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“Antes só do que mal acompanhado”, você já deve ter ouvido algum amigo ou parente solteiro dizer, apesar de parecer ruim (ou até errado) não ter uma pessoa ao lado, um companheiro. Ficar sozinho ainda pode ser considerado um fracasso por alguns. Hoje em dia, entretanto, cada vez mais pessoas optam pela vida de solteiro, por escolha pessoal. Esse novo comportamento, inclusive, está mudando o cenário urbano e até o comércio: nos mercados há cada vez mais opções de porções individuais, já que esse público é exigente, preza pela qualidade e costuma comprar mais que a média da população.
Diferente daquela antiga noção de pessoas solitárias e infelizes, a nova geração de solteiros está provando que é possível, sim, ser feliz sem precisar de alguém ou de um relacionamento tradicional. Para espantar a solidão, os novos solteiros aproveitam a companhia de amigos e têm uma vida social mais ativa que a de muitos casais.


Para explicar um pouco mais sobre essas mudanças, Ítor Finotelli Jr., pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade,  esclarece algumas dúvidas sobre o tema. Confira!


1 – É possível ser solteiro e não se sentir solitário ou incompleto?
 

 

‘É impossível ser feliz sozinho’, dizia a música de Tom Jobim. Mas será verdade? Não precisamos ir muito longe para encontrar o apelo social das pessoas buscarem um relacionamento. Bastar olhar na mídia, nos contos, literatura, filmes ou até mesmo no discurso dá avó dizendo: “coitada, vai ficar para titia”. Temos um mito nessa questão, um mito antigo. Sim, é possível ser feliz sozinho e não há nada de errado nisso. Estar solteiro necessita ser encarado como uma opção, não como algo que a vida proporcionou. É a legítima escolha de um indivíduo, assim como a possibilidade de mudar essa escolha.
 

2 – Estudos recentes indicam que cada vez mais, os jovens preferem morar sozinhos e levar uma vida de solteiro. Há algum fator que você acredita influenciar nessa escolha? Busca por liberdade?

 

Não se trata de uma busca por liberdade, mas uma escolha pessoal. Viver sozinho não impede que uma pessoa tenha relacionamentos ou possa mudar de escolha. Você mencionou o sujeito jovem, e faz todo sentido, já que trata-se de uma nova geração, com outros valores e crenças, uma geração que vivencia uma maior abertura social para essa escolha. O fator mais discutido atualmente é o enfoque na carreira e outras possibilidades de concretização pessoal, diferentes da conjugalidade ou maternidade.
 

03 – Todo mundo conhece aquela pessoa que deixa de fazer muitas coisas pela falta de um parceiro. Até que ponto estar solteiro é, realmente, a culpa pelos fracassos ou falta de iniciativa?

 

Essa é uma grande desculpa para as pessoas não assumirem a responsabilidade dos seus cuidados pessoais e prioridades. Delegar a autonomia dos cuidados de si para uma relação, além de prejudicar a individualidade, prejudica também a relação. É uma crença difundida que a realização plena estará quando encontrarmos alguém que se dedique em cuidar de nós. Culpar os outros pelo fracasso e pela falta de iniciativa é pouco adaptativo e imaturo.
Pouco considero também a falta de oportunidades. A sociedade contemporânea rompeu muitas barreiras, como à distância e a forma de contatos. Um ótimo exemplo disso foi uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, que demonstrou que 10% dos casais são formados via internet atualmente. Portanto, encontrar alguém para um relacionamento é possível, basta investir.
 

4 – Como os solteiros podem lidar com aquela ‘pressão social’ dos familiares, amigos e colegas que sempre insistem em apresentar alguém ou dizer que está passando da hora de assumir compromissos sérios?

 

Assumir um relacionamento não é diferente de assumir uma vida sem um compromisso. É necessário ter postura e sensibilizar os outros dessa escolha. Não se trata de vantagens ou desvantagens. Muito menos um fracasso ou imaturidade. Trata-se de vencer algo que está enraizado na cabeça das pessoas, assim como outros preconceitos. A sociedade atual está mais aberta a essa diversidade, não é preciso levantar bandeiras, é preciso se conhecer e praticar aquilo que considera importante para sua vida.

Ao falar sobre pornografia, a maioria das pessoas se envergonha e diz não gostar, ou admite apreciar apenas as produções mais "light", especialmente as mulheres. Mas qual o motivo do encabulamento, afinal? Para Ítor Finotelli, psicoterapeuta sexual, o que conhecemos como pornografia teve suas origens no movimento da Contra-Reforma. "Neste momento histórico, a Igreja Católica formulava ações para o controle de seus fiéis, sendo uma delas a criação de mecanismos para distinção entre aquilo que é ou não aceitável. O que não era tolerado se enquadrava como pornográfico, e o aceito era chamado de artístico ou erótico. Pinturas que continham expressões sexuais como nudez, beijos ou carícias preocupavam a Igreja, devido aos conteúdos que valorizavam a carne e confrontavam os valores pregados", ele explica.


Título: É impossível ser feliz sozinho?
Autores: Felipe Guines
Palavras-Chave: felicidade, saúde, bem-estar, qualidade de vida, satisfação marital, satisfação sexual, relacionamentos

Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Portal Coopus - Planos de Saúde
Fonte: Portal Coopus

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