Problemas sexuais são demanda crescente em clínicas de atendimento psicológico. Desde o final da década de 80 um conjunto de técnicas no processo de avaliação psicológica em português tem sido utilizada, dentre destaca-se para esse conjunto um instrumento de medida multidisciplinar, denominado Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil (SSES-E). O objetivo do estudo foi avaliar o uso da SSES-E em pacientes atendidos em clínica particular no município de Campinas. A SSES-E é um instrumento composto por 25 itens que avalia a função sexual masculina. Estudamos 20 homens atendidos em clínica particular localizada no município de Campinas que tiveram suas queixas sexuais tratadas no período de 2007 a 2008. Todos responderam a SSES-E no atendimento inicial e ao final ao tratamento. Tinha idade média de 29 anos e solteiros (66%). Todos com ensino superior completo de profissões variadas, em sua maioria gerentes de empresas, profissionais autônomos e profissionais da saúde. Tinham ejaculação rápida (55%) e disfunção erétil (45%). Os escores médios da SSES-S encontrados no atendimento inicial foram 64,40 (DP=12,19) e 42,77 (DP=8,23), respectivamente. Ao final do tratamento as médias corresponderam para ejaculação rápida 92,88 (DP=6,12) e disfunção erétil 87,45 (DP=10,36). As diferenças das médias foram significantes e comprovadas por análise por Teste t, (t (20) = 6,925; p<0,001) e (t (16) = 10,130; p<0,001). Em ambas as aplicações os itens da escala correlacionaram positivamente entre moderado e forte com o escore total. A precisão estimada por alfa de Cronbach ficou em 0,94 para aplicação no atendimento inicial e 0,93 ao final do tratamento. Os resultados obtidos qualificam como adequada o uso da escala na avaliação de sujeitos com disfunções sexuais. Ela apresenta capacidade de discriminação de sujeitos disfuncionais de não-disfuncionais, sensibilidade ao tratamento psicoterapêutico, apropriados índice de consistência interna quanto sua precisão, além de constatar evidências de validade quanto ao construto pelas relações estabelecidas com escore total. Ressalta-se que a maior preocupação deste estudo não foi eleger um único ou exclusivo instrumento para uso, mas contribuir com o processo de desenvolvimento e a busca permanente de evidências de validade de instrumentos clínicos.
Título: Avaliação da Escala de Autoeficácia Sexual-Função Erétil (SSES-E): resultados de clínica particular no município de Campinas
Autores: Ítor Finotelli Jr.; Oswaldo Martins Rodrigues Jr.
Palavras-Chave: autoeficácia sexual; disfunções sexuais; ejaculação precoce; disfunção erétil; psicoterapia sexual
Categoria: Trabalhos publicados em eventos científicos
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