de psicoterapia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Dentre os procedimentos para a avaliação de mudança em psicoterapia utilizados em métodos intensivos de caso único há, por exemplo, as Escalas para Avaliação da Aliança Terapêutica, compostas por duas escalas: Escala de Colaboração (EC) e Escala de Variáveis Mediadoras (EVM). A EC visa “determinar a extensão em que o paciente está fazendo uso do tratamento como fonte para mudança construtiva”. Com base na descrição de cinco níveis possíveis de colaboração do paciente, os juízes devem avaliar em que medida “ele trabalha ativamente na sessão; traz temas significantes e material para o tratamento; fornece informações e expressa sentimentos; faz bom uso dos esforços do terapeuta; aplica o trabalho feito na terapia (ex: insights e conselhos) na vida fora da terapia e adota funções terapêuticas (ex. auto-observação) para conduzir o trabalho independentemente”. Os níveis variam desde baixa colaboração (nível 1), até alta colaboração (nível 5), podendo haver pontuações intermediárias (1,5 até 4,5). A EVM visa avaliar: 1. a confiança do paciente no envolvimento, habilidade e motivos do terapeuta; 2. o sentido de aceitação vivida pelo paciente; 3. o grau de otimismo sobre os resultados da terapia; 4. a expressão do afeto. Como na ECo, cada uma destas quatro variáveis deve ser avaliada segundo cinco níveis de intensidade, devidamente definidos de forma operacionalizada. Outr instrumento clínico é a Escala de Resultados - ERs – Fornece um escore da qualidade dos resultados obtidos por sujeitos submetidos a psicoterapias psicodinâmicas, a partir do somatório dos pontos atribuídos a mudanças verificadas em nove critérios: 1. remissão do sintoma, 2. relação interpessoal, 3. auto-estima, 4. novas atitudes, 5. novos aprendizados, 6. resolução de problemas, 7. auto-compreensão, 8. desempenho no trabalho, 9. predisposição interna específica (PIE). Cada um destes critérios é avaliado considerando-se o montante de mudanças conseguidas quando se compara a situação do sujeito ao final da terapia, com a do início. A pontuação para cada critério é dada da seguinte forma: os oito primeiros critérios, valendo 50% do escore total, podem receber entre 6 e 7 para “recuperado”, 4 e 5 para “ muito melhor”, 2 e 3 para “ um pouco melhor” e -1, 0 ou 1 para “ inalterado ou pior”. O nono critério (PIE), recebe os outros 50% do escore total. Este último pode variar entre: 14 e 1, sendo que : 14 a 11 corresponde a “recuperado, 10 a 7 “muito melhor”, 6 a 3 “pouco melhor e -1 a 2 “inalterado” ou “pior”.
Título: Instrumentos de avaliação em psicoterapia breve
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Elisa Medici Pizão Yoshida
Palavras-Chave: psicoterapia psicodinâmica; método intensivo de caso único; escala clínica; pesquisa de processo; pesquisa de resultado
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
Há mais de duas décadas com a desmistificação da homossexualidade como doença, os mitos e os preconceitos ao indivíduo homossexual ainda perduram. Hoje a homossexualidade ainda agride e assusta nossa estrutura social tão confusa, de valores culturais e sexuais, dificultando o caminho para satisfação e saúde sexual. Este tema foi escolhido ao considerar a importância de studos esclarecedores sobre a homossexualidade enfatizando a relação do indivíduo homossexual e seus parentais. Desta maneira, pretendeu-se esclarecer se o apoio parental é de fato um fator diferencial para a melhoria das relações entre parentais e o individuo homossexual. Para isso, foram analisados dois tipos de grupos: um grupo de homossexuais, cujos pais apóiam a sexualidade homossexual e outro grupo, cujos pais aceitam essa condição. Os participantes foram homossexuais do sexo feminino de uma Organização homossexual, de uma cidade do interior do Estado de São Paulo, com idade entre 18 e 50 anos, com diferentes níveis escolares, que atuam em diversas profissões. Todos os participantes responderam a uma entrevista semi-estruturada com 10 questões, em encontros individuais na própria instituição, onde era esclarecido o objetivo da pesquisa e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Cada entrevista durou em média uma hora e trinta minutos, gravadas em áudio; transcritas e analisadas qualitativamente em duas categorias estabelecidas à priori: pais que apóiam a sexualidade homossexual e pais que a aceitam. Durante a entrevista semi-estruturada foram relatados desde a descoberta do desejo homossexual dos participantes à aceitação deste, além disto, alguns fatores foram amplamente identificados como influentes nas categorias de apoio ou aceitação parentais, tais como: preconceito social, diálogo familiar, religião, falta de informação, aceitação do diferente. Evidenciou-se que a indiferença é um fator de desinteresse dos parentais frente ao filho homossexual, chegando anular sua opção sexual. Já, um alicerce emocional com afeto e cumplicidade estabelece o diálogo e emerge o apoio dos parentais. Isso contribui para a saúde sexual do indivíduo homossexual, uma vez que os pais não ignoram sua sexualidade e continuam a apoiá-los como filhos. Estas evidências indicaram que para um desenvolvimento familiar saudável a proposta adequada é a que contempla o diálogo, veiculando um espaço de construção de apoio e carinho na formação da identidade familiar, sendo responsabilidades dos parentais proporcionarem esta iniciativa para seus filhos homossexuais. Aponta-se ainda que a continuidade de estudos sobre a homossexualidade contribuiria para um maior esclarecimento do tema em nossa sociedade.
Título: Apoio parental: um fator relevante para a vida homossexual
Autores: Ítor Finotelli Jr.; João Serapião de Aguiar
Palavras-Chave: apoio parental; suporte social; homossexualidade; orientação sexual; familia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
O desenvolvimento da Psicologia Clínica é possibilitado uma vez que, mais de um pesquisador tenha acesso a um determinado material clínico, o que possibilita diferentes contribuições em torno desse material, viabilizando um acúmulo de conhecimento. A necessidade de uma reprodução fidedigna do contexto psicoterápico tem favorecido o desenvolvimento de instrumentos de medidas que permitam um melhor acompanhamento das interações terapeuta-paciente e uma análise intensiva deste processo. Assim, este estudo pretende compreender o contexto do processo de Psicoterapia Breve Psicodinâmica de caso único, atendido na Clínica de Psicologia da PUC-Campinas; que aceitou participar voluntariamente da pesquisa. Será examinado como o progresso ou estagnação da mudança almejada se relacionam com a maturidade dos mecanismos de defesa apresentados pelo paciente ao longo do processo e em relação aos resultados obtidos. Com base na transcrição do processo, , gravada em áudio e vídeo, será avaliada cada sessão com a Escala Rutgers de Progresso em Psicoterapia – RPPS (Rutgers Psychotherapy Progress Scales) concebida para identificação de progresso e de estagnação em processo de Psicoterapias Psicodinâmicas estes resultados serão cotejados com os Mecanismos de Defesa utilizados pelo paciente, avaliados através das Escalas de Avaliação dos Mecanismos de Defesa – DMRSs (Defense Mechanism Rating Scales). As avaliações da RPPS e DMRSs deverão ser precedidas da obtenção de acordo entre dois juizes independentes (kappa ≥ 0,40). Para tanto serão treinados para atuarem como juizes dois bolsistas IC. Para a avaliação da qualidade dos resultados da psicoterapia será empregada a Escala de Resultados – ER que indicará se ao final do processo o paciente encontra-se melhor, pior, ou inalterada em relação ao conflito focal. Os resultados serão submetidos à análise descritiva exploratória e apresentados em termos de freqüências relativas, gráficos de barras, médias, moda, dispersão e correlações por postos de Spearman (rho).
Título: Progresso e estagnação em psicoterapia breve e maturidade dos mecanismos de defesa
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Elisa Medici Pizão Yoshida
Palavras-Chave: mudança em psicoterapia; análise intensiva de processo psicoterápico; estudo de caso único
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
El objetivo del presente informe fue evaluar la validez de una escala para mensurar la existencia de problemas sexuales masculinos, disfunción eréctil y eyaculación precoz. Dicha escala se articula a través del concepto de autoeficacia y su traducción en portugués, fue utilizada en hombres con tales quejas sexuales. En este estudio los autores verificaron la validad para la utilización de esta escala en la población brasileña como instrumento de diagnóstico clínico de disfunciones sexuales. Se reconoció la validez de la traducción en portugués con índices estadísticamente significativos y adecuados, exigidos por el Consejo Federal de Psicología en Brasil.
Título: Escala de Autoeficacia Sexual-Función Eréctil (Versión E): estudio de validación clínica en Brasil
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: evaluación psicológica; disfunción eréctil; eyaculación precoz; autoeficacia sexual; disfunción sexual
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Pesquisas sobre diagnóstico e tratamento das disfunções sexuais têm rapidamente avançado nos últimos anos. Deve-se a elas o progresso na padronização de medidas para avaliar a função sexual. Considera-se que instrumentos como questionários, escalas e inventários são medidas padronizadas de obtenção de informações e, portanto, deve-se confiar nos dados que produzem. O presente artigo destaca três instrumentos breves, de fácil administração, que trazem níveis de medida diferenciados, mas que avaliam, por seus diferentes domínios, a função sexual em homens. Todos utilizam a tríade da resposta sexual humana (desejo, excitação e orgasmo) como fundamentação teórica e apresentam dados psicométricos satisfatórios. A maior preocupação das descrições apresentadas não foi a de eleger um instrumento para uso, mas apresentar um cenário e incentivar a utilização dos instrumentos disponíveis.
Título: Instrumentos de medida para avaliação da função sexual masculina no Brasil
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: função sexual; medidas padronizadas; avaliação sexual; instrumentos de medida; disfunções sexuais; sexualidade masculina
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
A atenção dos profissionais de saúde que se propõe a tratar de queixas ejaculatórias tem percebido maior discussão sobre a ejaculação precoce, o que tem conduzido mais pacientes a ingressarem ao consultório querendo modificar este comportamento sexual. Utilizando o Inventário de Sexualidade Masculina – Forma EPII em um grupo de 52 pacientes, os autores descrevem esta população de homens que hoje procuram tratamento em clínicas de psicoterapia com enfoque na sexualidade. Homens com idade média de 32 anos, casados e com educação superior. São homens que percebem perder a ereção após a ejaculação e reconhecem que algum problema emocional interfere com o ato sexual (47%) ou a preocupação com o ato sexual, às vezes acho que não vou conseguir (35%), mas o cansaço (26%) e o excesso de trabalho (26%) também são percebidos como interferências na atividade sexual. Reconhecer outras populações e estratos sociais com a mesma queixa deve permitir comparações e novas compreensões de como facilitar os tratamentos desta dificuldade sexual que recebe influências educacionais e sociais.
Título: Como é o ejaculador precoce que procura tratamento
Autores: Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Ítor Finotelli Jr.; Diego Henrique Viviani
Palavras-Chave: ejaculação precoce; ejaculação rápida; etiologia; inventário sexual
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Examinaram-se possíveis relações entre mudanças no padrão de relacionamento conflituoso de paciente, de 48 anos, submetida a psicoterapia breve psicodinâmica, e a estratégia terapêutica adotada pela terapeuta. Foi também avaliada a "magnitude" da mudança em sintomas psicopatológicos ao final do processo e entrevistas de acompanhamento (3 e 6 meses), com instrumentos de autorrelato: Inventário Beck de Depressão (BDI), Escala de Alexitimia de Toronto (TAS), Escala de Avaliação de Sintomas-40 (EAS-40), Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/ Neuroticismo (EFN). A avaliação do padrão relacional baseou-se no Tema Central de Relacionamento Conflituoso - CCRT e a estratégia terapêutica, no grau de "expressividade vs. apoio" das intervenções. Os resultados mostraram melhoras clinicamente significantes nos sintomas e mudança parcial do padrão central de relacionamento. As intervenções terapêuticas foram mais expressivas no início e mais suportivas à medida que mudanças positivas eram observadas. É necessária cautela na generalização dos resultados. A abordagem metodológica permite comparar diferentes indivíduos.
Título: Psicoterapia psicodinâmica breve: estratégia terapêutica e mudança no padrão de relacionamento conflituoso
Autores: Elisa Medici Pizão Yoshida; Sebastião Elyseu Júnior; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Ítor Finotelli Jr.; Fabrícia Medeiros Sanches; Elisa Frederich Penteado; Ariane Cristina Massei; Gláucia Mitsuko Ataka da Rocha; Maria Leonor Espinosa Enéas
Palavras-Chave: estudo de caso sistemático; análise intensiva de processo psicoterapêutico; método de pesquisa; análise qualitativa; análise quantitativa
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
A Escala de Satisfação Sexual para Mulheres (SSS-W) é composta por 30 itens distribuídos em cinco domínios distintos: contentamento, comunicação, compatibilidade, preocupação relacional e preocupação pessoal. A pesquisa, apresenta estudo preliminar da escala traduzida, com amostra clínica de 20 mulheres sem queixa sexual, em processo de psicoterapia, com idade média de 33 anos, 80% com escolaridade superior, 95% heterossexuais e 60% com relacionamento atual. A análise estatística dos dados revelou escore médio na escala de 99,55 pontos (DP=20,33), para os domínios, os escores permaneceram entre 17,15 a 23,40. O instrumento apresenta relações significativas entre os itens com os domínios e destes com escore total. Para avaliação da consistência interna, a escala demonstrou adequados níveis quanto à precisão. Os resultados demonstram a SSS-W como promissora para avaliação da satisfação sexual, no auxílio das questões da sexualidade, que algumas vezes são negligenciadas nos processos psicoterapêuticos. Novos estudos deverão agregar os resultados apresentados.
Título: Escala de Satisfação Sexual para Mulheres: tradução; adaptação em estudo preliminar com amostra clínica
Autores: Elaine Cristina Catão; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Diego Henrique Viviani; Ítor Finotelli Jr.; Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva
Palavras-Chave: satisfação sexual; satisfação conjugal; sexualidade feminina; relacionamento sexual
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Since its discovery, the expansion of HIV/AIDS epidemic has been considered an issue of great concern. Even along the advances in treatment and the increase in life expectancy of patients, there are still several implications involved in the infection and its evolutionary process which need deeper studies. One of these implications is the combination between the impact of the disease and the mental disorders. The present study aims to evaluate the levels of depression and anxiety of HIV/AIDS in-patient and also searching a combination of these levels with the degrees of T-CD4 lymphocyte. The sample included 46 HIV/AIDS in-patient admitted to the Hospital of Infectious Diseases (Hospital de Infectologia) in São Paulo. The results have indicated the prevalence of depression and anxiety symptoms, mainly on women, and the non-combination between the T-CD4 classification and the level of symptomatology, besides the combination between these symptomatologies. For future studies it is suggested to build simplified tracking tools, specifically designed for this population.
Título: Evaluation of depression and anxiety on HIV/AIDS in-patient
Autores: Cláudio Garcia Capitão; Ítor Finotelli Jr.; Cristiane Santos de Macena
Palavras-Chave: hiv; aids; depression; anxiety; t-lymphocyte
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Referência: Capitão, C. G., Finotelli Jr, I., & Macena, C. S. (2011). Evaluation of depression and anxiety on HIV/AIDS in-patient. Journal of AIDS and HIV Research, 3(12), 240-246.
Para contribuir com o desenvolvimento de instrumentos que avaliam as disfunções sexuais, o presente estudo buscou por evidências de validade baseadas na estrutura interna e nas relações com outras variáveis para a versão brasileira traduzida e adaptada da Escala de Autoeficácia Sexual - Função Erétil (SSES-E). Trata-se de um estudo retrospectivo em prontuários de arquivo permanente com aplicações realizadas em homens com queixas de disfunção erétil e ejaculação rápida de idades entre 18 e 62 anos. Os resultados indicaram a possibilidade de duas dimensões, denominadas de obtenção da ereção e manutenção da ereção. Tanto o instrumento quanto as dimensões foram capazes de discriminar importantes características da amostra a respeito das queixas primária e secundária, tipo de dificuldade eretiva e satisfação com o relacionamento sexual. Qualificam-se esses resultados como evidências de validade para SSES-E, além de destacar-se sua importância como um instrumento útil na avaliação de questões específicas da sexualidade, como a função sexual.
Título: Evidências de validade da versão brasileira da Escala de Autoeficácia Sexual - Função Erétil
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão
Palavras-Chave: medidas sexuais; função sexual; validade; evidências de validade; autoeficácia sexual; disfunções sexuais; comportamento sexual; instrumentos de medida
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Studies indicate that hypertension has no single cause but is the result of the interaction of biological, psychological and social factors. The family support may be a social aspect in the process of health disease. This study aimed to correlate indicators for anxiety and family support perception in hypertensive persons, and to seek evidences of converging validity between the variables of the Beck Anxiety Inventory (BAI) and Trace-State Anxiety Inventory (STAI) instruments. Seventy hypertensive persons, 52 women (74%), aged 27 to 65 years (M=52.3, SD=8.9), participated in the study. The tests employed were an Identification Questionnaire, BAI, STAI, and the Inventory of Perception of Family Support (IPSF). Results indicated high levels of anxiety and low levels of family support perception. The correlations between the anxiety indicators (BAI and STAI) and PFSI were found to be negative and significant.
Título: Assessment of anxiety and perception of family support in hypertensive patients
Autores: Cláudio Garcia Capitão; Melissa de Fátima Bueno; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: anxiety; family support; hypertensive patients; psychological factors; psychological assessment; evidences of validity; arterial hypertension
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
Resenha do Livro: Antúnez, A. E. A. (2011). Acompanhamento terapêutico: casos clínicos e teorias. São Paulo: Casa do Psicólogo. O acompanhamento terapêutico (AT) trata-se de uma modalidade de atendimento psicológico em que o local do trabalho é justamente o contexto do paciente. Certamente que inserido nesse contexto, o acompanhante terapêutico (profissional) atua de maneira diferenciada em diversos aspectos. Nessa direção, o livro, organizado por Andrés Eduardo Aguirre Antúnez, denominado “Acompanhamento terapêutico: casos clínicos e teorias” apresenta esse campo de difícil definição, tamanha sua diversidade e amplitude. Essa indefinição, segundo Luciana Chauí-Berlinck, está presente na maior parte dos aspectos dessa atividade; por outro lado, ela esclarece que a publicação desse livro, apresenta uma série de possibilidades, parâmetros e reflexões acerca dos acompanhantes terapêuticos, pacientes, teorias e aspectos éticos dessa atuação. A obra foi organizada em quinze capítulos escritos por especialista da área de AT de diferentes formações clínicas. Sua leitura é recomendada para os interessados por esse campo, estudantes e profissionais clínicos que desejam refletir sua atuação nos contextos privados, sejam eles institucionais ou particulares.
Título: Teorias e práticas no campo do acompanhamento terapêutico [Resenha]
Autores: Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: acompanhamento terapêutico; atendimento psicológico; casos clínicos
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
O presente estudo traduziu e adaptou o Index of Premature Ejaculation (IPE) para o português do Brasil, por método de equivalência semântica. O IPE é uma escala em autorrelato composta por 10 itens que avaliam critérios como senso de controle, satisfação sexual e sofrimento. Compuseram esse processo 11 profissionais qualificados para tal método e uma amostra de 50 participantes para avaliação quanto à inteligibilidade. As etapas foram: tradução, retrotradução, avaliação da equivalência semântica, crítica final por especialistas e pré-teste da versão. Os resultados para avaliação da equivalência apresentaram concordância significativa entre os juízes. Essa avaliação classificou os itens como inalterados ou pouco alterados. A crítica final por especialista avaliou qualitativamente as divergências e consolidou a versão aplicada na amostra. Após essa aplicação, algumas sugestões foram incorporadas e constituíram a versão final. Os resultados foram satisfatórios na compreensão da linguagem empregada. Para essa versão, conservou-se o nome em inglês, acrescido ao final de "adaptação brasileira".
Título: Tradução e adaptação cultural do Index of Premature Ejaculation (IPE) para o português do Brasil
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Cláudio Garcia Capitão
Palavras-Chave: medidas sexuais; função sexual; validade; evidências de validade; ejaculação precoce; disfunções sexuais; comportamento sexual; instrumentos de medida
Categoria: Artigos publicados em periódicos científicos
The study compared the self-efficacy between women with and without sexual dysfunction. For measurement, we have used the Sexual Self-Efficacy Scale-Female with 28 items evaluating the sexual function and the denominated dimensions, desire/arousal, penetration ability, solitary pleasure and sexual assertiveness. The total score is a result of the items calculation and also the 4 dimensions. The sample was made of 269 women from four locations, three universities and a psychology clinical office. Women from universities accounted to 60%. The left ones were in the process of sex therapy and had sexual dysfunctions. Their ages ranged between 18 and 56 years, about their relationship status, 51% were married, 48% single and 1% divorced. The application had occurred collectively in universities, as individually they took place at the clinical office in appropriate locations according to the ethical requirements demanded by the research. The results presented some significant differences by t test between groups on the total score and on the dimensions of desire/arousal and penetration ability. The other two did not present any significantly differences on .05. When making comparisons per items, 11 of them had shown significant differences. These differences demonstrated that women without dysfunctions had higher scores on items related to sexual desire, erotizing ability, vaginal penetration possibility and absence of pain on coitus. Two items were opposite to this tendency, which dysfunctional women had higher scores over the universities group. These items evaluated the solitary pleasure, possibly the sexual expression with better results for these women. These data’s matched the expectations to the groups sexual functioning, with a possibility of scores creation cut on the scale.
Título: Sexualidade Feminina: disfunções do ciclo de respostas sexuais da mulher contemporânea relacionadas a fatores psicológicos
Autores: Carla Zeglio; Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Marilandes Ribeiro Braga; Moara Carvalho, Erlei Tavares; Maria Tavares
Palavras-Chave: self-efficacy; sexual behavior; sexual dysfunctions;sexual; function;sexual desire; female sexuality
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
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