Escala de Auto-Eficácia Sexual Feminina foi elaborada com base nos itens do questionário Escala de Auto-Eficácia Sexual – Função Erétil e contém 28 afirmativas sobre o comportamento sexual, distribuídas em oito grupos específicos que incluem as fases do funcionamento sexual e dificuldades associadas a elas; nas quais o sujeito deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz de realizar tal comportamento e na coluna 2 quantificar o grau de certeza (10 ‘sem certeza’ e 100 ‘certeza absoluta’). A escala utiliza medidas de auto-relato para mensuração, elaborada para uso clínico na avaliação das disfunções sexuais femininas; sendo utilizada para compreensão cognitiva do funcionamento sexual, evolução do tratamento e avaliação por pares (parceria). O estudo tem por objetivo avaliar a auto-eficácia sexual numa amostra de 34 mulheres com queixas sexuais, atendidas em clínica de psicologia e sexualidade, com média de idade de 34 anos (DP = 8,38; mín. = 20 anos; máx. = 51 anos); das quais 23,5% eram solteiras, 76,5% casadas; e 70% possuíam nível superior completo. Quanto às queixas sexuais: 41,2% apresentavam inibição de desejo sexual; 26,5% anorgasmia; 23,5% vaginismo; e 8,8% inadequação sexual do casal. A análise estatística dos resultados demonstrou escore médio dos sujeitos em 49,54 (DP = 19,09), sendo escore mínimo de 12,50 e máximo de 82,14. Com relação à análise da consistência interna (α Cronbach) os resultados demonstram para escala total de 0,90 e os grupos que compõem: ansiedade sexual 0,57; comportamento sexual compulsivo 0,47; assertividade associada a sexo 0,75; inibição do desejo sexual 0,78; vaginismo 0,92; dispareunia 0,72; anorgasmia absoluta e coital 0,85; disfunção de excitação 0,84. A partir das análises dos resultados observou-se que a média encontrada das respostas dos sujeitos, enquadra-se em pontuações baixas, esperadas para sujeitos disfuncionais, uma vez que a auto-eficácia desses comportamentos sexuais está entre baixa confiança e/ou fragilizado. A análise estatística ainda evidenciou que a escala demonstrou apropriados índices de consistência interna, principalmente na avaliação dos grupos: vaginismo, anorgasmia absoluta e coital e disfunção de excitação; e menos significativos do ponto de vista estatístico: comportamento sexual compulsivo e a ansiedade sexual. Sugere-se que sejam feitos outros estudos em populações diferentes e amostras mais significativas das disfunções sexuais que o instrumento corrobora.
Título: Escala de Autoeficácia Sexual Feminina estudo preliminar de evidências de validade em população clínica com queixas sexuais
Autores: Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva; Diego Henrique Viviani; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.; Elaine Cristina Catão; Ítor Finotelli Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; comportamento sexual; inibição do desejo sexual; anorgasmia
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
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